quarta-feira, 25 de junho de 2008

Old Boy

Em um momento em que somos viciados em comunicação e que fazemos parte de tantos meios com este fim, ver um filme que supera a todos os antes vistos é trabalhoso. Tenho, agora, que trocar, em meus perfis no blogue, Orkut e Facebook, o filme de minha preferência.

Old Boy é um filme sul-coreano sobre vingança. Após assistir ao filme, comentei com um colega que, para minha surpresa me disse: tenho o filme em casa. “É o melhor filme já feito na Terra”. E é. Além disso, meu colega me notificou que há uma trilogia sobre vingança e que Old Boy é apenas um terço dessa maravilha.

A loucura pela obra oriental foi tanta que fui até à Espaço Vídeo perguntar sobre o resto da trilogia. Fomos informados que os três filmes sobre o mesmo tema foram feitos pelo mesmo diretor que não sei o nome. Ou seja, é mais ou menos como o Iñaritu fez com Amores Brutos, 21 Gramas e Babel. Não sei os nomes dos outros, mas vou descobrir. Só sei que são obras independentes, mas sobre o mesmo tema.

Old Boy conta a bizarra história de um homem que, indo para a sua casa para a festa de aniversário da filhinha, é seqüestrado e enclausurado em um quarto. Sua única companhia nesses 15 anos em que ele passa trancafiado lá é uma televisão que faz o papel de amante, professora, etc..

Após 15 anos o infeliz consegue sair de sua jaula e tem apenas três objetivos: saber quem o seqüestrou, descobrir o motivo e vingar-se do maldito inimigo.

O quem vem a seguir é a maior e mais doente obra da história do cinema, obra esta construída em cima de um roteiro cheio de bizarrices e reviravoltas que deixa o vivente que está vendo o filme sem saber o que está passando, sem entender muita coisa. O roteiro é doentio e torna as histórias escabrosas de Almodóvar contos infantis quando comparados a Old Boy. A minha conclusão é que somente uma mente oriental poderia ser mais enferma que a do diretor espanhol.

Além do roteiro bizarro, temos cenas ao melhor estilo Kill Bill, onde o protagonista enfrenta dezenas de bisonhos operários do underground sul-coreano em uma jogada de cena espetacular no melhor estilo dos jogos de luta dos videogueimes de minha geração. Além desses enfrentamentos, muito sangue, dentes arrancados com martelo, gente devorando polvo vivo, enfim, deu, simplesmente assistam Old Boy e lembrem-se de mim quando verem o diabólico protagonista de quatro como um cachorro e a grande e bizarra revelação no gran finale.

sábado, 21 de junho de 2008

Hipocrisia

O tema da hipocrisia é uma obsessão. Já deve ser o centésimo texto que dedico ao tema. Podem me chamar de tudo, machista, racista, chato, ranzinza, fascista, mas jamais de hipócrita. Uma prova é que admito ser todos os adjetivos anteriormente citados.

A grande hipocrisia da semana foi a cobertura dada pelos meios de comunicação ao caso dos três traficantes mortos por tabela pelo exército carioca que está controlando uma das tantas zonas incontroláveis do Rio de Janeiro. No entanto, o principal momento de hipocrisia máxima foi o discurso do César Maia chamando os militares de assassinos e pedindo desculpas às famílias das “vítimas”.

Em um momento de auto-ajuda de freqüentador de tarôs e crente de temas como signos e astrologia, senti a “energia” do Maia que ele mal podia manter dentro de seu corpo. Ele estava feliz. Fazendo um esforço imenso para enganar a todos e demonstrar que não aprovou a tal ação do exército, logo ele.

O entendo. É uma pessoa pública, representante do poder de direito estabelecido, do Governo. Ele tem que dançar conforme a música e ser, algo que é obrigação de todos, além de achar o Zeca Pagodinho um barato: um defensor da democracia. O Brasil teme ser uma nova Colômbia com seus milhares de guerrilheiros divididos em dezenas de poderes paralelos.

Se pararmos para pensar o fato da semana foi tudo o que a população desse país quer! Três traficantes procurados pela polícia foram eliminados do mapa, ponto final. Caso os militares o tivessem alvejado de tiros e entregues já empacotados para a sociedade, todo mundo acharia o máximo, ainda mais depois do sucesso de “Tropa de Elite”. Mas não, os militares foram originais em um país que tem como um de seus fundamentos copiar, e copia somente coisas que não deveriam ser copiadas.

Mataram os três parasitas da sociedade de uma maneira Hollywoodiana, diferente e daí não pode, se quiseres matar vagabundos nesse país deve ser de uma maneira conservadora e tradicional, nunca original, talvez eles pudessem se fantasiar de Morte e matá-los a facadas como em algum filme de Hollywood, mas ou copiamos ou somos tradicionais, jamais podemos ser inventivos.