domingo, 29 de março de 2009

Diferenças

Esse fim de semana eu, entre outros jogos, assisti a Alemanha 4-0 Liechtenstein e hoje a Equador 1-1 Brasil. Qual a semelhança entre esses dois confrontos? A diferença técnica.

No entanto, vendo os dois confrontos, notei que a diferença técnica entre os tricampeões do mundo alemães contra um país que é do tamanho de uma cidade foi infinitamente menor que a arrasadora diferença vista no jogo entre Brasil e Equador, partida em que o Brasil praticamente não passou do meio de campo. O Equador amassou os canarinhos que se comportaram como um time pequeno do interior gaúcho enfrentando adversários da dupla GRE-nal em Porto Alegre. Lamentável.

Faço, agora, uma breve análise individual do time brasileiro.

Júlio César: sem dúvida um dos melhores goleiros do futebol mundial na atualidade, fez, mais uma vez, defesas fantásticas, com destaque para o chute à queima-roupa de Guerrón no segundo tempo. 10

Daniel Alves: não consegue jogar na seleção o futebol que apresenta no Barcelona. 4

Luisão: incrível como um jogador de tamanha ruindade consegue fazer parte de um selecionado, ainda mais quando o selecionado em questão tem cinco títulos mundiais. Foi pavoroso. ZERO

Lúcio: meio perdido com a ausência de Juan (por que não jogou?), foi obrigado a cobrir as cagadas de seu companheiro de defesa. 5

Marcelo: é um lateral tipicamente brasileiro, ultra ofensivo e, em um time que não ataca, pouco pôde mostrar. 4

Gilberto Silva: incrível como um jogador com essas condições físicas deploráveis ainda é convocado e escalado como titular. ZERO

Felipe Melo: só o Dunga mesmo para convocar esse cara. ZERO

Elano: não tocou na bola. ZERO

Robinho: completamente isolado na frente, sofrendo com o vácuo que há entre a defesa e o ataque, pouco participou. Caiu demais tentando enganar o árbitro sem sucesso. Deu um excelente passe para o gol de Júlio. 4,5

Luís Fabiano: outro ilhado no ataque inoperante brasileiro, em sua única chance quase converteu. 4

Faltou alguém? Sim, o maior de todos os tempos...

Ronaldinho: começo a desconfiar que esse cara ainda é convocado por pressão de patrocinadores. É um arremedo de um jogador de futebol, se arraste em campo, erra todos os passes, aliás, erra tudo que tenta, logo logo estará jogando no Flamengo.

sábado, 28 de março de 2009

O Herdeiro

Hoje assisti a estreia oficial de Don Diego como técnico da seleção argentina e confesso que todo o meu receio quanto à escolha do maior jogador de todos os tempos para tão delicado cargo está sendo aos poucos dissipado.

Há muitos anos que a Argentina possui os melhores jogadores, mas não chega a uma final de Mundial. Em 2002 tinha o melhor time disparado, somente poderia ser comparado ao selecionado francês e acabou brindando o mundo com uma campanha vexatória na Ásia.

Em 2006, novo fracasso, não tão retumbante como em 2002, mas mais uma vez eliminada após atuação covarde contra a Alemanha nas quartas-de-final.

A influência dos treinadores das seleções argentinas nesses fracassos foi enorme, até porque acredito que treinador não ganha campeonato, mas sim os perde.

A minha conclusão era que faltava um técnico que desse um tapa na cara de cada um antes de jogos decisivos e que trouxesse a mística da raça argentina de volta, raça essa que deveria e que está sendo aliada à exitosa técnica dos seus jogadores.

Diego assumiu dizendo que era vergonhoso dizer que ir até as quartas-de-final de um mundial era algo valoroso. Diego chama isso de fracasso. Diego conhece os jogadores, é o maior ícone do país em termos de seleção nacional e sabe como manejar a pressão de vestir a celeste y blanca e, mais ainda, sabe e entende o que o público quer: dedicação e bom futebol.

Mas não é sobre a nova era de Maradona como técnico da Argentina que eu quero abordar nesse texto e sim o cidadão a quem Diego, de maneira simbólica, mas não menos significativa, passou o legado da mística camisa 10 argentina.

Maradona chamou Messi para uma conversa a sós e lhe informou que ele, na ausência de Riquelme, seria o escolhido para carregar a camisa que Diego consagrou.

Creio que afirmar que Messi é o melhor jogador em atividade disparado nesse momento não surpreende ninguém com o mínimo conhecimento de futebol ainda mais quando Cristiano Ronaldo realiza uma temporada pífia e Kaká não mostra o mesmo futebol de sempre que o faz ser um dos maiores do mundo. O único que tenta competir com Messi é Ibrahimovic, mas está longe, muito longe da Pulga.

Até agora nada de novo, mas o motivo do texto ser escrito já aparece: arrisco-me a dizer que Messi é o segundo maior jogador de futebol da história do esporte.
Vi e revi inúmeras gravações de jogos e até mesmo de torneios inteiros do passado, de jogadores que não vi jogar, mas, a exceção de Maradona, jamais vi tamanha potência, tamanha facilidade de enfileirar adversários sem transparecer a menor dificuldade, tamanha velocidade, habilidade, rapidez de raciocínio, perfeição nas conclusões, Messi é único, é especial, Messi ignora a dificuldade do jogo, a bola não se afasta mais do que dois milímetros de seu pé esquerdo.

Ao final do jogo de hoje, Messi arrancou, passou por três adversários, deu uma caneta em um defensor com uma espécie de elástico e, na saída do goleiro chutou e a caprichosa foi para fora. Uma pena? Não, ele faz isso em todos os jogos, ele atropela adversários em todos os jogos e não importa se o oponente é a Venezuela ou Fabio Cannavaro em um clássico espanhol, para Messi não faz a mínima diferença.

Essa fantasia e essa potência e a aparente facilidade para o drible, só vi em Diego.

No entanto é importante ressaltar que Messi tem apenas 21 anos, ou seja, já não ponho mais minha mão no fogo ao afirmar que Diego é incomparável e que será, para sempre, o maior de todos os tempos. Quem era Zidane aos 21 anos? Pois Messi, a essa idade, já está entre os dois maiores jogadores de futebol de todos os tempos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Porto Alegre calling

Já imagino a felicidade de alguns regionalistas de plantão que devem estar loucos para me xingar pois sempre afirmei que jamais sentiria saudades dessa cidade do demônio, pois sim, mudei de opinião e, com muita grandeza, assumo.

Antes dos regionalistas começarem a gabar-se, alerto: continuo achando Porto Alegre uma cidade sem graça, sentimento este que me acompanha desde o fatídico dia em que deixei a capital do Reino, 28 de fevereiro de 2007.

Também reitero que, nesses dois anos em que passei longe de Porto Alegre, não senti sua falta nem por um segundo, estava em Londres, como isso iria passar?

Pois agora sim, como a comparação com o que vinha anteriormente é inevitável, sinto muitas saudades de viver em Porto Alegre, não tanto da cidade em si, mas sim do fato de viver nela. Sim, isso é diferente.

Medelín é semelhante à Porto Alegre num aspecto fundamental que norteia meu pensamento sobre a diferença de qualidade de vida entre cidades européias e cidades sul-americanas (com suas exceções como Buenos Aires e Montevidéu), que é o fator rua, estar na rua, andar na rua, passear na rua, fazer compras na rua, não estar sempre trancafiado em casa e dela ir de carro para um claustrofóbico e ordinário xópim.

Pois Medelín, nesse sentido, é igual à Porto Alegre: não há comércio de rua, não há cafés agradáveis de rua, não há espaço público em que se possa desfrutar ao céu aberto. Assim como Porto Alegre, Medelín é feia, possui uma arquitetura ordinária, prédios feios, enfim, apresenta sinais normais de um crescimento desenfreado e desordenado de uma cidade de terceiro mundo que, como afirmou Lévi-Strauss, foram da selvageria à barbárie sem passar pelo estágio do esplendor.

Até aí as duas cidades são bem semelhantes, mas logo as diferenças começam a aparecer. Em Medelín não há grandes áreas verdes, parques e praças. A falta de espaço não permite e, por mais que eu não seja um freqüentador de parques em Porto Alegre, a ausência deles deprime uma cidade, a enfeia. A falta de espaço também faz com que não haja quase áreas residenciais, casas, pátios e toda a harmonia que vem junto com esses fatores. Medelín é uma selva de pedras, crivada de edifícios e de gente, por todas as partes, motos, carros, é uma pequena São Paulo e, para piorar, com a ausência da ordem.

Medelín deve ser cerca de 1/5 do tamanho de São Paulo, mas, após uma semana aqui, começa-se a perceber as suas semelhanças e entende-se o quanto influi o fator trânsito quando analisamos a qualidade de vida de uma cidade. É infernal, e, sim, o trânsito é fator fundamental para uma cidade. Aqui, perde-se toda uma tarde para dar algumas voltas que tomariam cerca de 30 minutos em Porto Alegre. Há trânsito às 12h, 14h, 17h, qualquer horário é hora do pique.

Em Medelín não há o Guaíba que, poluído ou não, passa uma boa sensação para qualquer cidade. Aqui há apenas um rio que corta a cidade, mas se parece ao Arroio Ipiranga, é horroroso e não há orla. Aqui jamais se irá viver tão agradavelmente como se vive em Ipanema ou Vila Assunção, por exemplo, não existem esses lugares aqui.

Deixando para trás argumentos concretos e palpáveis das diferenças entre essas duas metrópoles, abordo o fator cultural do povo que também é muito influenciado pelos fatores concretos anteriormente citados. Imagino que mais da metade da população seja afetada pelo alcoolismo. Aqui é normal ver gente bebendo uísque de tarde nas ruas, mulheres bebem cachaça protagonizando uma das cenas mais deprimentes que eu já vi, e, além do mais, qualquer ocasião é ocasião de beber até a inconsciência, desde batizados, até xous musicais passando por jogos de futebol.

Ontem à noite descobri que havia ocorrido o clássico do futebol local, Nacional contra Independiente e saí de casa três vezes sem notar qualquer resquício de clima de clássico. Não há clima de clássico, esse jogo não é um clássico. Senti saudades do clima infernal de domingo de GRE-nal.

Falando em xous musicais, Oasis em Porto Alegre. Aqui eles até podem saber o que é um oásis, mas jamais saberão o que é Oasis. Não há opções musicais, vive-se uma ditadura da mediocridade e do mau-gosto. Falta humor. Aqui, obviamente, há inúmeras pessoas boas, queridas e tal, mas a eles falta o humor, o sarcasmo, a ironia e Porto Alegre, muito devido a sua formação social, tem isso, ainda se encontram muitos personagens, figuras e isso, no Brasil, só se vê no Rio Grande do Sul e, vou mais além, em termos americanos, só encontramos isso no sul do continente, Argentina, Uruguai, Chile e Rio Grande do Sul. O resto da América teve sua colonização diferente e são assim, desprovidos de um humor fino. Por isso é difícil, faltam as pessoas para conversar, pessoas essas que se encontrava com facilidade em Londres e não me deixava sentir falta de nada aí. Aqui faz falta. Aqui se fala muito das aparências, das vidas privadas dos demais, de roupas, de cortes de cabelo, de terceiros, mas faltam aqueles demônios, aquelas figuras doentes que conheço, que me fazem falta e que me divertem daí, que têm histórias para contar.

Admito que há dias e momentos que penso: meu Deus, o que estou fazendo aqui, mas a resposta a essa pergunta sempre aparece rapidamente e tem 1,58m e 47kg, parece pouco, mas é fator determinante e de forma alguma cozinha aquelas tripas de carne podre que apareceram em texto publicado anteriormente, pelo contrário, quando ela cozinha, como com gosto. Tenho que terminar esse texto, há um cachorro maldito metendo-se entre minhas pernas.

Assim sendo, admito aqui minha derrota de homem sem pátria e digo que sim, sinto falta dessa cidade feia e deixo um abraço proveniente dessa cidade de crianças tristes.

terça-feira, 17 de março de 2009

Os 50 Maiores Clubes do Mundo

No período em que fiquei atritando o escroto aqui em Medelín, fiz uma análise de títulos de clubes de futebol para elaborar uma espécie de ranquim dos maiores clubes de futebol do mundo.

Sempre buscando a justiça e a realidade da pesquisa, tive que instaurar algumas regras e métodos começando pelo fato de apenas clubes dos países que já disputaram pelo menos 50% das copas do mundo serem considerados passíveis de estar nesse seleto grupo.

Esses países são: Brasil, Alemanha, Itália, Argentina, México, França, Iugoslávia, Espanha, Inglaterra, Bélgica, Suécia, Uruguai, União Soviética, Tchecoslováquia e Hungria.

No entanto, retirei da disputa o México e deixei apenas clubes da América do Sul e Europa, tendo em vista que nos outros continentes não há tradição de uma disputa continental e também pelo fato de eles recém terem começado a disputar o Mundial Interclubes.

Nos casos de Alemanha, Iugoslávia, União Soviética e Tchecoslováquia, países que sofreram alguma alteração de território, resolvi da maneira mais simples. Contei os títulos da Alemanha, Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental; contei títulos de Tchecoslováquia, República Tcheca e Eslováquia; Croácia, Bósnia, Sérvia e Montenegro, Sérvia, Montenegro, Macedônia e Eslovênia. Recentemente com a declaração de independência do Kosovo, fui atrás de informação sobre o campeonato local, mas ainda não encontrei; Rússia, Azerbaijão, Ucrânia, Cazaquistão, Moldávia, Armênia, Letônia, Bielorússia, Geórgia, Lituânia e Estônia.

Daí muitos podem questionar as presenças de clubes como Ajax, Porto entre outros, mas eu explico. Todos os clubes com pelo menos algum título nacional de todos esses países citados acima são considerados. Além deles, em casos de clubes de países que não estes tenham conquistado algum título continental, eles automaticamente se tornam aptos a aparecerem na lista e seus títulos nacionais são considerados.

Sobre a pontuação, aqui segue os critérios:

1. Mundial Interclubes: 25 pontos;
2. Libertadores e Champions League: 20 pontos;
3. Nacionais (Brasil, Argentina, Alemanha, Itália e Inglaterra): 15 pontos;
4. Campeonato Espanhol: 11 pontos;
5. Nacionais (França, Uruguai, Holanda e Portugal): 8 pontos;
6. Outros nacionais: 4 pontos.

Outra questão que eu considerei visando a igualdade de disputa foi sobre a partir de quando começar a contar os títulos. Como a Libertadores começou a ser disputada em 1960 enquanto que a Champions League foi em 1957, foram considerados os títulos a partir de 1960, ignorando as três primeiras edições do torneio europeu. O mesmo valeu para os torneios nacionais. O Brasil é o país que mais tarde iniciou a organização de torneios nacionais, em 1967. Portanto, todos os países tem seus títulos nacionais computados a partir dessa data.

Essa definição de datas para início de computação de títulos tem como objetivo igualar as condições de todos. Caso não fosse feita, os clubes europeus largariam muito na frente pois em países como a Inglaterra ou Suécia, os torneios nacionais existem desde o final do século XIX.

As copas nacionais não são consideradas, pois em alguns países elas não são realizadas e, na maioria dos países onde elas são realizadas, a disputa é colocada em segundo plano.

Torneios continentais de segunda importância como Copa da UEFA ou Sul-americana também são desconsideradas por serem injustas no ponto de vista de contagem de pontos. Por exemplo, um clube que disputa a principal competição do seu continente e não a ganha, não pode estar inferiorizado por um clube que não teve competência sequer de se classificar para a principal competição e ainda joga com adversários de porte inferior. É o mesmo motivo de eu não ter considerado títulos nacionais de divisões inferiores.

Em países em que já houve ou ainda há a realização de dois campeonatos com dois campeões independentes por ano como Argentina, Colômbia ou Rússia, por exemplo, foi dado metade da pontuação para cada campeão. Por exemplo: se o Independiente ganha o Clausura na Argentina e o Boca ganha o Apertura, cada um ganha 7,5 pontos e não os 15 totais.

A pesquisa apresentou um total de 273 clubes de 38 países diferentes. O país que mais clubes tem na lista é a Letônia com 20 clubes seguida de Brasil e Alemanha com 17. 12 clubes argentinos aparecem na lista.

Entre os 50 maiores, o Brasil é o país com mais representantes, 9, seguido de Alemanha e Argentina com 6.

Segue a lista dos 50 gigantes do futebol mundial com sua respectiva pontuação:

1. Bayern Münich, Alemanha: 430 pontos;
2. Real Madrid, Espanha: 395;
3. AC Milan, Itália: 390;
4. Peñarol, Uruguai: 319;
5. Juventus, Itália: 315;
6. Boca Juniors, Argentina: 300;
7. Manchester U, Inglaterra: 275;
8. Ajax, Holanda: 274;
9. Independiente, Argentina: 265;
10. Liverpool, Inglaterra: 265;
11. Nacional, Uruguai: 255;
12. Porto, Portugal: 234;
13. River Plate, Argentina: 230;
14. São Paulo, Brasil: 225;
15. Inter Milan, Itália: 195;
16. Benfica, Portugal: 176;
17. PSV, Holanda: 156;
18. Barcelona, Espanha: 150;
19. Dynamo Berlin, Alemanha: 150;
20. Olimpia, Paraguai: 147;
21. Santos, Brasil: 135;
22. Estrela Vermelha, Sérvia: 121;
23. Palmeiras, Brasil: 110;
24. Estudiantes, Argentina: 107,5;
25. Flamengo, Brasil: 105;
26. Dynamo Dresden, Alemanha: 105;
27. Vélez Sarsfield, Argentina: 97,5;
28. Grêmio, Rio Grande do Sul: 95;
29. Celtic, Escócia: 94;
30. Feyenoord, Holanda: 93;
31. Dinamo Kiev, Ucrânia: 92;
32. Internacional, Brasil: 90;
33. Dortmund, Alemanha: 90;
34. Arsenal, Inglaterra: 90;
35. Steua Bucarest, Romênia: 88;
36. Colo-Colo, Chile: 82;
37. Vasco, Brasil: 80;
38. Sparta Praga, República Tcheca: 76;
39. Borussia MG, Alemanha: 75;
40. Atl Madrid, Espanha: 69;
41. Marseille, França : 68;
42. SC Anderlecht, Bélgica: 68;
43. Hamburg, Alemanha: 65;
44. Saint-Etienne, França: 64;
45. Corinthians, Brasil: 60;
46. Rosario Central, Argentina: 60;
47. Partizan Belgrado, Sérvia: 60;
48. Lyon, França: 56;
49. Nottingham Forrest, Inglaterra: 55;
50. Cruzeiro, Brasil: 55.

Um fato curioso: entre os maiores clubes do mundo, há quatroclubes que não disputam a principal divisão de seus países atualmente, são eles Dynamo Berlin, Dynamo Dresden, Vasco e Nottingham Forrest.

Há um campeão do mundo fora dos 50 maiores, o Racing da Argentina e seis campeões continentais: LDU do Equador, Racing e Argentinos Juniors da Argentina, Nacional e Once Caldas da Colômbia e Aston Villa da Inglaterra.

O clube com mais títulos mundiais é o AC Milan, com 4;

Os clubes com mais títulos continentais são o AC Milan e o Independiente com 7 conquistas cada;

O clube com mais títulos nacionais é o Dinamo Kiev com 23 conquistas seguido por Celtic com 21 e Bayern Münich e Real Madrid, cada um com 21 títulos.

Quem tiver interesse em ter a lista completa, eduardojung@ig.com.br

domingo, 15 de março de 2009

Medelín V



Caros amigos, já tenho material suficiente para publicar mais um capítulo do meu diário do exílio. Antes, algumas correções a dados publicados num passado recente.

Declarei que em 50% dos casos, o povo aqui não coloca o pisca-pisca, mas estava equivocado. Eles não colocam o dito cujo em cerca de 90% dos casos, pisca-pisca é simplesmente para celebrações creio eu, na cabeça deles. Luzes de Natal, talvez.

Bom, agora saciarei a curiosidade de vocês que devem estar se perguntando sobre o que é essa coisa horrenda que aparece na foto em anexo. Antes, com dor no coração (ou no estômago?) digo que essa foi a “carne” de meus dois últimos almoços.

Aproveito a ocasião e proponho uma pesquisa: o que vocês fariam com esse excremento:

a) Dariam para os cachorros;
b) Dariam para os porcos;
c) Colocariam na lata do lixo por serem defensores dos direitos dos animais;
d) Comeriam.

Aqui, a resposta certa é “d”. E mais ainda: esse negócio, chamado aqui de “chicharrones” é a picanha deles, ou seja, nada mais fabuloso quando o assunto é carne que essa agradável iguaria que consiste de 95% de gordura frita e dura com 5% de carne de porco seca e dura. Querem saber se eu sinto falta de um churrasco? Não queiram saber.

No Jornal Nacional deles, há avisos de placas de carros que foram roubados e conseqüentemente encontrados pela polícia.

No banheiro da rodoviária, paga-se $200 para entrar e mais $100 no caso de o usuário solicitar papel. Esses valores são o equivalente, mais ou menos, a R$0,20 e R$0,10.

Ainda na rodoviária, se alguém chegar em um ônibus e dizer que há outra pessoa à caminho, o motorista do veículo ignora a tabela de horários e espera o cidadão.

Aliás, a pontualidade colombiana é algo incrível. Resumindo, é a pontualidade britânica elevada a -1.

O sistema bancário é uma tristeza. Aqui quase não há operações de transferências bancárias via Internet, há sempre filas nas agências, Aliás, fazia quase 10 anos que não entrava numa agência bancária o que já fiz aqui algumas vezes. Por exemplo, se uma empresa que patrocina um espaço público tem que fazer o pagamento, alguém desse espaço público tem que ir até uma agência, retirar um cheque e depois depositá-lo.

Como será bom o dia em que o homem invente uma rede mundial de computadores em que se possa fazer de tudo...

A feiúra do povo começou a me espantar. Algumas voltas no centro da cidade me causaram esse mal-estar. Mesmo em xópins, anda-se e anda-se e não se vê beleza.

Muitos homens aqui usam uns colares de pedras brilhantes, como de mulheres, com uma cruz suspensa abaixo. De doer.

Há um grande número de pequenos estabelecimentos como lancherias e bares ou pessoas mesmo nas ruas, que vendem minutos de celular, ou seja, se quiseres fazer uma ligação, aborde um desses cidadãos, realize a chamada e pague ao final. Os aparelhos são presos por uma corrente ao corpo dos empreendedores.

Em um xópim aqui há uma máquina espetacular. Há cabos para todos os modelos de celulares possíveis, e qualquer pessoa pode conectar seu aparelho e recarregá-lo sem custo algum.

As novelas e os telejornais aqui ainda me surpreendem. As primeiras, por sua quantidade e pelo vício das pessoas. Essas deixam de confraternizar com visitas para acompanhar os patéticos capítulos, com atores que conseguem ser muito piores que os daí e histórias que conseguem ser ainda mais estúpidas. Para quem conhece as novelas mexicanas transmitidas pelo Silvio aí, é exatamente a mesma coisa, os mesmos exageros, os mesmos excessos de maquiagem, as mesas tramas imbecis e galãs feios e de nomes compostos. Mas agora me referindo aos telejornais, é também incrível. Já por si só não sou um grande fã desse tipo de transmissão de notícias, mas, quando comparo os daqui com os de outros países do mundo, realmente chama a atenção. O Jornal Nacional deles, já citado no início do texto, tem o caráter de um jornal de cidade. As reportagens são, em sua maioria, factóides, buracos em ruas, falta de água em bairros, e, para piorar, cada matéria dura uma eternidades. São 10 minutos falando sobre uma infração de trânsito em alguma parte de Bogotá ou 12 minutos abordando a falta de água em uma cidade de aparência africana no interior do país, enfim, insuportável.

Nessas últimas semanas passei por algumas experiências bem animadoras. Fui convidado a uma festa de aniversário de uma guria de 10 anos, filha de uma funcionária da Marcela. Eles vivem em bairros localizados no alto das montanhas que rodeiam a cidade, ou seja, nas partes pobres da cidade. Para minha surpresa, foi nessa habitação popular que recebi o meu primeiro afago nos ouvidos, ou seja, música de verdade soava. Escutei “Rock The Casbah”, Jamiroquai, Metallica, Aerosmith, Guns N´Roses entre outros, estava realmente estarrecido.

Seguindo minhas experiências nas camadas populares, joguei minha primeira bola numa cancha de asfalto de um bairro popular. Muito bom o nível dos atletas, incrível como os goleiros se jogavam naquele chão desgraçado do de duro.

Hoje vi o outro lado, joguei meu segundo jogo, mas dessa vez com um time de brancos incluídos em canchas sintéticas de uma universidade. Aliás, faço parte de um time que hoje começou a disputa de um campeonato que durará três meses. Em relação ao nível, nem comparação. Hoje confirmei que, aqui, quem joga bola mesmo são os pobres, os incluídos são de doer. Goleiro ou zagueiros pegam a bola, balão pra frente. Não há troca de passes ou qualquer arremedo de jogada, de entristecer. Ainda comentei com a Marcela após o jogo, que pena que o povo lá do bairro popular não tem grana para participar desse campeonato, senão montava um time com eles na hora e ganhávamos esse torneio de olhos fechados e sem valer dar bomba nos brancos.

O outro ponto positivo ocorrido nas últimas foi semanas foi que encontrei um grupo de pessoas “anormais” e quando digo “anormais” é em relação às pessoas daqui. O namorado de uma amiga colombiana que conheci em Londres me convidou a conhecer seu grupo de amigos e fomos a um recinto em que, de fora, na chegada, o nome me surpreendeu: Rock Café. Logo, a primeira música que ouvi quando entrei era “Fade To Black”. Por mais que deteste bares, o fato de receber carinho nos tímpanos já era alguma coisa. Todas as pessoas presentes, além do melhor gosto musical, tinham assunto, era possível conversar desde algo estúpido como futebol até qualquer outra coisa, resumindo, era possível conversar, algo impossível e já descrito em textos anteriores: “te gusta montar a caballo, Eduardo?” ou então as 2h30min falando sobre o xou do cantor MEXICANO que está no texto do padre.

Bom, caros e saudosos leitores, era isso por hoje.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Libertadores 2009

Após as rodadas iniciais da Libertadores já podemos ter uma ideia de quem irá realmente disputar o título de maior importância no continente.

Antes de começar a análise dos principais clubes, destaco que, esse ano, a diferença de nível técnico entre a Libertadores e a Champions League chegou ao seu máximo. A primeira apresenta jogos hediondos enquanto que a segunda, meu Deus, o que foram as oitavas de final, só jogacos.

Enfim, segue análise dos gigantes que estão disputando essa edição de 2009 da Libertadores:

Boca Juniors: mesmo com a saída de Dátolo, ainda tem o melhor time do continente. No entanto não vem jogando bem apesar dos 100% de aproveitamento na Libertadores. Riquelme é o seu grande nome, mas há outros grandes jogadores como Palácio, Cáceres, Ibarra, Morel, Battaglia, Viatri, Figueroa e o sempre efetivo e imortal Palermo.

Nacional: talvez o time que apresentou o melhor futebol até agora. Pode, se manter o nível, levar para o Uruguai, depois de tanto tempo, o título. Seu principal jogador foi um dos destaques da última edição da Sul-americano sub 20.

River Plate: apesar de algumas boas atuações no Campeonato Argentino, na Libertadores tem jogado muito mal. Ainda sofre com fantasmas do passado recente como a lanterna no último torneio doméstico. Tem no ogro Fabbiani sua grande esperança de gols e na volta de Gallardo sua grande esperança de tempos melhores. Buonanotte, Falcao e Augusto Fernández são outros jogadores que merecem destaque.

São Paulo: o maior clube do Brasil vem diminuindo seu potencial a cada final de temporada, muito disso devido à venda de seus principais jogadores. Jogou muito mal contra o Medellín em casa e conseguiu a recuperação contra o fraco América fora de casa. Além de Hernanes, o craque do time, conta com bons nomes como Dagoberto, Borges e Miranda.

Palmeiras: lanterna do seu grupo, aposto que não passa da primeira fase. Duas atuações abaixo da crítica contra LDU e Colo Colo. Perdeu seus principais jogadores, Kléber, Alex Mineiro e Leandro e não trouxe boas pecas de reposição, vide Cleiton Xavier com a 10 nas costas.

Estudiantes: se não melhorar bastante corre sério risco de cair na primeira fase. Perdeu sem técnico essa semana, não possui grandes nomes e é um time, eu diria, medíocre. Ainda insistem em Verón como o salvador. Eu destacaria Gata Fernández como seu principal jogador além do bom volante Bragna.

Grêmio: é um time bem reforçado quando comparado ao da temporada passada, especialmente no setor ofensivo. Fez um excelente jogo contra a Universidad de Chile apesar de não ter conseguido marcar o gol da vitória. No entanto, a produção ofensiva foi boa. No segundo jogo, depois de um primeiro tempo chato, jogou corretamente e, de novo, criou e desperdiçou inúmeras oportunidades. Souza é seu principal jogador e há a esperança da recuperação de Maxi López, seu nome mais famoso.

Colo Colo: depois de uma estréia preocupante contra o Sport em casa, se recuperou bem ganhando em São Paulo do Palmeiras, principal clube do grupo e depois aplicou uma goleada convincente contra o atual campeão, LDU, em Santiago. Tem no jovem argentino Lucas Barrios, seu principal jogador.

Cruzeiro: estreou com uma goleada duvidosa contra o Estudiantes em casa após erros de arbitragem e depois conseguiu um empate no final no Equador. Não é um mau time, mas não deve lutar pelo título. Tem em Kléber seu principal nome e confia ainda na recuperação física do craque e ídolo do time, Juampi Sorín.

sábado, 7 de março de 2009

O Padre

Foi com tremenda surpresa que acompanhei a expulsao do padre inglês que negava o Holocausto da Argentina.

É irritante essa mania da esquerda, simbolizada nesse caso pelos Kirchner, de ser cegamente ideológica e populista. Expulsar um cidadao pelo simples fato de este negar algo, é absurdo. Fala-se muito sobre a "radicalidade" do mundo islâmico, mas ignoram-se os atos "radicais" do Ocidente.

O fato foi tao absurdo que nem o governo inglês manifestou repúdio à acao, simplesmente calou-se. Aliás, o governo britânico vem demonstrando certo "radicalismo"; há poucas semanas negou a entrada de um representante do governo holandês que produziu um filme sobre o mundo isla. Onde está o direito a opiniao livre no mundo Ocidental?

Nesses momentos que eu destaco uma característica do Estados Unidos que deve ser admirada: o direito de livre expressao. Tenho certeza que eles nao expulsam pessoas que sao contra o embargo à Cuba ou contra as guerras pornográficas que sao levadas a cabo ao redor do mundo.

Eu, por exemplo, nao tenho dúvidas que Hitler estava certo quando defendia a superioridade de uma raca com relacao a outra. Evidentemente que nao concordo que as racas inferiores devem ser exterminadas, mas ter essa visao sobre o tema nao me parece nada absurdo.


Veja a Colômbia, por exemplo. A Colômbia é um país que tem sua formacao racial/cultural basicamente formada através da cruza de índios com negros e com uma quase insignificante pitada espanhola. Eles nao tiveram a sorte que uma regiao como o Rio Grande do Sul teve de receber levas de imigrantes europeus e vejo e sofro as consequencias disso diariamente.

Vejam um exemplo. Esse cantor MEXICANO fez um xou aqui e lotou um estádio de futebol. É ídolo. E nao é ídolo apenas de velhos camponese montados a cavalo e de chapeu; é ídolo de todos! De jovens, de incluídos! Eles aqui nao sabem muito bem o que Rolling Stones significa, mas lotam um estádio, aquele mesmo em que o Tricolor cravou na bunda do Higuita e de todo aquele clube de mafiosos e levantou a Copa Libertadores em 1995, para ver um cantor mexicano cantando...ISSO! Confiram o link:

http://www.youtube.com/watch?v=ZI6mQpz9mHU

Essa é apenas uma pequena amostra do que a ausência do sangue das racas superiores pode ocasionar num país ou nacao.

Espero agora nao ser expulso da Colômbia também pelo governo democrático do homem com a cruz de carvao na testa.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Medellín IV

É, povo, não param de surgir novos motivos para serem inseridos no meu diário sobre a vida em Medelín, segue a nova edição.

Aqui se faz arroz com Coca-Cola ao invés de água. Claro, eles também fazem com água, mas, de vez em quando, substituem água por Coca. O resultado não muda muito, apenas o arroz ganha uma coloração asquerosamente bege, mas no mais não muda muito.

Há muitas quadras esportivas em excelente estado espalhadas pela cidade. Novas, bem cuidadas, goleiras com rede de grade, iluminação...isso é excelente para a criançada.

Após a já citada “mazamorra”, nomeada por mim como o pior alimento que já ingeri, agora já me sinto confiante de citar o detentor do segundo lugar como a pior coisa por mim já ingerida e é, acreditem se quiser, manga ainda verde com sal. Além de manga eles comem maçã também com sal.

No entanto há uma coisa rara que não temos por aí que aqui tem e é deveras bom, o tal “platanito”. Isso é nada mais nada menos do que fatias bem finas de plátano, uma espécie de banana de Itu frita e salgada que é vendido em sacos de salgadinhos estilo Elma Chips. É excelente.

Na quarta-feira de cinzas eu tive contato com uma das tradições mais medonhas que já vi no mundo Ocidental. Aqui, vale lembrar, a população de incluídos é religiosa, religião não é coisa apenas de pobres ignorantes como em Porto Alegre, enfim, o povo todo vai à missa na quarta-feira de cinzas. Após a missa, alguém, não sei se tem que ser necessariamente o padre, desenha uma cruz com carvão bem no meio da testa dos fiéis...Resumindo, eu aqui andando na rua, na academia e pessoas com cruzes de carvão borradas no meio da lata. De chorar de rir. Mas isso não é o pior. Ligo a televisão e eis que surge o senhor digníssimo presidente dessa república aqui, Álvaro Uribe, dando um pronunciamento ao vivo com a patética cruz na testa. Tirem suas próprias conclusões.

Aqui as bandas estilo CPM22 (sim, elas existem aqui também) conseguem ser ainda mais asquerosas que as daí, cantando em espanhol, todos com essas caras de choro...dose.

É incrível como há marcas tradicionais aqui de alimentos que mantêm suas embalagens e logos imutáveis há décadas. Dá uma sensação de nostalgia e atraso ao mesmo tempo ao vê-las.

Os homens aqui têm inúmeras características femininas. Essa semana descobri que eles usam e levam para onde forem, SECADORES DE CABELO. Aproveito a deixa para destacar a maneira cafona que esses mesmos homens pretensos féxions, se vestem, com camisas com estampas gritantes e brilhosas, vi um cara fardando uma que tinha pedrinhas preciosas na manga que ofuscaram meus olhos. Os indiozinhos de Armani me dão vontade de vomitar.

Hoje, na casa da sogra, estava sentado na sala vendo a Globo deles e vejo a propaganda da novela de maior prestígio da história da televisão colombiana. Eis o diálogo:

- Me voy para Londres.
- Si? Y por que?
- Yo nací acá (Colombia), pero fui criado allá (Londres).
- Ah bueno. Y esto (L-O-N-D-R-E-S) donde queda?

Aí vem um corte e volta:

- Paris, que es esto?
- Es la capital de Francia, mi amor.

DE ENTRISTECER!

Com o tempo tenho adquirido mais conhecimento e estou entendo melhor qual é a situação do país. Qualquer ranquim de IDH ou qualquer ranquim que avalie qualquer setor desse país, o posiciona sempre lá embaixo junto com os africanos. Ao mesmo tempo, Medelín e creio que Bogotá também deve ser o mesmo, são cidades que, para o Terceiro Mundo, são bem agradáveis e, apesar do transito caótico, possuem boa qualidade de vida. No entanto, o interior...senhores, aí entendo a colocação africana da Colômbia. Já fui a alguns “pueblos”, as cidades interioranas deles e são realmente muito atrasadas e pobres, mas fui a locais perto de Medelín, ou seja, ainda gozam de certo desenvolvimento. No entanto vejo na televisão imagens de cidades, essas sim, de interior, longe das cidades mais evoluídas e é de se assustar. As estradas são, melhor dito, não há estradas. Submoradias como as que vemos no nordeste brasileiro, fome, miséria e ignorância. Aqui dizem não ser possível viajar por terra dentro do país devido à péssima qualidade das vias e à violência das guerrilhas.

Aqui todos odeiam a Venezuela. Agora, após a vitória do Chávez no referendo, todos ficaram super preocupados chamando o líder populista venezuelano de golpista ditador. O interessante é que, pelo menos, o índio louco veneco ainda realiza referendos públicos para decidir sobre suas reeleições enquanto que aqui, o digníssimo Uribe simplesmente muda as leis e ponto, se reelege.

Preciso destacar a apresentação de um tal Juan Carlos Lopes e Johana no demente canal de tango. Gustavo, busque no Youtube o nome desse cidadão, é DEMAIS. Um velho de um charme imensurável, de terno, cabelo impecável lambuzado em gel, sapatos brilhantes, olhar injuriado...fantástico, e dançando com uma sensacional representante da raça feminina, coxas grandes, robustas e suculentas, pensei comigo mesmo: eu quero ser igual a esse velho quando crescer. Depois descobri que a dançarina é filha dele, mas prefiro crer que era uma amante. A apresentação foi na 7ª Cumbre Mundial del Tango no Chile.

É incrível como os profissionais da Fox secam os times brasileiros. No jogo do Grêmio eles chegavam a gritar a cada contra ataque nos pés do Cuevas: “Vamos, vamos, vá, vá, Pepino, vamos!” É esse o nível, torcida mesmo como se estivessem na arquibancada. No entanto, o fenomenal CARISMA dos narradores e comentaristas compensa essa secação ao glorioso Tricolor, os caras ficam folgando o jogo inteiro, é uma comédia ver futebol aqui.

Falando em Cuevas, há anos que o indico para o Grêmio, joga muito.

Até a próxima.