quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A Mulher Do Centroavante

Dizem por aí que o centroavante parou de fazer gols por causa de problemas com a sua esposa.

Se isso é verdade ou não, bom, vale como um rumor, boatos. Mas uma coisa é fato: por trás de todo homem arruinado há sempre uma mulher ambiciosa.

Bill Clinton abandonou o cargo mais importante do mundo por buliçosa boca feminina; Hugh Grant, o bam bam bam do momento no xou biz inglês, teve que dar explicações ruborizado sobre suas aventuras em obscuros becos, mais uma vez uma boca ardilosa como pivô da história e mais uma vez uma boca de mulher feia.

Nosso AINDA presidente do Senado Renan Calheiros teve que saracotear e apelar para os sempre benévolos colegas para livrar-se de uma jornalista-modelo, mãe de filha bastarda que o acusou.

Voltando ao xou biz inglês, David Beckham, o mais retumbante jogador de futebol inglês da década só virou jogador do lanterna do campeonato americano de futebol e aspirante a ator de Hollywood devido à sua esposa Victoria.

Finalizando a série de exemplos, tenho certeza que Eva Braun matou Hitler. E tenho certeza que foi Eva quem ofereceu a maçã a Adão. E Courtney Love? Será que ela matou ou não Kurt Cobain, ídolo esquizofrênico dos adolescentes rebeldes sem causa da década de 90?

Em menos de um mês ele foi mandado calar a boca por um rei espanhol, declarou que querem matá-lo e rompeu relações diplomáticas no grito com o país vizinho. Hugo Chávez, a mais sensacional das personagens do mundo atual, o homem mais midiático do momento também parece ter problemas com o sexo chamado de "frágil" pelos mais ingênuos.

Sua ex-mulher, uma loira nada "bolivariana" é, juntamente com a elite burra venezuelana, uma das referentes a favor do "não" na revolução constituinte no país da salsa, merengue e bananas.

Até o momento, Chavinho não respondeu às provocações da ex-mulher, sinto certo receio por parte dele que dava discursos inflamados com sua tradicional camisa rubra, mas sem tocar nesse tema conjugal. O mundo anda tão espetacularizado que não descarto ver Chvez e sua mulher no Oprah Winfrey Show.

Ela deve ter coisas a dizer, e interesses. Evidente. Será a ex-senhora Chavez tão oportunista quanto Mônica? Ocasionará ela o fim do reinado de Chavez? Vai lavar roupa suja em público?

Fico no agüardo. Temo por Chavez. Elas não são fáceis. Vou ver se a Rebeca Gusmão quer me namorar. Uma mulher geneticamente modificada a doses cavalares de testosterona é a saída para quem ainda as teme e/ou não quer se render à moda do homossexualismo. Terá Rebeca urinado sua ambição feminina? De Rose dirá!

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Partículas Elementares

Nada como um escritor maldito. As pessoas malditas sempre despertaram em mim uma grande atração e fascinação ao contrário dos politicamente corretos e insossos. Em todos os campos os dito "rebeldes", "desgraçados", enfim, os demônios são infinitamente mais interessantes que os anjos.

Qual a graça de uma entrevista de um atleta de Cristo na televisão? No entanto, quando Romário e Edmundo abrem a boca, sempre algo maldito aparece. Isso sem falar no maior jogador de futebol de todos os tempos, um típico maldito: Maradona.

Michel Houellebecq é um escritor francês. Encantou-me com sua obra "A Extensão Do Domínio Da Luta". Após lê-la, duvidei que leria algo tão espetacularmente realista e/ou pessimista, maldito.

Pois o cara escreveu "Partículas Elementares" pouco tempo depois e conseguiu o fenômeno de se autosuperar.

Ele conta a história de dois homens, irmãos por parte de mãe, desde suas adolescências conturbadas até a chegada à meia idade. Michel é um biológo de sucesso, um dos mais importantes do mundo, enquanto Bruno é um libertino insaciável na busca pelo prazer carnal, frequentador dos lugares de mais baixa e nefasta reputação.

O livro é uma auto-ajuda ao contrário. Estraga dias e semanas de leitores mais frágeis. Provoca crises existenciais passíveis de internação e longos e produtivos papos com psicólogos.

São personagens em pleno processo de deterioração, maus costumes e comportamentos animalescos e boçais.

O suicídio é outro elemento que sempre está presente, rondando as vidas medonhas e desgraçadas das personagens.

O livro sufoca e jamais dá esperanças de que algo socialmente agradável vá acontecer. Falta ar e esperança. A Morte está sempre à espreita e o fim das personagens é decadente, sombrio e úmedo.

Sobra espaço até para um desabafo ao Brasil, quando a personagem de Bruno tem um ataque de fúria ao ouvir o nome do país vizinho.

Não há otimista ou sorriso que resista à colera de Houellebecq.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Dois Excrementos, Duas Medidas

Fazia bastante tempo que não tínhamos escândalos de corrupção em órgãos públicos no Rio Grande do Sul. A fama gaúcha de estado honesto, livre dos funestos corruptos está ruindo, bem como a fama de macho. Passeta de homossexuais e demais parasitas da sociedade contou com quórum privilegiado de 30 mil pessoas na Redenção. Nome sugestivo.

Depois dos 3,3 milhões de reais desviados por Macalão e seus, até o momento, 7 ladrões, agora é a vez do DETRAN.

Pensando comigo mesmo imagino a quantidade absurda de selos, cada um vale, em média, R$0,50, para atingir tal cifra. Juntamente com os selos vieram as falcatruas com aparelhos celulares, tramóia com a empresa terceirizada de limpeza, informática, enfim, dá a entender que onde há dinheiro, há trampa na nossa Casa do Povo.

Vi gente achando que as imagens dos nobres diretores do DETRAN, todos integrantes do PP, saindo algemados de suas residências, foi um ato EXAGERADO da Polícia. Ora, tenho certeza que todos esses críticos da "virulência" da Polícia masturbam-se vendo indigentes sendo algemados e retirados das ruas e choupanas em que vivem.

Qual a diferença? Os filhos deles freqüentam a mesma escola que os teus? A pele deles é branca como a neve?

Todos eles agem sem vioência tradicional, mas são, indiretamente, fomentadores dela. O desgraçado que assalta nas ruas e sofre toda a repressão pelos seus atos é maldito.

Ao mesmo tempo, os que usam gravatas e tomam café da manhã na Padre Chagas colocam (diretamente) a integridade física de ninguém em risco, mas o dano para a sociedade como um todo é infinitamente maior.

Fala-se em rombo de R$1,3 bilhão nos cofres públicos. Tenho certeza que a otimização e o combate à corrupção nos e dos órgãos públicos já solucionaria esse problema.

Essa gente é pior que os malditos. Eles são brancos, gordos, médicos, procuradores, advogados, têm bons salários...tiveram todas as chances na vida e, apesar disso, mesmo assim, roubam, achacam a sociedade que ainda por cima paga os seus salários e suas orgias em casas de burlesco de luxo.

Agora leio que vão fazer os patifes parasitas da Assembléia devolver o valor roubado e estarão livres, leves e soltos. Ah, especula-se a perda do emprego também. Por que ao desgraçado não é oferecida a possibilidade de devolução do produto do seu roubo em troca da liberdade? No mínimo curioso.

Viva a China. Não há, assim como no Brasil, cadeia para corruptos. Há a morte.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

A Carteira

Inspirado em fato real.

Fulano estava exultante pois recém recebera seu primeiro salário. Sábio, apesar da pouca idade, já não confiava na voracidade dos bancos e recebeu seu salário em dinheiro. O pôs na mochila e ia, com o cair de mais uma noite amena de São Paulo, em direção à parada de ônibus que o levaria para a universidade.

Em uma demonstração de preguiça jovial, resolveu ir por um atalho. Ao invés de seguir pela movimentada e iluminada avenida, o estudante paulistano volteou-se e seguiu caminho por uma pequena e escura via.

Antes mesmo de seguir por esse trajeto, o auspício do que iria acontecer. O distraído estudante observou a presença resoluta de um homem perto de um poste de luz.

A preguiça jovial pós-moderna vence o receio e ele seguiu seu rumo.

Cerca de 30 segundos se passam e ele escuta uma voz fatigada que lhe diz:

- Pára e dá a carteira.

A voz não era ameaçadora e tampouco nervosa. A noite era amena, aquela pequena via era uma ilha de tranqüilidade e bucolismo no coração da maior e mais caótica das metrópoles sul-americanas.

Fulano pára. Sente o peso de sua mochila nas costas somado à presença de seu violão que agarra-se às suas costas. Fita a arma à mão do homem.

Fulano sorri por dentro e começa a mensurar o quão estúpido foi. O sentimento é de aceitar a justa punição pelo seu pecado da preguiça.

Mesmo assim, encorajado pelo tom de voz amistoso e pela naturalidade da abordagem, ele faz sua última tentativa de tentar salvar aquele que foi e passaria a não ser mais o seu fugaz primeiro pagamento.

- Não tenho quase nada na carteira, menos de 50 pilas.

Mantendo a cordialidade na relação de assaltante-assaltado, o primeiro replica: mas não tem mais nada não?

- Não mesmo, cara, sou apenas um estudante. Foi mal.

Não demonstrando decepção pelo aperente fracasso, o assaltante guarda o dinheiro no bolso não sem antes devolver a carteira a Fulano e muda de assunto: tu toca violão? Que tipo de música?

A pós-modernidade realmente não poupa indivíduo algum. É o único arremedo de justiça social. Nota-se uma carência afetiva e pobreza de relacionamentos em qualquer um. Já que fracassara em sua tentativa "profissional", o homem resolveu não perder a esperança de trocar poucas palavras.

- Toco sim. Qualquer coisa.

O assaltante segue:

- Eu também toco: cavaco, violão...toda a sexta eu toco num bar lá na Zona Leste, pagode e música popular, não quer ir lá sexta que vem?

Fulano estava um pouco confuso pelo grau de surrealidade da situação, mas não estancou a conversa, demonstrando aparente interesse no convite.

- Vamos sim, me dá o endereço certinho.

- Não queres sentar aí e tomar uma cerveja? Daí combinamos bem e eu desenho um mapinha pra ti. Eu pago.

- Estou meio atrasado para a aula...

- Rapidinho. Uma cerveja e deu.

- Beleza.

Os dois dirigem-se como velhos amigos ao bar mais próximo. O assaltante educadamente oferece-se para carregar um dos pertences de Fulano. Fulano lhe dá seu violão e segue com sua mochila nas costas.

No bar os dois conversam sobre música. Fulano, embasbacado, mas sem temor, ouve curioso o seu novo amigo falar. Sente pena. Nota a vergonha no rosto dele que tenta fazer com que Fulano esqueça-se do que havia passado.

- Ó, o mapa tá aí, é bem fácil de encontrar. Vou pedir a conta, espera.

O assaltante tira as duas notas de 20 reais do bolso, que minutos antes pertenciam a Fulano e pára diante do valor da conta de R$4,00. Pensa e indaga Fulano:

- Tu me troca uma de 20 por 4 de 5, ou de repente duas de 10 também pode ser.

- Cara...tu rou...tu estás com meu dinheiro...fiquei sem nada...

- É verdade. Mas tu não tem mais nada aí mesmo, te pago lá sexta. É que não queria trocar os 20.

Fulano lembra-se de seu cartão de débito e efetua o pagamento junto ao balcão enquanto seu amigo lhe espera.

- Obrigado. Te pago lá mesmo, sem falta.

- Bom, vou indo...vou chegar bem tarde à aula...

- Bom, nos falamos lá sexta então, se quiser pode até ficar para a janta. Minha mãe cozinha muito bem.

- Vamos ver...não perguntei teu nome...

- Beltrano.

- O meu é Fulano...ó, tu poderias me emprestar uma nota de 20 para eu pegar o ônibus...é que fiquei sem nada e no ônibus não tem como pagar com cartão

Titubeante, Fulano completa:

- Te levo o troco lá sexta...

- Claro, era teu mesmo. Pega aí...ó, tu não me emprestaria o teu violão para eu ir treinando nele. Daí tocaria com ele na sexta e te devolvo depois do xou...

- ...tá bom, pega aí.

- Tchau, Fulano!

- Tchau, Beltrano.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A Geração

Que a nossa geração é um lixo, isso é inegável. Somos fúteis, despreocupados, ignorantes, desinteressados, analfabetos, bregas, idiotas e por aí vai; no entanto, acuados, deveríamos atacar algum adversário, assim manda a índole do animal ser humano. Ataco a nossa geração anterior e os culpo pelo desastre que somos.

Essa geração intelectualóide da década de 60 se vangloria de ter sido a geração "intelectual", leitora, culta, politizada e por aí vai. Resumindo, eles acham que são os bam, bam, bans.

Pseudocelebridades com seus óculos de lente laranjas e roupas descoladas, reforçam essa imagem. Eles lêem Chico, ouvem Caetano e juram que, com suas camisas vermelhas do Che Guevara, eram heróis nacionais.

No entanto, graças a eles e sua "liberação sexual" e mudança de costumes temos que agüentar a sociedade promíscua atual. Foi-se junto com essas décadas mortas o encanto da relação humana, o encantamento feminino. O homem que aparentemente goza, agora, de toda uma liberdade sexual, virou consumidor de "sex shops" pois já não consegue ter prazer em uma relação sexual normal. É tão fácil e ordinário que há de se buscar algo mais para obter a sensação de prazer. Vítima dos mais patéticos fetiches.

As mulheres bebem como homens, agem como homens. Os seus alvos e finos pulsos já não são mais belos e desejados como antigamente. Elas têm a obsessão pela busca descontrolada pelo "sexy", deve-se ser sempre sensual, sexualizada, símbolo sexual, objeto de desejo e de lascívia, atrair o macho, provocá-lo, fazer com ele a deseje por completo, como um animal. O homem pós-moderno perdeu a admiração por mãos, pés, cotovelos, tornozelos e pescoços. O amor é brega e ridicularizado. As relações são efêmeras e fortuitas. Apenas carnais.

Hoje é a mulher masculinizada e que espera sentada no sofá da sala seu homem metrossexual se aprontar para sair. O homem feminizou-se como resposta ao vigor feminino. O homossexualismo aproveita a brecha e está em franca ascensão.

Em suma, nada devemos à geração anterior. Ao mesmo tempo que afastaram governos corruptos e ditatoriais nos fizeram escravos de mazelas sociais como drogas e alcoolismo e nos privou de encantarmo-nos pelas representantes do outrora sexo frágil e lindo. Elas seguem lindas, mas sem encanto. Antes uma ditadura que a ausência das mais belas flores.

Só as poucas mulheres encantadoras sabem o quão serão valorizadas e respeitadas por todos.