Há exatamente um ano atrás escrevi um texto sobre Lionel Messi defendendo o seu título de maior jogador de futebol de todos os tempos, atrás apenas de Maradona.
Quando desse texto, Lio não havia ganhado ainda a Bola de Ouro. Meus argumentos eram que, com a idade que tinha, Messi já poderia ser visto como um dos maiores da história.
Passou um ano e, cada vez mais, tenho menos dúvidas quanto às minhas ideias de um ano atrás. E especialmente nessas últimas duas semanas. Nos últimos quatro jogos do Barça Messi manteve uma média inacreditável de três gols por jogo. E não foram apenas gols; a maioria foi de golaços, um mais incrível que o outro.
Pois após ver os últimos confrontos contra Valencia, Stuttgart e Zaragoza, já começo a duvidar sobre o reinado de Don Diego Maradona, o melhor de todos os tempos.
Messi não é um craque; não é apenas o melhor do mundo eleito pela FIFA. Messi é um dos maiores da história, um gênio e, se as coisas seguirem como estão, considerando que tem apenas 22 anos, faltará apenas uma coisa para que ele possa ser considerado o maior: render na seleção argentina pelo menos 30% do que rende no Barcelona.
Daí aparecerão os mesmos estapafúrdios argumentos de sempre: mas fulano de tal era mais completo, cabeceava, chutava com as duas pernas e blá, blá, blá, os mesmos patéticos argumentos utilizados para colocar Pelé por em cima de Maradona. Ora, raciocinando assim, melhor então um mero vestibulando primeiro lugar em Medicina, com boas notas em todas as matérias do que Einstein, que mal sabia falar alemão ou inglês, mas um gênio da física. Messi é o gênio da bola. Tendo uma canhota muito melhor que a direita ou não ele é fantástico, atropela qualquer defensor, faz gols sozinho, dá passes para gols sobrenaturais ganha jogos sozinho, é gênio. Maradona não tinha uma boa perna direita e nem cabeceava, e daí? Se tivesse uma direita tão boa quanto a esquerda teria que ser banido do esporte!
Futebol é uma arte e deve ser analisado como tal e não como uma matemática quantitativa. Fulano é bom com as duas pernas, cabeceia...o quê importa se no final das contas, o resultado, cabeceando ou não, Messi dribla todo um time e faz gols, três gols por jogo? Sendo que na última semana, para completar, fez gol com a perna direita e também de cabeça! Sem esquecer que o gol feito por ele na final da Champions League passada contra o Manchester U foi de cabeça, e vale ressaltar que a defesa inglesa era composto de “nanicos” como Ferdinand, Vidic e Van der Sar.
Como havia comentado antes, falta jogar bem pela seleção para poder ser considerado como um ser humano capaz de roubar o trono e a coroa de Maradona e nenhum momento poderia ser mais propício que esse, uma temporada em que está arrasando a cada jogo e com um mundial por chegar em menos de quatro meses.
domingo, 21 de março de 2010
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