Hoje assisti a estreia oficial de Don Diego como técnico da seleção argentina e confesso que todo o meu receio quanto à escolha do maior jogador de todos os tempos para tão delicado cargo está sendo aos poucos dissipado.
Há muitos anos que a Argentina possui os melhores jogadores, mas não chega a uma final de Mundial. Em 2002 tinha o melhor time disparado, somente poderia ser comparado ao selecionado francês e acabou brindando o mundo com uma campanha vexatória na Ásia.
Em 2006, novo fracasso, não tão retumbante como em 2002, mas mais uma vez eliminada após atuação covarde contra a Alemanha nas quartas-de-final.
A influência dos treinadores das seleções argentinas nesses fracassos foi enorme, até porque acredito que treinador não ganha campeonato, mas sim os perde.
A minha conclusão era que faltava um técnico que desse um tapa na cara de cada um antes de jogos decisivos e que trouxesse a mística da raça argentina de volta, raça essa que deveria e que está sendo aliada à exitosa técnica dos seus jogadores.
Diego assumiu dizendo que era vergonhoso dizer que ir até as quartas-de-final de um mundial era algo valoroso. Diego chama isso de fracasso. Diego conhece os jogadores, é o maior ícone do país em termos de seleção nacional e sabe como manejar a pressão de vestir a celeste y blanca e, mais ainda, sabe e entende o que o público quer: dedicação e bom futebol.
Mas não é sobre a nova era de Maradona como técnico da Argentina que eu quero abordar nesse texto e sim o cidadão a quem Diego, de maneira simbólica, mas não menos significativa, passou o legado da mística camisa 10 argentina.
Maradona chamou Messi para uma conversa a sós e lhe informou que ele, na ausência de Riquelme, seria o escolhido para carregar a camisa que Diego consagrou.
Creio que afirmar que Messi é o melhor jogador em atividade disparado nesse momento não surpreende ninguém com o mínimo conhecimento de futebol ainda mais quando Cristiano Ronaldo realiza uma temporada pífia e Kaká não mostra o mesmo futebol de sempre que o faz ser um dos maiores do mundo. O único que tenta competir com Messi é Ibrahimovic, mas está longe, muito longe da Pulga.
Até agora nada de novo, mas o motivo do texto ser escrito já aparece: arrisco-me a dizer que Messi é o segundo maior jogador de futebol da história do esporte.
Vi e revi inúmeras gravações de jogos e até mesmo de torneios inteiros do passado, de jogadores que não vi jogar, mas, a exceção de Maradona, jamais vi tamanha potência, tamanha facilidade de enfileirar adversários sem transparecer a menor dificuldade, tamanha velocidade, habilidade, rapidez de raciocínio, perfeição nas conclusões, Messi é único, é especial, Messi ignora a dificuldade do jogo, a bola não se afasta mais do que dois milímetros de seu pé esquerdo.
Ao final do jogo de hoje, Messi arrancou, passou por três adversários, deu uma caneta em um defensor com uma espécie de elástico e, na saída do goleiro chutou e a caprichosa foi para fora. Uma pena? Não, ele faz isso em todos os jogos, ele atropela adversários em todos os jogos e não importa se o oponente é a Venezuela ou Fabio Cannavaro em um clássico espanhol, para Messi não faz a mínima diferença.
Essa fantasia e essa potência e a aparente facilidade para o drible, só vi em Diego.
No entanto é importante ressaltar que Messi tem apenas 21 anos, ou seja, já não ponho mais minha mão no fogo ao afirmar que Diego é incomparável e que será, para sempre, o maior de todos os tempos. Quem era Zidane aos 21 anos? Pois Messi, a essa idade, já está entre os dois maiores jogadores de futebol de todos os tempos.
sábado, 28 de março de 2009
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