A crise do capitalismo mundial é o tema do momento, mas não é a essa crise que eu me refiro e tampouco é sobre a crise de 1929. Os 30 a que eu me refiro são 30 anos, a idade; mais especificamente, me refiro a mulheres que chegam aos 30.
Uma reunião de mulheres na faixa dos 30, e isso incluem as ameaçadas pela chegada deles, as de 30 e as que recém passaram dos 30, é um evento que merece uma avaliação cuidadosa. Em primeiro lugar, é necessário dizer que se sente um ar depressivo contagiante no ar.
Os 30 anos para uma mulher são semelhantes, pelo menos em um aspecto, ao início da pré-adolescência. Aos 11, 12 ou 13 anos, as crianças passam por um momento de extrema incerteza e insegurança, não sabem se devem portar-se ainda como crianças, ou se já devem ser criaturas menos infantis. Como a hipermodernidade ceifa a infância cada vez mais cedo, os pequenos se sentem pressionados a serem adultos. Ao mesmo tempo, é muito bom ser criança, e as atividades infantis ainda são extremamente convidativas. Trabalhando em uma escola, não raro me deparo com olhos brilhantes de pré-adolescentes fixos em uma caixa de areia, em um balde ou simplesmente ávidos por estarem atirados no chão todos sujos de barro, junto com as criaturas menores, de 2 a 10 anos.
Pois as mulheres de 30 são assim. Elas não sabem se são mulheres maduras e prontas para uma vida familiar ou se são estúpidas adolescentes de entre 15 e 23 anos. Essa dicotomia é cruel e se nota facilmente em um evento como uma festa de 30 anos.
Invariavelmente a festa é dedicada exclusivamente a mulheres e, mais um ponto, quase sempre as convidadas são grupos de colegas de colégio ou de faculdade. O motivo disso é claro e transparente. Era nessa época, principalmente de colégio, mas também de faculdade, que as mulheres, nesse então, gurias, ainda tinham certezas de obter felicidade em sua vida pessoal. Nessa época a grande maioria ainda era desejada pelo sexo oposto, tinham o direito de descartar machos, eram carne ainda em moda.
A mudança de comportamento sexual, que teve sua gênese nos anos 60 quando da revolução sexual, foi a pior coisa que poderia ter acontecido quando analisamos sucesso da vida pessoal, especialmente de mulheres. Muitos direitos foram adquiridos. Podem fornicar com quem e quantas vezes quiserem, mas a maioria perdeu a esperança de ser feliz, porque sexo livre não traz felicidade, traz apenas prazer carnal fugaz e com data de validade.
Antigamente a grande maioria das mulheres chegava aos 30 anos casada e com a vida pessoal assentada. Hoje, dificilmente as trintonas estão casadas e aí voltamos às festas de 30 anos.
Juntam-se em um mesmo recinto o principal fator que as faz lembrar seus tempos dourados: as amigas. O resultado disso é um xou de macaquices que facilmente podem deprimir aos homens presentes. Com tristes sorrisos em seus rostos, falam de suas brincadeiras de colégio, de como brincavam, lembram de professoras, de artistas da época, de programas de televisão, de produtos alimentícios, cantam músicas dos anos 80 e 90, enfim, lembram de tudo que as possa fazer voltar à época em que tinham esperanças de ser felizes. São velhas tentando ser guriazinhas.
Esse momento é muito propício também para analisarmos a importâncias do homem na vida da mulher. O comportamento das casadas deixa claro que o homem é a coisa mais fundamental na vida das mulheres e afirmo isso mesmo estando no tempo das mulheres auto-suficientes, trabalhadoras, chefes de famílias e mães solteiras com orgulho.
Nada, NADA faz mais bem a uma mulher que um marido. Infelizmente isso acontece cada vez menos.
I should have been born in the 50´s.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
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