Esse será o primeiro texto de uma série que abordará inúmeros destinos ao redor do mundo. Começo, então, com a Alemanha e seus vizinhos, em uma viagem que fiz em 2005 com outros três amigos.
Aterrizaríamos teoricamente em Stuttgart, mas, mais uma vez, fomos traídos pelas companhias aéreas de baixo custo da Europa e fomos parar em um povoado no meio do nada cujo aeroporto é o mais simples que já vi. O aeroporto de Hahn é uma espécie de rodoviária de aviões. No lugar de lojas de jóias caras e grifes, há estabelecimentos que mais parecem camelôs da Praça da Alfândega, vendendo camisas do Bob Marley, artesanatos e afins.
De Hahn fomos finalmente para Stuttgart que é uma cidade de uma qualidade de vida excelente. Rodeada por montanhas, muito verde, organização e limpeza típicos da Alemanha, aí passamos um dia e depois seguimos, com um carro que alugamos no aeroporto para uma pequena cidade universitária no centro do país onde iríamos encontrar um amigo que lá estudava. Detalhe: a universidade é uma das mais antigas do país tendo começado suas atividades no século XIV.
Passamos uma noite por lá dormindo no próprio complexo da universidade e, no outro dia bem cedo, saímos em direção ao sul para desbravar o estado da Bavária, o mais rico da Alemanha.
As cidades e vilarejos dessa região são simplesmente espetaculares e dão uma bela amostra da arquitetura típica germânica. Todas as cidades, por menores que sejam, contam com uma praça central e sempre com jardins espetaculares. Se paga para estacionar mesmo nas cidades sendo do tamanho de um bairro.
O povo é extremamente amável, a grande maioria fala inglês e são muito solícitos na hora de dar informações. Há muitos estabelecimentos estilo delicatessen onde se podem encontrar algumas maravilhas como iogurtes, queijos, salsichas e carnes típicos da região.
Para quem não sabe, a Oktoberfest se realiza na última semana de setembro, ou seja, não é em outubro. Nossa meta era chegar à Munique para assistir as celebrações.
Outra surpresa foi que o evento não é apenas uma ode à cerveja e sim uma
apresentação da cultura e da história da região. Há um desfile espetacular que abre as celebrações.
A Oktoberfest em si, pouco me chamou atenção. Uma avenida, galpões de cervejarias em ambos os lados, o povo circula pelo meio e, ao final, um pequeno parque de diversões. Muitos vendedores de pretzels e de pães de mel. Turistas em sua maioria da Grã-Bretanha, da Austrália e Nova Zelândia.
Falando em Munique, esta sim uma cidade grande, é outra maravilha alemã. O prédio da prefeitura com sua apresentação diária dos bonecos dançarinos que ficam em uma de suas cúpulas é uma obra brilhante. Fomos também ao famoso restaurante da HB onde comemos umas típicas almôndegas alemãs com batatas. Há banda ao vivo tocando música alemã e garçonetes com trajes típicos e com um número incrível de copos nas mãos.
Diz-se que era um dos lugares favoritos de Adolf Hitler.
Na cidade de Füssen visitamos o castelo do imperador Ludovico, um louco fanático por cisnes. Há cisnes por todas as partes, desde estátuas até as maçanetas das portas. O castelo foi construído no século XIX, ou seja, não é tão antigo quando falamos de Europa e é localizado no alto de uma montanha. O resultado é uma paisagem fenomenal que, inclusive, inspirou Walt Disney quando esse desenhou o castelo de Branca de Neve.
Mas além da Alemanha, o texto é também sobre os vizinhos Suíça, Áustria e Lichteinstein. Coloquei todos juntos no mesmo texto, pois são muito parecidos. Há uma fronteira entre Alemanha e Suíça que é apenas um portão que fica à beira de um lago. As pequenas cidades e povoados suíços são iguais aos alemães e austríacos, muitas vezes nem sabíamos em qual país estávamos, tínhamos que perguntar. Na Suíça destaco Zurique, uma das cidades mais sensacionais que já visitei, uma arquitetura espetacular, com muitas pontes antigas, cúpulas e flores por todas as partes. Na Áustria, Innsbruck, cidade que recentemente sediou os jogos olímpicos de inverno, é extremamente agradável, oferece inúmeras opções de esportes de inverno, é rodeada por lindas e verdes montanhas e tem um parque imenso com belos jardins e um tabuleiro de xadrez gigante.
Para finalizar, Lichteinstein. Conseguimos a façanha de visitar DUAS cidades desse minúsculo país. Além da capital Vaduz, fomos à outra pequena cidade. O país é um paraíso fiscal e essa característica atrai muitas pessoas com muito dinheiro de países vizinhos, principalmente alemães. Nas ruas apenas carros de luxo e poucas partes para se visitar.
Destaque final: as incríveis paisagens nas estradas, lagos de águas cristalinas, montanhas com neve eterna, vacas com sinos pendurados nos pescoços, casas na beira dos lagos com barcos à disposição, os bondes, as lindas gurias alemãs, o prazer de dirigir nas autobands germânicas, as Ferraris que, mesmo estando a 200km/h passam por ti e desaparecem em questão de 2 segundos, o Alianz Arena, a paixão pelo futebol...
terça-feira, 2 de junho de 2009
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