A minha previsão se confirmou e o Estudiantes arrebatou o seu quarto título de Libertadores mesmo jogando fora de casa contra o campo de maior extensão do mundo e 65 mil pessoas.
Mesmo após o empate em La Plata, acreditava na ampla superioridade do time argentino sobre o comum time mineiro.
O que vimos dentro das quatro linhas na última quarta-feira foi um jogo de homens contra guriazinhas. O Estudiantes jamais perdeu o comando do jogo e Verón jamais
deixou a batuta cair de suas mãos.
Desde o início o Estudiantes apresentou melhor futebol, levou perigo em alguns momentos e dava a certeza aos seus torcedores que voltaria à La Plata com a taça. A defesa pincha estava consistente e segura como sempre, tanto que Wellington Paulista não tocou na bola, os meio-campistas muito ligados no jogo e seus dois grandes atacantes também muito bem na partida. Comandando tudo isso, Verón, de atuação impecável tanto defensiva como ofensivamente, um verdadeiro líder em campo.
A única chance do Cruzeiro em todo o jogo antes da pressão final foi o lance do gol.
Um chute despretensioso que iria parar nas mãos de Andújar no meio do gol, desvia em Desábato e mata o titular da selecao argentina.
Além disso, em nenhum momento o Cruzeiro levou perigo ao gol pincha.
É admirável a postura e o caráter do time argentino que não se abalou com o gol do Cruzeiro e continuou jogando com aquela certeza de sucesso. O gol veio rápido, e isso ajudou. Uma falha da fraquíssima defesa mineira (impossível ser campeão da América com uma defesa tão ruim) e daí apareceu o oportunismo da Gata Fernández.
Depois do gol o que se viu foi um verdadeiro domínio completo do Estudiantes. A torcida mineira que já estava calada desde o apito inicial do árbitro e que apenas abriu a boca durante o pequeno intervalo do gol cruzeirense até o empata argentino, abandonou de vez, numa demonstração de falta de confiança em seu time jamais vista.
Sou partidário de que torcida não ganha jogo, ainda mais quando o adversário é argentino, acostumados a jogar com torcida no cangote todos os fins de semanas, em estádios que são do tamanho da grande área do Mineirão, mas também defendo que a torcida pode prejudicar. A mesma teoria uso para técnicos de futebol. E quarta foi isso, senti que a torcida cruzeirense prejudicou o time com sua apatia. Não que o Cruzeiro fosse ganhar caso tivesse a torcida do Boca, a diferença de qualidade dos times era muito grande, mas ajudaria, daria esperanças, afinal, é futebol, tudo pode passar. Desde quarta coloco a torcida do Cruzeiro na mesma gaveta da torcida do São Paulo, sendo essas as duas piores do Brasil. Além disso, o que eram aquelas máscaras, perucas e afins? Tenho horror a isso.
O segundo gol saiu de outro defeito da defesa cruzeirense, a bola área. Infelizmente o Estudiantes não conta com atacantes altos para cabecear, mas, mesmo assim, o craque Boselli matou as raposas com uma bela cabeçada proveniente do primeiro escanteio bem cobrado pelo Pincha no jogo. Aliás, Boselli, oito gols na Libertadores, artilheiro, que jogadoraço, que copa Libertadores fez esse atacante cujo passe ainda pertence ao Boca.
Há de se destacar também a melhor arbitragem que já vi na minha vida. Nunca havia visto um jogo em que NENHUM erro fosse cometido. Não houve, acho, sequer uma reversão de lateral, uma falta mal marcada, nada, foi impecável. A característica do chileno Chandía, que infelizmente ficará de fora do mundial por 45 dias, é saudável para o futebol e quando digo “futebol” me refiro ao futebol masculino. O chileno entende do jogo, deixa o jogo correr, não marca faltas a todo o tempo, entende a virilidade do esporte. Quem sofre com isso são os pipoqueiros, como Wagner.
O único comentários negativo meu em relação à arbitragem foi quanto a Ramires. Esse neguinho deveria ter sido expulso. Bateu o jogo inteiro, muitas agressões sem bola, mas, infelizmente, a arbitragem não o flagrou.
Também faço pública a minha grande felicidade com o título de um clube gigante e sensacional como o Estudiantes de La Plata, que havia ganhado sua última Libertadores em 1970, com o velho Verón em campo e depois, para completar, bateram o Manchester Utd. Será que o Pincha bate o Barcelona? Difícil.
Para finalizar, fazia muito tempo que não ficava tão nervoso em um jogo de futebol, tendo em vista que o Grêmio esse ano na Libertadores ou teve confrontos muito fáceis ou teve nenhuma chance. Ok, contra o Caracas deu para sofrer bastante.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
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