Holanda 2x1 Brasil: no dia em que o feitiço virou contra o feiticeiro, chegou o momento que mais desfruto em copas do mundo, a eliminação brasileira. Infelizmente estou fora do alcance do insuportável Galvão Bueno e como todos sabem, senti-lo sofrer é uma das coisas que mais me regozija.
A fortaleza emocional, que considero a maior arma do Brasil em copas do mundo, hoje esteve ausente e foi fator fundamental para a derrota brasileira.
Depois de um primeiro tempo excelente e com grande atuação de Kaká, no que foram os melhores 45 minutos do Brasil na Copa, um gol, apenas um gol em uma falha terrível da defesa que parecia ser infalível, derrubou o time amarelinho.
A Holanda parecia nervosa no primeiro tempo, parecia sentir a pressão de enfrentar a mais vencedora de todas as seleções em copas do mundo. Jogadores que não erram passes como Sneijder e Van Bommel, erravam quase todos os passes. O Brasil pela primeira vez na Copa tocava a bola, havia aproximação entre Kaká e Dani Alves, fluía bem o time e o gol era questão de tempo. A Holanda não atacava, jogava com três atacantes que não se movimentavam, jogavam engessados em suas posições e facilitavam a marcação. Lúcio e Juan, como sempre, impecáveis.
Até que, em um passe longo de, vejam só, Felipe Melo (!), Robinho, num erro crasso de marcação entrou mais livre do que peido em bombacha e abriu o placar.
Após o gol, nada de reação laranja, o Brasil seguia dominando o jogo e Kaká quase marcou um golaço que parou na maior defesa da Copa até agora por parte de Stekelenburg
Terminou o primeiro tempo e a impressão era de que o segundo gol brasileiro era questão de tempo.
A Holanda seguia sem muita produção ofensiva e acabou encontrando um gol num erro individual do maior goleiro do mundo que saiu de maneira insegura em uma bola alçada na área que desvia em Melo e entra. A partir daí, o Brasil acabou e era evidente a sua derrota.
O abalo emocional foi abismal. A Holanda, do nada, passou a ser a dona do jogo. As únicas chances do Brasil vinham em cobranças de escanteio e muito devido à debilidade da seleção holandesa nas bolas aéreas bem como o seu goleiro que, apesar de alto, não saía de cima da linha.
Robben, que não teve uma grande atuação, começou a incomodar a defesa brasileira. Conseguiu desestabilizar o instável Melo que acabou sendo expulso depois de uma agressão inexplicável e injustificável. A expulsão, somada ao gol proveniente de erro individual, ajudou ainda mais a enterrar qualquer esperança da seleção passarinho.
O segundo gol holandês veio de um escanteio depois que Juan, visivelmente transtornado, chutou a bola pela linha de fundo quando tinha a opção de atrasar para Júlio César, lembrou o patético Roberto Carlos em 1998.
Veio o gol e, pela primeira vez nessa Copa, o Brasil estava em uma situação adversa e deixou bem claro que não foi trabalhada essa situação no vestiário, parece que acreditavam piamente que o seu esquema traiçoeiro de jogo iria funcionar sempre. É futebol, nem sempre as coisas saem como planejadas.
Era a hora de o time mostrar caráter e variações táticas. Dunga teve a brilhante ideia de tirar Luís Fabiano, o artilheiro do time quando precisava de gol! Colocou Nilmar e mostrou ser um técnico inflexível, que não foi capaz de abdicar do seu excesso de marcação no meio de campo. Ao invés de somar um atacante, apenas trocou uma dúzia por meia dúzia.
Somam-se a isso as escassas opções do banco de reservas que acabaram acusando uma má convocação. As únicas armas de Dunga eram Nilmar e Grafite e, convenhamos, em Copa do Mundo Nilmar e Grafite são o mesmo que nada.
O time tremeu. Notava-se nas expressões o desespero, o pânico, o não saber como se comportar na situação que lhes era imposta. As perninhas dos canarinhos tremiam.
O que ajudou e manteve o time de Dunga com esperanças até o último segundo foi a patética atitude holandesa. Foram pelo menos cinco situações claríssimas para matar o jogo depois de o Brasil ter se atirado para o ataque e nada, não queriam matar o jogo; tampouco utilizaram o melhor método de acabar com um jogo que são as seguidas faltas táticas no meio do campo. Chegaram ao ponto de dar a chance de um CONTRA-ATAQUE que Kaká poderia ter empatado. Enfim, por essas e por outras que os laranjas nunca ganharam uma Copa.
Com um Robinho improdutivo jogando quase no meio de campo, um Luís Fabiano isolado, o Brasil se viu amarrado e foi engolido por sua falta de opções e de criatividade em um time de operários.
Tchau, Brasil, agora é assistir a Copa pela televisão.
Enquete: qual a consequência mais fantástica do resultado desse jogo: a cara de choro de seres asquerosos como Melo, Dunga, Robinho e Luís Fabiano ou a manutenção das torcedoras holandesas na Copa?
Melhor em campo: Ooijer (Holanda).
Uruguai 1(4)x(2)1 Gana: vi apenas o segundo tempo da prorrogação e os pênaltis. Que alegria! Vamos arriba la Celeste! Um dos jogos mais fantásticos da história das copas do mundo que me fez questionar os seres humanos que não apreciam esse esporte.
Incrível o preparo físico de Gana, corriam no segundo tempo da prorrogação como se o jogo houvesse apenas começado. O Uruguai aguentava firme, como um time de gladiadores. Aos 120 minutos, duas horas de bola rolando, essa maldita falta que, depois de um momento de pinball na área charrua originou o bloqueio de vôlei de Suarez (perderá o jogo contra a Holanda, que lástima...) e o seu consequente choro desesperado que foi aniquilado pelo seu grito de alegria após a bola explodir no travessão.
A coragem de Gyan que é um baita jogador, diga-se de passagem, de cobrar o primeiro pênalti da série e meter no ângulo, quanta personalidade.
Mas falando em personalidade, que personagem El Loco Abreu. Depois dessa batalha vai bater o que viria a ser o último pênalti e manda aquela bola vagarosa no meio do gol. Que homem demente! Que jogador fantástico! Dá-lhe Uruguai!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
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