Portugal 0x0 Brasil: em um jogo em que o Brasil entrou em campo já classificado e com Portugal praticamente nas oitavas, não houve muitas surpresas.
Puderam-se sentir mais uma vez a pobreza técnica do time sul-americano e também a pouca coragem do time lusitano.
O Brasil sem o cérebro do time, Kaká e sem seu jogador mais habilidoso, Robinho, mostrou ser um dos times mais incapazes entre as potências da Copa. Luís Fabiano não conseguiu jogar tendo em vista que o meio de campo brasileiro era conformado por Gilberto Silva, Melo, Alves e Baptista que são jogadores incapazes de criar.
Assim sendo, a única válvula de escape, a única alternativa dos amarelinhos era Maicon. Felizmente para o Brasil o técnico português demorou uma hora para dar-se conta. Quando Queiroz abriu os olhos e colocou Danny ou Ronaldo nas costas de Maicon, o Brasil sucumbiu e foi completamente dominado durante quase todo o segundo tempo.
Falando em Cristiano Ronaldo, no primeiro tempo parecia que o craque do Real Madrid estava começando uma espécie de “carreira solo”. Necessita utilizar mais sua técnica avançada em prol do time.
Maicon é tudo que o Brasil tem, mas não é muito. É um jogador que tem rapidez e explosão, mas não é difícil de ser aniquilado tendo em vista que não tem muitas variações de jogadas. Eu colocaria Cristiano Ronaldo o jogo inteiro pela esquerda fazendo com que Maicon não pudesse sair tanto e colocaria um lateral esquerdo mais forte na marcação como Ferreira no lugar do frágil Coentrão. Assim, Maicon estaria acabado e consequentemente o Brasil iria junto.
A pobreza e falta de variantes no time brasileiro é tão notória que a única jogada, ademais de Maicon, é os chutes de longa distância. E, com essa bola de supermercado e com chutadores do calibre de Silva e Melo, difícil que essa jogada resulte em algo positivo.
O estilo de jogo do Brasil é tão mesquinho, que é notório que as sucessivas faltas técnicas no meio de campo são ordens do treinador. Felizmente para Dunga, o juiz foi conivente.
A defesa brasileira se mostrou sólida mais uma vez, mas há de se considerar que a covardia portuguesa ajudou para isso. É raro ver uma seleção que ataque o Brasil e que o “desrespeite”. Os Estados Unidos fizeram isso e meteram 2x0 na saída do jogo pela Copa das Confederações, mas depois, devido à sua inexperiência, cederam. O time que não respeitar tanto o Brasil, ganha com certa tranquilidade.
Também Portugal jogou sem centroavante. Ronaldo jogou pelo meio recuado e tornou fácil a tarefa de Juan e Lúcio, o melhor em campo.
O gol que errou Meireles também foi impressionante. Inaceitável que um jogador de uma Copa do Mundo não use a perna ruim nem para definir dentro da pequena área.
Como sempre, a ajudinha da arbitragem que deu impedimento inexistente em um lance em que Danny ia com bola tudo em direção ao arco de Júlio César que estava jogando de bombacha hoje.
Resumindo, o Brasil, sem Kaká ou com Kaká capenga como nos últimos jogos, depende única e exclusivamente das saídas de Maicon e de genialidades de Robinho ou Luís Fabiano. Pela esquerda, como dizia na época do colégio, com Michel Bastos, a
natureza marca.
No banco de reservas brasileiros, um deserto, não há opções para Dunga, deve ter inveja de Don Diego que pode mudar um jogo com figurinhas como Milito, Agüero, Pastore e companhia. Dunga tem Ramires e Josué.
Melhor em campo: Lúcio (Brasil).
Costa do Marfim 3x0 Coreia do Norte: não vi. Que bela jogada de Drogba no lance que originou o segundo gol marfilenho.
Espanha 2x1 Chile: sem sombra de dúvidas a Espanha é o melhor time da primeira fase e segue sendo minha favorita a ganhar a Copa.
Começou o jogo com um Chile extremamente bem armado, marcando a saída de bola e, principalmente, povoando o meio de campo, espaço mais rico do time ibérico. A
Espanha não conseguia sair e começava a bater o nervosismo.
No entanto os espanhóis têm variações, algo que o Brasil, por exemplo, não tem. Se o meio de campo estava apertado, começaram os passes longos para tentar pegar a defesa chilena mal posicionada. Numa dessas bolas longas, Torres apareceu, dividiu com o goleiro e Villa marcou um golaço no rebote.
Iniesta esteve em campo e faz, sempre, a diferença. É o jogador mais parecido em estilo de jogo à Zidane. Se junta à Xavi e à Busquets e faz a bola girar até encontrar espaços.
Esse meio de campo espanhol é o mesmo do Barcelona, aliás, a Espanha, se analisarmos com cuidado, é um Barcelona sem seus estrangeiros e com Casillas, o melhor goleiro espanhol das últimas décadas no lugar de Valdés.
Sai Dani Alves, entra Ramos; sai Abidal, entra Capdevilla; sai Touré entra Xabi Alonso; sai Messi e Ibra e entram Torres e Villa que já, na próxima temporada, será jogador do time catalão.
Esse entrosamento é fundamental no funcionamento desse esquema de jogo de toques que é brilhante.
Antes de terminar com a Espanha destaco os pontos negativos do time: Torres, que segue sem ritmo e acabou substituído no início do segundo tempo hoje. Vale destacar que sofreu um pênalti não marcado pelo árbitro mexicano. No mais, soberba e arrogância. O jogo estava 2x1 e eles jogavam como se já estivesse decidido, pois confiam demasiado em seu domínio de jogo. A posse de bola deve ter chegado aos 85% hoje.
No lado chileno, iniciaram bem o jogo e o segundo tempo, mas com o passar do tempo e dos toques, foram completamente dominados. Bateram muito, perderam a cabeça seguidamente e mereciam ter tido mais jogadores expulsos. Vidal, por exemplo, cometeu 70 faltas e saiu só com amarelo. Sánchez é o grande nome.
Melhor em campo: Xabi Alonso (Espanha).
Suíça 0x0 Honduras: graças a Deus não vi.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
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