quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A culpa é do governo

Mais uma vez presenciei uma deplorável cena em Porto Alegre. De dentro de um carro em uma sinaleira fechada, um jovem provavelmente de classe média alta joga pela janela com a maior naturalidade uma carteira de cigarros vazia.

O fato apenas comprova o que eu sempre defendi. A classe média adora colocar a culpa de seus fracassos na ralé. A ralé sempre tem que pagar a conta no pensamento neoliberal.

Quando há enchentes na cidade, de quem é a a culpa? Ou do PT quando ainda estes estavam na prefeitura ou, agora, da gentalha que suja as vias públicas.

Pois quem suja mesmo, quem é ruim por natureza são os integrantes cafonas da classe média gaúcha. Defecam suas bolsinhas de papel do Mc Donald´s com a maior cara de pau. Canso de ver essa cena e não me acostumo. Estes só são civilizados em Gramado ou na Padre Chagas, nossos pedacinhos de Beverlly Hills, lugar onde todos fingem ser superiores habitantes do Primeiro Mundo.

Uma sociedade em que as classes que gozam ou gozaram de "boa educação" jogam lixo na rua, em pleno século XXI, está fadada ao fracasso e a miséria eterna. Em pequenos acontecimentos podemos sacar grandes conclusões e fazer lúcidas previsões.

O jovem gaúcho de classe média e classe média alta pode ser representado na nova campanha publicitária da Rádio Atlântida, ou seja, é um idiota, um retardado, um produto final perfeito de nossa sociedade ultra-moderna.

Bom, até a próxima enchente. Já temos a quem culpar. Nada na cabeça. Jovens malditos.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

E acabou em Playboy

Há lugares em que escândalos acabam em pizza e há o Brasil em que tudo acaba em Playboy.

Se já não bastasse todo o escândalo envolvendo o presidente do Senado, seus bois falsos, suas laranjeiras abastadas e tudo mais, agora a pivô de tudo isso, uma mulher ambiciosa, redundância nos tempos pós-modernos, vai acabar nas páginas da Playboy.

Só posso aplaudir, melhor final não poderia acontecer e fico na espera da aposentadoria obrigatória com salários integrais vitalícios para os juizes mafiosos do Rio.

Já se foi o tempo em que a Playboy continha as mais gostosas da mídia. Hoje, a Playboy compila fotos de celebridades, de subprodutos da sociedade espetacular.

Mulheres, pensemos pelo lado positivo. Antigamente, se tu não fosse gostosa, não terias chance de sair da sarjeta. Pagode e futebol são coisas de homens, resta a venda do corpo, e de mulher feia ninguém gosta. Hoje isso evoluiu. A sociedade é mais pluralista e aberta (vide o caso Richarlyson), basta um escândalo ou fama efêmera e a Playboy abre suas páginas para suas pernas abertas.

A filha do Gilberto Gil, um bagulho, já pousou pelo simples fato de ser metida à negra rapper americana. Adora falar bobagens e quer dar uma de polêmica; além da filha do ministro, tivemos a juíza de futebol, ícone da covardia e inimiga número um das feministas de plantão: raivosas, incoerentes e bigodudas. Além de feias, claro.

Pois Mônica, a ex-amante espetacular, mãe da filha bastarda de Renan, o Al Capone de Alagoas, estará em breve na Playboy. Por que? Porque ela é espetacular.

Estou sorrindo sozinho. Tudo acabou em Playboy, de novo. Ainda mantenho esperanças de ver a Roseane Collor nua e mordendo a língua com seus dentinhos de coelho e, agora, espero a G-Magazine do Macalão, tapando partes íntimas de seu corpo com selos de um real. O Richarlyson, herói são-paulino, compraria. Ou não. Talvez ele prefira o Vampeta, volante da seleção brasileira de Copa do Mundo.

Tudo é assim na sociedade sem vergonha e sexualizante brasileira. Tudo acaba em bunda. Quem não tem vontade de ver a Martha Suplicy "relaxada" e "gozando" nas páginas da Playboy? Ou a dona Marisa que vai no mesmo cabeleireiros da ministra e também veste Prada?

Eu queria. Todas elas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Chuva E Frio

Voltou a esfriar e a chover...que maravilha. Lindo dia, sem carnaval e alegria vã.
Chorem amantes dos trópicos olesosos de suor. Viva a solidão de apenas um algarismo isolado e sem companhia no termômetro!