Disseram-me que não foi o ilustre Bial quem escreveu essa obra prima que a rádio Atlântida difunde diariamente. Foi um professor de uma universidade americana.
Logo penso naqueles finais de filmes batidos e caricatos americanos em que sempre há um discurso ou nádegas expostas como encerramento de formaturas.
Um texto raso e vazio de auto-ajuda narrado por Pedro Bial, a nossa celebridade do momento, o apresentador "cult" inteligente e séxi do programa de maior sucesso do Brasil, só poderia ser um sucesso.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Bial E Ivete
Ter que ouvir aquele monte de idiotas da Atlântida de manhã já poderia ser considerado nível de tortura suficiente para uma dezena de anos. Mas ouvir poesia do "cult" Pedro Bial de manhã e na Atlântida é dose pra cavalo.
Idosos crêem, normalmente, que tudo podem. Costumo chamar de "patamar" esse estágio atingido pelos cenis, ou seja, os idosos se acham num patamar em que tudo podem. Flatulências liberadas em público, falar alto em lugares públicos, espirros escandalosos, piadas de mal gosto, coçar o escroto, enfim, atos desprezíveis para o time dos jovens.
Pois este fenômeno de achar que tudo pode também é comum às vítimas da fama. O grito histérico de fãs, o nome cantado em coro, a imagem usada como ferramenta publicitária, tudo isso torna o ser humano uma celebridade, e celebridades tudo podem. Eles são o nosso órgão genital principal, têm vidas fantásticas, gozam por nós.
Pedro Bial apresenta a versão brasileira do zoológico humano Big Brother, o programa mais idiota de todos. Ao mesmo tempo, Bial mantém sua imagem "cult" de grande jornalista, grande escritor, grande poeta, o cara inteligente, o Chico Buarque global, desejado por todas as mulheres quarentonas solteiras sexualmente frustradas.
Bial tem o saco depilado, não come traveco, bocetinhas brotam da terra pra ele, ouve música clássica, entende de tudo, tem olhos verdes, escreve poesias encantadoras, é cheiroso, é George Clooney, é demais. Bial é demais. Se fosse mulher daria pra ele.
Bial acredita que é tudo isso e tira proveito. O livro que ele recomenda, vende, o que ele escreve se esgota e encabeça a parada Top 10 da Veja desde que o mago Paulo Coelho esteja em entre-safra. Bial é um sucesso.
Bial e Ivete Sangalo são o casal do momento. Nada mais propício que um relacionamento global e fotogrado por Caras com Ana Maria Braga de madrinha que Bial e Ivete juntos. Bial esbanja charme, homem maduro de sucesso, bem sucedido, é a cara da Globo.
Ivete representa a hipocrisia das classes abastadas brasileiras, é a celebridade popular, que ama o povo, não se deixa corromper pela fama e fortuna. É popular, diz palavrões, fala baianês, sorri, chora, grita. Ivete, esquizofrênica, em seu DVD: "eu sou muito feliz e muito realizada porque vocês gritam meu nome, gritam quando eu apareço, eu sou feliz pois tenho muito sucesso".
Jamais havia escutado algo mais bonito e natural. Amo a Ivete! O Brasil a ama e amamos o Bial.
Nada mais relaxante que ouvir a voz sensual do Bial de manhã recitando uma poesia tão profunda quanto uma poça d´água. Uma poesia de auto-ajuda. De manhã tem mais graça. Estava só. Queria comentar e dizer algumas palavras sobre a inteligência de Bial.
Enfim, eu queria ser ator de filme pornô.
Idosos crêem, normalmente, que tudo podem. Costumo chamar de "patamar" esse estágio atingido pelos cenis, ou seja, os idosos se acham num patamar em que tudo podem. Flatulências liberadas em público, falar alto em lugares públicos, espirros escandalosos, piadas de mal gosto, coçar o escroto, enfim, atos desprezíveis para o time dos jovens.
Pois este fenômeno de achar que tudo pode também é comum às vítimas da fama. O grito histérico de fãs, o nome cantado em coro, a imagem usada como ferramenta publicitária, tudo isso torna o ser humano uma celebridade, e celebridades tudo podem. Eles são o nosso órgão genital principal, têm vidas fantásticas, gozam por nós.
Pedro Bial apresenta a versão brasileira do zoológico humano Big Brother, o programa mais idiota de todos. Ao mesmo tempo, Bial mantém sua imagem "cult" de grande jornalista, grande escritor, grande poeta, o cara inteligente, o Chico Buarque global, desejado por todas as mulheres quarentonas solteiras sexualmente frustradas.
Bial tem o saco depilado, não come traveco, bocetinhas brotam da terra pra ele, ouve música clássica, entende de tudo, tem olhos verdes, escreve poesias encantadoras, é cheiroso, é George Clooney, é demais. Bial é demais. Se fosse mulher daria pra ele.
Bial acredita que é tudo isso e tira proveito. O livro que ele recomenda, vende, o que ele escreve se esgota e encabeça a parada Top 10 da Veja desde que o mago Paulo Coelho esteja em entre-safra. Bial é um sucesso.
Bial e Ivete Sangalo são o casal do momento. Nada mais propício que um relacionamento global e fotogrado por Caras com Ana Maria Braga de madrinha que Bial e Ivete juntos. Bial esbanja charme, homem maduro de sucesso, bem sucedido, é a cara da Globo.
Ivete representa a hipocrisia das classes abastadas brasileiras, é a celebridade popular, que ama o povo, não se deixa corromper pela fama e fortuna. É popular, diz palavrões, fala baianês, sorri, chora, grita. Ivete, esquizofrênica, em seu DVD: "eu sou muito feliz e muito realizada porque vocês gritam meu nome, gritam quando eu apareço, eu sou feliz pois tenho muito sucesso".
Jamais havia escutado algo mais bonito e natural. Amo a Ivete! O Brasil a ama e amamos o Bial.
Nada mais relaxante que ouvir a voz sensual do Bial de manhã recitando uma poesia tão profunda quanto uma poça d´água. Uma poesia de auto-ajuda. De manhã tem mais graça. Estava só. Queria comentar e dizer algumas palavras sobre a inteligência de Bial.
Enfim, eu queria ser ator de filme pornô.
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