domingo, 29 de maio de 2011

Final Temporada 2010/2011

A final da Champions League encerra a temporada do futebol e é motivo de uma das minhas duas publicações anuais do ranquim dos maiores clubes do mundo.

Falando na final, realmente não adianta. Enquanto o Barcelona tiver Messi e seguir tendo mais de 60% de posse de bola por jogo, são imbatíveis.
Ferguson, homem que dedicou sua vida ao futebol, afirmou que o Barcelona é o maior time que já enfrentou. Guardiola diz que Messi já é o maior jogador da história. Está difícil de não concordar com os dois técnicos dos dois melhores times do mundo na atualidade.

No meu entender o Barcelona é o maior time de todos os tempos, não há dúvidas; sobre Messi, cada vez fica mais difícil postergar essa decisão. Com a idade que ele tem, nenhum jogador havia conseguido nem metade do que ele conseguiu. Houve jogadores que ganharam copas do mundo muito jovens e muitos usam o argumento de que a falta de sucesso com a selecao argentina não permite que Messi, pelo menos por agora, seja considerado o maior de todos em todos os tempos. O argumento poderia ser válido há algumas décadas atrás, mas atualmente, com os times europeus sendo verdadeiras seleções do mundo e considerando que o Barcelona ganharia com tranquilidade qualquer confronto contra qualquer selecao do mundo, Messi cada vez mais impede que esse título, mais um, seja conquistado por ele, um gênio, autor de dois gols em duas finais de Champions contra nada mais nada menos do que o Manchester U e que consegue ser o melhor jogador do mundo há muito tempo e com muita vantagem em relação aos demais.

Não perderei muito tempo falando do jogo, pois todo mundo viu o que foi: nada de novo. Seja o Almería ou o Manchester U, o Barcelona joga igual, domina igual, e ganha igual. Os primeiros 10 minutos, com o time de Ferguson marcando a defesa catalã, deram uma impressão de que algo poderia passar, mas assim que o Barca começou a ter a posse da criança, o jogo acabou. O golaço de Rooney levantou suspeitas, mas era evidente que o Barcelona iria ganhar, foi uma das finais com menos emoção de todos os tempos tamanha a superioridade de um time em comparação com seu adversário.

Bom, chega de Barcelona e Messi e segue o ranquim, mas antes a selecao da temporada:

Van der Sar (Manchester U – Holanda)

Dani Alves (Barcelona – Brasil)
Vidic (Manchester U – Sérvia)
Puyol (Barcelona – Espanha)
Marcelo (Real Madrid – Brasil)

Xavi (Barcelona – Espanha)
Nasri (Arsenal – Franca)
Iniesta (Barcelona – Espanha)

Messi (Barcelona – Argentina)
Rooney (Manchester U – Inglaterra)
Cristiano Ronaldo (Real Madrid – Portugal)

Bola de ouro: Messi (Barcelona – Argentina)
Bola de prata: Rooney (Manchester U – Inglaterra)
Bola de bronze: Cristiano Ronaldo (Real Madrid – Portugal)

Mencoes honrosas
: Eto´o (Inter Milan – Camaroes), Seedorf (AC Milan – Holanda), Valencia (Manchester U – Equador), Giggs (Manchester U – País de Gales), Nani (Manchester U – Portugal), Sneijder (Inter Milan – Holanda), Falcao (Porto – Colômbia), Bale (Tottenham – País de Gales), Van der Vaart (Tottenham – Holanda), Wilshere (Arsenal – Inglaterra), Cavani (Napoli – Uruguai), Tévez (Manchester City - Argentina) e Pastore (Palermo – Argentina).

Ranquim dos 50 gigantes do futebol mundial atualizado:

1. Bayern Münich (Alemanha) – 445
2. AC Milan (Itália) – 405
3. Real Madrid (Espanha) – 395
4. Peñarol (Uruguai) – 327
5. Juventus (Itália) – 315
6. Manchester U (Inglaterra) – 305
7. Boca Juniors (Argentina) – 300
8. Ajax (Holanda) – 282
9. Inter Milan (Itália) – 270
10. Liverpool (Inglaterra) e Independiente (Argentina) – 265
12. Nacional (Uruguai) – 263
13. Porto (Portugal) – 250
14. Barcelona (Espanha) – 248
15. River Plate (Argentina) – 230
16. São Paulo (Brasil) – 225
17. Benfica (Portugal) – 184
18. PSV (Holanda) – 156
19. Olimpia (Paraguai) – 147
20. Santos (Brasil) e Estudiantes (Argentina) – 135
22. Flamengo (Brasil) – 127,5
23. Estrela Vermelha (Sérvia) – 121
24. Palmeiras (Brasil) e Internacional (Brasil) – 110
26. Vélez Sarsfield (Argentina), Dynamo Dresden (Alemanha) e Dortmund (Alemanha) – 105
29. Grêmio (Rio Grande do Sul) – 95
30. Celtic (Escócia) – 94
31. Feyenoord (Holanda) – 93
32. Arsenal (Inglaterra) – 90
33. Steua Bucarest (Romênia) – 88
34. Colo Colo (Chile) – 84
35. Vasco (Brasil), Sparta Praga (República Tcheca) e Rangers (Escócia) – 80
38. Marseille (Franca) – 76
39. Borussia MG (Alemanha) – 75
40. SC Anderlecht (Bélgica) – 72
41. Atl Madrid (Espanha) – 69
42. Partizan Belgrado (Sérvia) – 68
43. América (México) – 67,5
44. Hamburg (Alemanha) – 65
45. Cruz Azul (México) – 64,5
46. Saint-Etienne (Franca) – 64
47. Corinthians (Brasil) e Rosario Central (Argentina) – 60
49. LDU (Equador) – 58
50. Lyon (Franca) – 56

Dynamo Dresden e Rosario Central são os únicos dois clubes grandes que não disputam, nesse momento, a divisão principal de seus países. O clube de Dresden milita atualmente na terceira divisão alemã enquanto que os canallas disputam a segunda divisão argentina.

O clube com mais títulos mundiais é o AC Milan (4); os clubes com mais conquistas continentais são o AC Milan e o Independiente (7); o maior campeão nacional de todos é o Bayern Münich, com 21 conquistas locais.

Em toda a lista estão ranqueados 210 times de 23 países diferentes.

Os países com mais clubes ranqueados são o Brasil e a Alemanha, com 17 clubes cada; são seguidos pelo México com 16. No entanto, entre os gigantes do futebol mundial, o país com mais representantes é o Brasil isolado com oito, seguido por Argentina com seis e Alemanha com cinco.

No ranquim brasileiro, o líder é o São Paulo seguido por Santos e Flamengo.

No ranquim de ligas, a mais competitiva é a argentina, seguida pela liga italiana e, em terceiro lugar, a liga brasileira.

domingo, 15 de maio de 2011

Final Wembley

Bom, não preciso me gabar por ter acertado a final da Champions League. Era mais do que óbvio que Barcelona e Manchester U iriam eliminar sem tantos problemas a Real Madrid e Schalke respectivamente.

No clássico espanhol, decepção, mas entendo a situação. Pouco futebol foi visto nos dois confrontos e muito devido à imensa rivalidade mais aflorada do que nunca. Mourinho abriu um pouco mais o seu time no jogo de ida, pois necessitava a vitória e o Barcelona não perdoou. Com dos gols do gênio, matou a série ali mesmo. Para completar, a precoce expulsão do desequilibrado Pepe, xodó de Mourinho que depois foi mal perdedor e levantou patéticas teorias de conspiração.

O Manchester U acabou com os 15 minutos de glória do bravo, mas limitado Schalke. Uma saraivada na ida jogando na Alemanha garantiu um jogo de volta tranquilo em Manchester, em um jogo que Sir Ferguson se deu ao luxo de usar quase que um time inteiro de reservas, preservando até o brilhante Rooney.

Por tratar-se de apenas 90 ou 120 minutos, uma final oferece uma variada gama de possibilidades, mas, analisando time por time, o Barcelona é mais, é mais genial, é mais brilhante, tem a posse de bola por mais de 60% do tempo e tem um dos maiores jogadores de todos os tempos. Estou curioso para saber qual o time que Ferguson irá colocar em campo. Aposto em alguém jogando aberto pela ponta esquerda, provavelmente Giggs, para fazer com que um dos principais parceiros de Messi, Dani Alves, seja obrigado e guardar mais posição, assim como o fez contra o Real Madrid quando teve que ficar atrás devido à presença de Di Maria.

A jogada aérea pode ser outra opção. A defesa do Barcelona é baixa, Mascherano vem jogando nessa região no lugar do lesionado Puyol e uma arma búlgara chamada Berbatov poderia ser usada. No entanto, a grande questão, já abordada por Ferguson, é não deixar Messi respirar. Jogará Park em cima do argentino todo o tempo? Pago para ver.

Do lado inglês a principal arma é Rooney. Wayne começou mal a temporada, mas vem em um crescente fantástico e hoje é o segundo melhor jogador do mundo. No entanto, aposto que Valencia pode ser a peça chave do esquema de Ferguson devido à sua velocidade e habilidade pelo flanco direito onde ainda é um mistério sobre quem jogará por esse lado do campo no time adversário. Abidal está voltando aos poucos de sua doença, Maxwell está lesionado, Puyol vem jogando improvisado por lá, enfim, é um ponto forte do time britânico contra um ponto duvidoso dos catalães.

Sou obrigado a apostar em alguém e vou de Barcelona, mas ponho os dois times quase que em igualdades de chances. Grande jogo.

sábado, 7 de maio de 2011

Quartas-de-final Libertadores 2011

Como sempre, antes de dar palpites sobre os confrontos das quartas, analiso o que deixou as oitavas de final.

O mais surpreendente de tudo foi a eliminação de quatro dos cinco clubes brasileiros. Realmente já esperava as eliminações de Fluminense e Grêmio devido à ruindade de seus times, mas a eliminação do Cruzeiro, time de melhor campanha na primeira fase e do Inter, elenco mais caro do continente, realmente me chamaram a atenção.

Havia alertado que o Cruzeiro não era tudo isso. Teve muita sorte no primeiro confronto contra o Estudiantes e depois seguiu com sorte no segundo confronto contra o mesmo adversário que usou reservas.

O Internacional, novo rico do futebol continental, por mais que não jogasse nada, mantinha a postura de favorito por ser o atual detentor do título e por seu grupo de jogadores que conta com atletas acima da média como D´Alessandro, Tinga e Bolatti.
Não deu. Enfrentou o clube mais vitorioso da América e foi derrotado em casa com requintes de crueldade em cinco minutos.

Mas o que realmente me alegrou foi ver uma teoria minha cair por água. Vinha dizendo que, com o poderio econômico crescente do país e consequentemente dos clubes brasileiros, a Libertadores iria ficar difícil de arrancar das mãos tupiniquins.

Haveria uma mudança na competição que já é notada nos últimos anos. No passado, os times argentinos ganhavam praticamente todos os seus jogos até matarem-se nas instâncias finais contra os grandes uruguaios, os grandes brasileiros ou entre eles.

Nos últimos anos, com o terrível empobrecimento dos times e da economia desse país, os seus jogadores craques, muito bons, bons e mais ou menos, saem para o exterior antes mesmo de completar duas temporadas nos clubes. Além de perder jogadores para os clubes europeus, a decadência econômica argentina faz com que os clubes argentinos percam jogadores até para adversários do continente, como é o caso de Conca, Montillo, D´Alessandro, Bolatti, Cavenaghi, Farías, entre outros. E não é só o rico mercado brasileiro que absorve os talentos argentinos. Os principais clubes de países como Chile, Equador e Paraguai também atacam. Barcos na LDU, Fabbro e Nanni no Cerro Porteño, Cañete e Pratto na Universidad Católica e etc. Casos passados: Lucas Barrios, do Colo Colo para o Dortmund e o próprio Montillo, da Universidad de Chile para o Cruzeiro.

Esperava, então, um cenário da seguinte maneira: o Brasil esbanjando dinheiro, com o seu poder econômico que contratou nos últimos anos nada mais nada menos do que Ronaldo, Deco, Brandao, Adriano (duas vezes), Roberto Carlos e agora Luís Fabiano (na Argentina o máximo que os clubes locais conseguem “recuperar” do exterior é Schelotto com 37 anos contratado pelo modesto Gimnasia provenentes das gramas sintéticas do Estados Unidos) contra argentinos dependendo de sua mística e de suas férteis categorias de base que não param de revelar jogadores e os mais fortes clubes dos demais países em iguais ou melhores condições que os argentinos que sao os mais vencedores da América. Os demais países conseguem essa espécie de equiparação devido a que seus mercados domésticos não são tão cobiçados pelos europeus o que faz com que seus melhores talentos permaneçam mais nos clubes locais. Fora da disputa os bolivianos, peruanos e venezuelanos, apesar de que o Oriente Petrolero merecia ter passado às oitavas.

Agora os confrontos:

Acertei apenas três dos oitos confrontos.

Cruzeiro x Once Caldas: não havia e sigo sem ter visto, jogo algum do time colombiano. Devido à sua queda de rendimento no torneio doméstico e seus problemas, pensei que o Cruzeiro bam bam bam iria classificar. Faltou camisa. Um clube grande não perde uma vaga dessa forma em casa para um rival médio.

América x Santos: não assisti ao jogo de volta, mas foi realmente decepcionante a inoperância mexicana e o fato de não poder jogar em seu místico estádio por um xou do palhaço salvador do universo Bono e seus miquinhos amestrados. Pelo menos acertei.

Junior x Jaguares: grande surpresa, aliás, o resultado que mais me surpreendeu. No entanto, vi nenhum dos dois confrontos.

Cerro Porteño x Estudiantes: esse era parada dura. O Estudiantes da temporada passada classificaria sem maiores problemas, mas a decadências do time desde a saída de Sabella é notória. Dois jogos de dar sono e vitória nos pênaltis dos paraguas.

Libertad x Fluminense: os cariocas nem mereciam ter classificado. Não vi os jogos, mas já esperava uma vitória paraguaia apesar do primeiro jogo.

LDU x Vélez Sarsfield: felizmente me equivoquei e o melhor time disparado da competição segue vivo. Uma atuação notável na ida e um brilhantismo poucas vezes visto na volta. 5x0 no geral contra a LDU não é qualquer um. Rick Alvarez, mais um jovem talento argentino, ainda oscila entre a reserva e a titularidade: craque. Não me surpreenderia que estivesse na Copa de 2014, é um jogador brilhante. Aliás, o grupo, o elenco do Vélez impressiona. Quem entra joga igual ao titular que saiu, vide as participações de Alvarez, Canteros e Ramirez no jogo em Quito e em tantos outros. Mesmo sem seu tanque Silva, fez dois gols onde todo mundo é goleado, vide o Peñarol que tomou cinco.

Internacional x Peñarol: disse que a camisa do Peñarol era a minha esperança para ver o Inter cair fora. Além dessa camisa, que suportou uma pressão de sair perdendo antes do jogo começar, ir buscar, fazer dois gols e manter o resultado, valeu a qualidade individual de alguns jogadores, com destaque para o argentino Martinuccio.

Universidad Católica x Grêmio: deu o que eu tinha certeza que daria. O bom time chileno, comandado pelos argentinos Eluchans, Cañete e Pratto, encaminhou a classificação com uma boa vitória em Porto Alegre e depois administrou um jogo contra um Grêmio em frangalhos que apostou em Lins e Viçosa para fazer dois gols como visitante, ou seja, missão impossível.

Agora sim os prognósticos das quartas, se é que ainda tenho moral para tal ato:

Once Caldas x Santos: o time aba reta ainda não me convenceu. Tem quem talvez seja o melhor jogador do continente em atividade, mas ainda depende muito de suas genialidades que podem deixá-los na mão. Do outro lado um virtuoso Once Caldas que vem de moral elevada e pode dar trabalho e eliminá-los novamente como o fez no ano em que se consagraram campeões. Com muita dúvida, aposto no Santos.

Jaguares x Cerro Porteño: vou pela maior tradição copeira dos paraguaios mesmo não tendo jogado bem em ambos confrontos contra o Estudiantes.

Vélez Sarsfield x Libertad: é o melhor jogo da série. O Vélez é, para mim, o melhor time do continente disparado, mas divide seu fôlego entre duas competições enquanto que os paraguaios priorizam a Libertadores. Esse fator pode jogar contra o time de Liniers, mas não consigo apostar contra o melhor. Vou de Vélez.

Peñarol x Universidad Católica: no confronto entre carrascos de gaudérios, vou de Católica. É mais time. No entanto, há o fator covardia chilena ainda mais quando enfrentam o maior clube sul-americano. Confronto dificílimo.