terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ranquim Sul-Americano

Após a visita a Caracas, atualizo meu ranquim de viagens sul-americanas. Para os marinheiros de primeira viagem, esse é um ranquim em que avalio, em diferentes quesitos, as capitais de todos os países do continente que já visitei. Opa, alto lá! Medellín não é capital! Eu sei, mas prefiro trocar Bogotá por Medellín porque pouco tempo expendi na verdadeira capital colombiana e optei por colocar Medellín, onde moro, para representar o país. No entanto destaco que são cidades bem diferentes entre elas, apesar de estarem no mesmo país, mas enfim.

Assim sendo, estão no páreo: a já citada Medellín, Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Buenos Aires, capital argentina, Santiago, capital chilena, Montevidéu, capital charrua, Caracas, capital venezuelana, Lima, Peru e Quito representando o Equador. Ainda me falta conhecer três capitais sul-americanas: Brasília, capital do gigante vizinho do norte, Assunção, capital paraguaia e La Paz ou Sucre, capitais bolivianas.

Agora explico os quesitos. O primeiro e mais importante: mulheres. Esse é fácil, mas não é uma análise tão rasa. Além de beleza, entra em jogo o comportamento das fêmeas de cada uma dessas cidades. Vale lembrar que as gaúchas são muito bonitas, mas ao mesmo tempo insuportavelmente bagaceiras e vulgares o que faz com que percam pontos.

Comida: bom, esse é simples e não exige maiores explicações. Vale ressaltar que não se leva em consideração apenas pratos típicos, senão toda a gastronomia que as cidades oferecem.

Clima: essa eu devo destacar para os que não me conhecem muito bem que tenho um gosto excêntrico com relação a clima. Para que tenham uma ideia, amava os invernos ingleses com pouca luz solar e com bastante chuva.

Transporte: refiro-me ao transporte público: ônibus, metrô e afins.

Hospitalidade: é a relação simples entre pessoas em cada cidade. Não analiso somente a recepção ao turista, senão o trato comum e diário entre os habitantes de cada cidade.

Beleza: esse item é complicado porque é evidente que uma cidade como Buenos Aires tem mais atrativos arquitetônicos que as demais. No entanto a ideia é analisar não somente a presença de prédios passíveis de serem fotografados, mas também a organização, limpeza e simpatia da cidade como um todo, não somente de seus pontos turísticos.

Trânsito: essa é simples, não merece maiores explicações.

Preços: também não me baseei em números, pois aí a vitória seria, pasmem, da socialista Caracas, terceira cidade mais cara do continente atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro e presente entre as 100 cidades mais caras do planeta. É um pouco difícil de acreditar. Claro, eu esperava tudo barato, pois é a Venezuela do pai dos pobres Chávez, mas não é; ao mesmo tempo, como uma cidade com gasolina vendida a R$0,04 o litro pode ser a mais cara, tendo em vista que o preço da gasolina influi em toda a economia? Vá entender.

Nível cultural: essa se sente no trato com as pessoas. Uma pessoa amável não necessariamente tem melhor nível intelectual que alguém mais grosso.

Futebol: essa é mais abstrata, mais subjetiva. É óbvio que Buenos Aires seria a campeã isolada se estivéssemos analisando simplesmente qualidade do futebol local. Não é isso. Analiso a importância do futebol e sua presença na sociedade, o dia a dia de cada uma dessas cidades. Isso se nota através de muitos fatores: frequência com que se fala em futebol, oferta de produtos relativos ao esporte no comércio, presença na televisão aberta e por aí vai.

Bom, segue o ranquim.

MULHERES: realmente as mulheres de Medellín não deixam muita margem de discussão. Podem até não ter a beleza favorita da maioria do mundo, louras deslumbrantes brancas de 1,80m, mas tampouco são indígenas como muita gente pensa, em absoluto. São, além de muito bonitas, mulheres mais educadas, mais vaidosas, mais femininas que todas as outras do continente.

1. Medellín
2. Porto Alegre
3. Buenos Aires
4. Santiago
5. Montevidéu
6. Caracas
7. Lima
8. Quito

COMIDA: Porto Alegre tem mais variedade, mais criatividade do que suas duas vizinhas platenses, mas é indiscutível a superior qualidade de queijos, doces, pães, tortas, massas e afins. Eu prefiro o churrasco gaúcho, é melhor que o gaucho apesar de não ter tanta grife internacional, mas, como um tudo, dá Baires e Monte.

1. Buenos Aires
2. Montevidéu
3. Porto Alegre
4. Santiago
5. Lima
6. Quito
7. Caracas
8. Medellín

CLIMA: elegi Quito porque nunca faz calor, algo que detesto. Todas as noites de Quito por mais quente que tenha sido o dia. Sempre a temperatura está menos de 10 graus quando o sol se põe. Infelizmente Quito não tem temperaturas bem frias como eu gosto como tem Buenos Aires, Montevidéu e Porto Alegre, por exemplo. Mas vale à pena, pois é insuportável o calor úmido dessas três capitais durante os meses de verão.

1. Quito
2. Santiago
3. Buenos Aires
4. Montevidéu
5. Porto Alegre
6. Medellín
7. Lima
8. Caracas

TRANSPORTE: Santiago tem nível de Europa. Metrô melhor que a maioria dos países da Europa, ônibus modernos e ônibus intermunicipais abundantes, confortáveis e pontuais. Sem comparação.

1. Santiago
2. Quito
3. Buenos Aires
4. Caracas
5. Porto Alegre
6. Montevidéu
7. Medellín
8. Lima

HOSPITALIDADE: o número “2” de Lima na verdade é “12”. As 10 primeiras são Medellín, cidade mais amável em que já estive, especialmente para estrangeiros. O trânsito apresenta alguns sinais de brutalidade, mas, no mais, é pura cortesia e educação.

1. Medellín
2. Montevidéu
3. Lima
4. Porto Alegre
5. Santiago
6. Buenos Aires
7. Quito
8. Caracas

BELEZA: aqui, apesar de todos os problemas que vêm assolando a capital da América do Sul, Buenos Aires, ainda assim, sua arquitetura e clima europeus fazem com que os defeitos como sujeira e vandalismo fiquem, ainda, em segundo plano.

1. Buenos Aires
2. Santiago
3. Lima
4. Medellín
5. Montevidéu
6. Porto Alegre
7. Caracas
8. Quito

TRÂNSITO: Montevidéu tem trânsito de cidade do interior mesmo sendo uma capital com quase dois milhões de habitantes. A calma e lentidão típicas do povo uruguaio também são fatores que devem ser considerados.

1. Montevidéu
2. Quito
3. Porto Alegre
4. Lima
5. Santiago
6. Caracas
7. Buenos Aires
8. Medellín

PREÇOS: em Quito se vai para qualquer ponto da cidade por módicos USD 0,25 e se almoça bem por USD 1,80. Um café da manhã para liberar o turista da obrigação de ter que parar para almoçar vale menos que 1 dólar. Restaurantes bons na melhor parte da cidade oferecem pratos por sete ou oito dólares, enfim, imbatível.

1. Quito
2. Lima
3. Caracas
4. Medellín
5. Buenos Aires
6. Montevidéu
7. Santiago
8. Porto Alegre

NÍVEL CULTURAL: a semelhança com os europeus fala mais alto nesse quesito. Enquanto mais europeus, mais cultos, com o destaque para a indígena Lima.

1. Buenos Aires
2. Santiago
3. Montevidéu
4. Porto Alegre
5. Lima
6. Quito
7. Caracas
8. Medellín

FUTEBOL: “en Argentina todo es fútbol”. Ouvi essa frase muitas vezes e sim, define bem a relação doentia dos argentinos com o futebol. Tudo é futebol. Todos os filmes de sucesso internacionais falam de futebol, todas as pessoas falam de futebol todo o tempo, os direitos do Campeonato Argentino pertencem ao estado e são dados de graça para o povo, os estádios estão sempre cheios, demência pura. No Uruguai é parecido, mas lá tudo é mais calmo.

1. Buenos Aires
2. Montevidéu
3. Porto Alegre
4. Quito
5. Lima
6. Medellín
7. Santiago
8. Caracas

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Venezuela

A primeira impressão de quando se chega ao aeroporto de Caracas (que não fica em Caracas) é de que se está chegando à Coreia do Norte devido ao excesso de propaganda política que pode ser notado desde a chegada ao saguão de desembarque/imigração.

Nesse espaço há uma imensa foto que enche toda uma parede com Chávez no meio rodeado por rostos infantis sorridentes. Nas intermináveis horas de espera, os olhos escapam das garras do corpo cansado e buscam frases propagandísticas e, talvez, mentirosas.

Exemplos: quinto país do mundo em matrículas universitárias; melhor distribuição de renda da América do Sul e por aí vai. Abaixo desses títulos um dos eslogans de Chávez: “hecho por el socialismo!”.

Essa impressão de que estamos chegando a um país fechado dominado por um tirano vai acabando aos poucos e, após algumas horas na cidade, percebe-se que a Venezuela está longe de ser uma Cuba de Fidel ou uma Coreia do Norte de Kim Il-Sung. É apenas um país governado por um líder popular/populista/demagogo/pai dos pobres, enfim, titulem da forma que acharem melhor.

Todas minhas viagens são, além de turismo, viagens sociológicas. Tento sempre penetrar nas mentes e estilos de vida dos cidadãos locais com o intuito de entender a realidade que se vive. No caso da excêntrica Venezuela de Chávez, o interesse era ainda maior.

A convivência com muitos venezuelanos em Londres praticamente matou a xarada que, aliás, qualquer cidadão bem informado sabe: na Venezuela as classes dominantes, podemos até ir mais além e dizer que os brancos, abominam Chávez enquanto que os pobres, ou pelo menos a maioria, o idolatra. Minha estadia no país apenas me fez ver esse comportamento in locus.

Caracas é a terceira cidade mais cara do continente e está entre as 100 mais caras do mundo. Uma contradição quando se trata de um país que está “construindo o socialismo”. Chávez, devido ao seu amor ao poder e à sua visão política, dá tudo aos pobres. Há que ir à Escandinávia para ver um estado tão colaborador para com as classes menos aquinhoadas. Em um bairro popular da capital venezuelana, vi um grande número de lan houses grátis para o público. Há também mercados, sem nomes e nem logos, sem qualquer identificação visual ou apelo comercial que comercializam produtos do governo, sem rótulos atrativos nem nada. Farinha está em sacos brancos escrito “farinha”. Produtos que não são produzidos no país são importados e recolocados nas prateleiras desses estabelecimentos sem qualquer acréscimo, sem atravessadores. O resultado são preços baixíssimos e acessíveis a todos. Caso a situação seja dramática ao ponto de não poder consumir nem nesses estabelecimentos, basta colocar o nome na lista e recebem-se cestas básicas sem qualquer custo.

Outro projeto muito bacana do governo de Chávez são os institutos de música. Mais uma vez: sem qualquer custo. Qualquer criança pode entrar, recebem instrumentos musicais de altíssimo nível e são instruídos por músicos consagrados. Muitos dos participantes se tornam músicos profissionais e, em caso que isso ocorra, devem sim “pagar” pela especialização recebida gratuitamente. A moeda de pagamento é dedicar parte de seu tempo, não importando se esse músico rege a orquestra sinfônica de Oslo ou Londres, ao ensino de crianças e sem cobrar. É uma saudável troca de favores de espírito socialista no bom sentido do termo.

O transporte público também é dado praticamente de graça aos cidadãos. Caracas conta com uma rede de metrô de boa qualidade, vagões amplos, ar condicionado e alta frequência de trens que não demoram mais do que um minuto para passar. O custo? 1 bolívar, mais ou menos R$0,30. Por fim, parques e museus, todos a la inglesa: grátis.

Mas como o governo financia todas essas benesses ao povo? Através do lucro do petróleo. A grande ideia de Chávez foi usar os lucros exorbitantes do petróleo para benefício do povo. Falando em petróleo, vale destacar o preço dos derivados do ouro negro dentro do país. Um litro de gasolina vale o equivalente a R$0,04. Para os mais fracos em matemática, isso significa não quarenta, mas QUATRO centavos por litro!

Enche-se um tanque médio de 50 litros com parcos R$2,00. Incrível.
No entanto nem tudo são flores. Chávez, ao longo do seu governo, estatizou inúmeras empresas privadas e quando digo empresas privadas não me refiro a prestadoras de serviço público ou ex-empresas públicas lucrativas como a Vale, por exemplo. Refiro-me a pecuaristas e agricultores. Terras foram tiradas de seus donos e entregues aos funcionários. O resultado dessas ações foi o encarecimento dos alimentos no país já que tais medidas diminuíram a produção interna e isso ocorre pela falta de acompanhamento e capacitação dos ex-funcionários hoje empresários que recebem mais do que terras e animais: recebem empresas.

Outro problema desse chavismo é a atitude do povo que começa a não se preocupar com manter-se nos empregos ou em buscá-los. Recebem educação para seus filhos de qualidade, assistência médica, alimentação, pagam quase nada por moradia quando não as ganham do estado, tudo isso gratuitamente. Vale destacar que escandinavos recebem serviços e benefícios ainda mais numerosos e de mais qualidade, mas a grande diferença é a educação do povo e sua cultura. Nessa região do mundo é vergonhoso viver à custa do governo, não há nada mais humilhante para um cidadão europeu do que ir pedir auxílio desemprego ao estado o que não ocorre na sempre malandra mentalidade sul-americana.

Esse assistencialismo do estado é tão forte e notório que é difícil encontrar mendigos em Caracas e muito menos limpadores de para-brisas ou malabaristas de sinaleiras. Não há porque fazer tais coisas considerando que o estado toma conta de seus cidadãos através de programas já citados custeados pelo petróleo.

Outra bizarrice venezuelana é a questão do câmbio, da cotação da moeda local, o bolívar, com o dólar. Antes de chegar à Venezuela fui alertado de que deveria cometer um crime que todos cometem no momento de trocar moeda estrangeira pela local. As casas oficiais de câmbio pagam 4 bolívares por cada dólar. No entanto, qualquer taxista oferece o valor real da moeda americana na Venezuela, que é de 8 bolívares, ou seja, o dobro. Indaguei muitos cidadãos locais para entender a lógica dessa disparidade tão brutal e a explicação foi que faz parte da propaganda política do governo: Chávez pode dizer para a comunidade internacional que paga um salário mínimo de x dólares, baseando-se numa premissa falsa de que o dólar vale o que as casas oficiais de câmbio pagam no país. Essa é lógica estapafúrdia.

Ao saber que nas ruas poderia receber o dobro do valor pago de maneira oficial, pensei em abandonar tudo e viver desse negócio. Pego mil dólares. Troco nas ruas de Caracas e fico com oito mil bolívares. Na hora de sair do país, no aeroporto mesmo vou a uma casa de câmbio e troco esses mesmos oito mil bolívares e fico com quanto? Dois mil dólares, ou seja, a cada dólar que eu levo ganho o dobro. Evidentemente isso não funciona, e o motivo é surreal: a Venezuela não vende dólares. É proibido comprar a moeda americana em território venezuelano.

No entanto a Venezuela é mais do que um país socialista, mais do que o país de Chávez. Há muitos chineses, talvez devido às boas relações do seu mandatório com a futura maior economia do mundo. O mais legal é que muitos possuem seus próprios negócios espalhados pela cidade e me senti um pouco na saudosa Chinatown londrina.

A música que o povo escuta é o mesmo lixo escutado na Colômbia. Fisicamente, os venezuelanos são mais da cor do pecado, quase não há brancos como há em Medellín e outra diferença é a quantidade de obesos, algo que quase não se vê na Colômbia. O motivo eu não sei, talvez seja a comida que é um pouco melhor e deve dar vontade de comer. Há uma presença ainda notável da cozinha italiana, mas os pratos típicos são bem parecidos aos colombianos e até a alguns pratos típicos da culinária brasileira.

A “bandeja paisa” colombiana tem sua versão bem parecida, mas o feijão é preto como o brasileiro e é mais bem temperada deixando a Colômbia como a detentora da pior cozinha que já vi, ganhando apenas dos escandinavos e britânicos. Há também boas padarias e bons chocolates. Uma curiosidade é o tamanho das taças de café com leite que se vendem nas padarias. Os ditos “grandes” são do tamanho de uma xícara de cafezinho e os pequenos são como tampas de garrafas de plásticos e, para completar, são caros.

Voltando à população, aquela mística da mulher venezuelana que se sustenta devidos aos logros nos concursos internacionais de beleza não se confirma. As mulheres são feias e, em toda minha estadia, vi apenas duas que poderia considerar bem bonitas. Não há tantas mulheres deslumbrantes como na Colômbia, mas pelo menos há uma lógica: toda a população é feia, homens, mulheres e crianças enquanto que na Colômbia as mulheres são lindas enquanto que os homens são horrorosos. Em áreas mais decadentes da cidade eu me sentia rodeado de Hugo Chávez, mestiços gordos em demasia.

Outra grande diferença entre os dois países vizinhos é quanto à amabilidade do povo. Acostumado com o trato sempre cordial dos colombianos, estranho sempre a forma brusca, mal humorada e mal educada de outros povos, começando pelos caraquenhos. Chegam ao ponto de não responder a cumprimentos e, até em estabelecimentos comerciais, tratam os clientes com total desprezo ao ponto de nem dizer o valor de uma compra no supermercado. Sentia falta de ser tratado de “meu amor” por desconhecidas...

Mais curiosidades. Caracas deve ser a cidade com mais Jeeps Cherokees do mundo. Em três dias contei mais de 200. A única explicação que tive é de que a elite venezuelana é extremamente americanizada e adora ter esse tipo de carro, um símbolo ianque.

O futebol não é ainda um esporte tão popular como é nos demais países do continente, mas me disseram que o crescimento do esporte é imenso. Nas lojas apenas produtos da seleção e do clube Caracas, nada mais. Nas ruas, troquei algumas palavras sobre futebol e se pode sentir o que se sente nos demais países: muito respeito e admiração por Argentina e Brasil, inclusive muitas camisetas de ambos os países pelas ruas.

Outro ponto muito curioso é a necessidade de se identificar para efetuar qualquer compra dentro do país. Compra-se um copo de água e se tem que deixar o número da identidade e nome completo. Perguntei a alguns comerciantes o motivo e não me souberam dizer. Nas instalações do metrô outro fato que me chamou a atenção: a ausência de publicidade. Há, como em outros metrôs do mundo o espaço com aqueles painéis onde se colocam os cartazes dentro, mas cerca de 90% estão vazios e os 10% ocupados possuem propagandas do governo.

Dicas de lugares para se conhecer: o passeio pelo teleférico que é impressionante passa-se por sobre um espaço selvagem no meio de Caracas e chega-se até um ponto tão alto que se pode ver o Mar do Caribe no que é uma imagem espetacular considerando que é uma junção de montanha, céu e oceano; o centro histórico é muito bonito, não o mais bonito do continente, mas muito provavelmente o mais bem conservado. O Paseo de los Próceres também é um lugar que não pode deixar de ser visitado, uma avenida gigante repleta de símbolos e monumentos pátrios que termina ao pé da montanha no que é uma espécie de sambódromo usado para desfiles militares, aliás, ao longo dessa avenida se pode ver o poderio do poder militar venezuelano. Há “brinquedos” de Chávez expostos em todos os lados e, por fim, para quem vá até a cidade vizinha de Miranda, há a que é muito provavelmente a melhor loja de artesanatos que já fui. E, antes de subir ao avião, uma volta pelas praias que circundam o aeroporto.