domingo, 23 de dezembro de 2012

Copa Libertadores da América 2013

Mais uma edição da maior competição entre clubes da América do Sul (mais o México) está a caminho. Após o sorteio na sede da Confederação Sul-Americana de Futebol em Luque, no Paraguai, já sabemos, e dessa vez sem aquele horror de Bolívia 1, Argentina 3, Brasil 4, quais serão os grupos da primeira fase e também, obviamente, os confrontos da chamada primeira fase ou pré-Libertadores. Antes de dar meus palpites sobre quem conseguirá as vagas para a fase de grupos, destaco que será difícil para um time não-brasileiro competir com os representantes do Brasil. A diferença de poder econômico aumenta a cada ano, o Brasil cada vez mais se aproxima do poderio econômico dos clubes europeus, enquanto que, do outro lado, os times argentinos, os de maior sucesso no futebol desse continente, sofrem para conseguir repatriar veteranos e também têm muitas dificuldades de segurar seus juvenis mais talentosos. O resultado é um futebol local em decadência, sem muita qualidade técnica, repleto de veteranos e de juvenis que não duram muito mais de seis meses ou um ano nos seus clubes reveladores. Resta, claro, o infinito talento do futebol local que não cansa de revelar novos jogadores e a capacidade de disputa dos times argentinos e, também, dos uruguaios. Vale destacar alguns pontos que realmente chamam a atenção dos observadores mais atentos. O campeão da Sul-Americana anterior, antes do São Paulo, foi o Independiente. Um grande sim, mas LANTERNA do Campeonato Argentino, o mais difícil torneio nacional de clubes do planeta; esse ano quase aconteceu a mesma coisa. O Tigre, penúltimo colocado no último Torneo Inicial que conseguiu apenas uma mísera vitória contra oito empates e o mesmo número de derrotas, chegou à final. Isso mostra o poder de competitividade dos times desse país, mas claro, o que eu sempre defendo: o talento, QUASE sempre, se sobressai e, se analisamos os clubes brasileiros, vemos que a situação é completamente diferente. Devido à falta de grandes talentos, poucos saem, até porque, com a Europa em crise e considerando que se paga mais impostos por lá, os jogadores preferem ficar. Também há cada vez mais investidas por partes destes clubes em cima dos clubes argentinos, por motivos já destacados anteriormente. Para um argentino é um muito vantajoso jogar no Brasil, tanto financeiramente como pela distância dos dois países. Dito isto, primeiro destacarei os clubes grandes que participarão dessa edição da copa e, depois, os palpites para a primeira fase: Grêmio: o começo da gestão de Koff é confuso; ficou Luxemburgo, o melhor técnico brasileiro e os principais jogadores a exceção de Naldo. Falta qualidade e peças de reposição para disputar o título. Zé Roberto, até o momento, é o principal nome do time, juntamente a Moreno, de boa temporada em 2012. Kléber ficou devendo e outro atacante de velocidade deve chegar além de, no mínimo, dois zagueiros, até porque Werley foi suspenso. Olimpia: o gigante paraguaio vem de um segundo semestre abaixo do esperado e deverá reforçar-se se quer disputar a competição continental como protagonista. Os seus principais nomes são o primo de Messi, Maxi Biancuchi, o zagueiro Cáceres tem propostas de outros clubes, mas, se ficar, é um bom nome e também destaco o bom uruguaio ex-Estudiantes, Salgueiro. São Paulo: o maior clube do Brasil melhorou muito na segunda metade da temporada passada e coroou com o título da Sul-Americana conquistado de forma polêmica. Perde Lucas, seu principal jogador, mas deve investir pesado nessa volta à Libertadores. Nacional: o Bolso vem sem muitas novidades até o momento. Tem dois nomes de experiência na defesa, Lembo e Scotti e, como grande e histórico nome, ele, Recoba, ainda ativo e autor do gol do título uruguaio. Boca Juniors: o maior campeão da Libertadores dos últimos anos e atual vice-campeão está de festa e confiante depois da volta de Bianchi que não trabalha há oito anos, desde a derrota para o Once Caldas na final de 2004. Apesar da crise econômica dos times argentinos, surgem bons nomes sugeridos por Bianchi como Burrito Martínez, Cata Díaz e até Gago que pede um contrato de OITO anos para encerrar sua carreira no clube. Mas, o que gera mais especulação em Buenos Aires é a possível volta de Riquelme ao clube, tendo em vista que é amigo íntimo do novo velho treinador. O Boca é sempre favorito. Palmeiras: depois da decepção da última temporada e com a volta à segunda divisão, o clube, em crise, tem uma Libertadores pela frente, no que é, para mim, um absurdo. Times de segunda divisão não deveriam disputar uma competição internacional. Parece que o craque do time, Barcos, permanecerá. Falou-se em Riquelme e nota-se intenção de reforçar o grupo para o que vem, mas acho que dificilmente conseguirão manter o foco tendo em vista que em maio começa o maior desafio do ano para o clube, a volta à elite. Vélez Sarsfield: o clube mais regular da Argentina nos últimos anos vem, mais uma vez, como favorito. Mantém o seu técnico pelo quinto ano consecutivo e tentará, dessa vez, não esbarrar numa decisão por pênaltis ou derrotas no último minuto para conquistar o continente pela segunda vez. A base, pelo menos dessa vez, será mantida e alguns reforços pontuais devem ser trazidos. É, hoje, o melhor time argentino. Peñarol: o maior clube do continente é sempre uma grife forte dentro de qualquer competição sul-americana. Fala-se em alguns reforços que podem ajudar. Aposta-se na recuperação do veterano Pacheco, Estoyanoff segue no elenco e sempre é uma boa opção de ataque, outro veteraníssimo histórico uruguaio pode compor a dianteira do time e me refiro a Zalayeta, ex-Juventus. O paraguaio Aureliano Torres aporta experiência na metade do campo e, falando de experiência, seguem Darío Rodríguez e Olivera em atividade. Um time veterano que aposta mais na mística do que na qualidade. Corinthians: o atual campeão mundial é, sem sombra de dúvidas, um dos favoritos. Possui um excelente elenco, parece que suas principais peças ficarão e algumas contratações devem ser feitas. É forte em todos os setores do campo e tem boas figuras individuais. Fluminense: o atual campeão brasileiro ainda não anunciou reforços para a Libertadores, mas tem um elenco forte e experiente com destaques individuais de nível internacional como o goleador Fred e Deco, um craque. Já consolidado pelas últimas conquistas como um grande clube, tentará, mais uma vez, alcançar uma conquista inédita em sua história. Agora os palpites da primeira fase: Tigre x Deportivo Anzoátegui: apesar da péssima campanha do time de Vitória na última temporada no âmbito local, se falam de reforços importantes e soma-se a isso a maior tradição do futebol argentino o que me faz ir de Tigre. LDU x Grêmio: uma parada duríssima. A LDU começou um processo de renovação de seu elenco experiente e apostará mais em jogadores jovens que, em sua maioria, disputarão a primeira Libertadores de suas carreiras. 13 foram as contratações. O outro aliado dos equatorianos é a sempre temível altura de Quito. Vou de Grêmio pela maior experiência do plantel e pela manutenção da mesma base. Tolima x César Vallejo: os times peruanos têm demonstrado estar abaixo da média das últimas competições continentais. Do outro lado um Tolima que vem de boas campanhas em nível doméstico e que também proporcionou boas participações na Libertadores chegando a eliminar o Corinthians de Ronaldo há dois anos atrás. Vou de Tolima. Defensor x Olimpia: os dois clubes ainda farão contratações, mas, hoje, vejo os uruguaios mais fortes. Há de se considerar o poder econômico dos paraguaios em nível doméstico e o excesso de vendas prematuras do futebol uruguaio, mas, ainda assim, aposto nos violetas. São Paulo x Bolívar: acontecerá o óbvio: os bolivianos ganharão o jogo pela mínima diferença em seus domínios e depois serão goleados pelo poderoso paulista. León x Deportes Iquique: considerando que os mexicanos são os clubes mais ricos após os brasileiros, boas contratações deverão ser feitas. Do outro lado o contrário. Um clube pequeno do Chile que fez boa campanha e que já começou a perder seus principais destaques da campanha para o

sábado, 22 de dezembro de 2012

Madonna, Arena, Cachorros e O Hiper-Modernismo

Com certo atraso venho à tona falar do xou da Madonna em Porto Alegre e da despedida do Olímpico. Aproveito para falar também de cachorros, a paixão mundial e da nossa era que, pelo visto, seguirá após o fracasso do fim do mundo. O xou da Madonna e a destruição do estádio Olímpico e sua futura substituição pela moderna, iluminada e arrogante Arena são dois marcos da nossa sociedade. Um caso é pontual, o caso do estádio, obra de concreto, física; o outro é simplesmente psicológico, mas não menos importante. Comecemos pela Madonna, primeiro as damas e, sem pesquisar antes, acho que a Madonna é mais velha que o Olímpico, então respeito aos mais velhos. Madonna foi, durante décadas, um símbolo da cultura popular, um mito do entretenimento. Foi, assim como Michael Jackson, pioneira em muitas coisas que fez e/ou produziu. Madonna, a cada semana, chocava o mundo com seu estilo provocativo de mulher rebelde e enigmática. Michael Jackson, antes de suas polêmicas relacionadas às crianças, inovava a cada novo trabalho, mas sempre com mais evidência na sua arte; Madonna, por outro lado, era a pivô de escândalos comportamentais que sempre conseguiam se reproduzir e continuar surpreendendo a sua imensa audiência. Madonna se renovava e sempre conseguia impressionar por sua ousadia e coragem. Vocês não vão acreditar! A Madonna beijou uma MULHER na boca em pleno palco! A Madonna beijou a figura de um Jesus Cristo negro! Essas duas safadezas da vovó Madonna hoje não impressionariam nem o mais pudico dos mortais. Madonna ficou para trás. Madonna surpreende mais ninguém, o mito, não por falta de talento ou ousadia, acabou e acabou pela concorrência desleal. Madonna nunca será rebaixada ao esquecimento porque, como dizem os marqueteiros, o primeiro a fazer alguma coisa sempre será lembrado, mais até do que o que faz tal coisa melhor, mas Madonna já não exerce fascinação, pois as gerações crescem e os novos ícones do entretenimento, com mais ou menos talento, se vulgarizam cada vez mais e conquistam a atenção do grande público. Lady Gaga é a nova Madonna? Não, não acho que tenhamos uma “nova Madonna” e sim um novo estilo. Dificilmente nos deixamos, atualmente, impressionar por qualquer forma de comportamento ou qualquer forma de arte. Há algumas semanas atrás um psicopata invade uma escola e mata mais de 20 crianças entre seis e oito anos; o mundo se surpreende (cada vez menos, considerando que isso já havia acontecido 40 vezes antes apenas no Estados Unidos), mas esquecerá e o fará bem rápido. A nossa era não é fiel. Temos sentimentos fisiológicos. O que é espetacular hoje, é condenado ao ostracismo amanhã, estará, como dizem os mais afetados, “out”, temos sede de novidades e pouca fidelidade para tudo. O beijo de Madonna na boca de uma pessoa do mesmo sexo em público já está vulgarizado. Isso acontece em séries bem educadinhas como Gray`s Anatomy a cada episódio e tira o sono de ninguém, não consegue nem excitar aos mais depravados. Jogar-se em cima do público, os devaneios de festivais como Woodstock, não, nada disso chamaria mais a atenção hoje. Madonna beijou um Jesus negro? Ok, Marylin Mason É o demônio e Paris Hilton divulgou sem dó nem piedade uma noite sua de paixão na Internet para qualquer vivente ver. Não dá mais para competir. O Olímpico também não pode mais competir. Doa a quem doer, o Olímpico poderia ser considerado um vestígio de uma civilização antiga, praticamente uma pirâmide egípcia ou um coliseu romano. Era uma verdadeira vergonha que um lugar com essas condições, onde pessoas que pagam mais caro que frequentadores de cinema e teatros, sentem no chão, tomem chuva na cabeça, usem banheiros de animais e comam lixo. Vale lembrar que o Olímpico, quando construído nos anos 50, era sinônimo de avanço tecnológico e hoje eu considero absurdo que possa receber eventos dessa natureza. O Olímpico será substituído, aliás, já foi, e nada mais apropriado do que ter seu último evento com outro símbolo do passado, “construído” na mesma época e que também tende a desaparecer aos poucos. Quem chega para tomar o lugar de Madonna e dos velhos e antiquados estádios de futebol gaúchos e brasileiros são símbolos da nossa atualidade, estádios repletos de luzes, de neons, de pirotecnias; jovens artistas cheios de ideias mais mirabolantes, na maioria das vezes ideias estas que fogem do propósito da arte e se focam exclusivamente nas tentativas de deixar uma imagem marcante que dure, pelo menos, uma semana, até algum outro aparecer com algo novo, com um xou 360° ou que coma um animal vivo no palco. Madonna e Olímpico são símbolos de uma época em que cachorro era bicho, e não parte da família, onde crianças eram vítimas de ataques de cachorros e não acusados de terem provocado o pitbull que nunca havia atacado alguém, onde as mulheres ainda pensavam em constituir uma família antes de pensar em competir com o homem, colocar silicone ou tornar a sua vida profissional o ponto mais importante de suas tristes vidas. Eu não gosto da Madonna, mas a respeito por pioneira. Mais do que um símbolo homossexual repugnante, se analisamos a carreira da coroa, podemos considerá-la importante para a arte do século XX. Se então compararmos a sua produção musical com o que o mundo “pop” produz hoje, Madonna era melhor e mais versátil. Sobre o Olímpico, lá tive boas memórias, foi o primeiro estádio que eu entrei e, lá dentro, me apaixonei por um clube de futebol, algo que, se pensamos faz sentido nenhum. No entanto, Madonna e Olímpico dão adeus e cedem seus lugares ao atual, ao “in”, ao novo, efêmero e fugaz.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ranquim Atualizado

Com o título conquistado pelo Corinthians hoje, divulgo mais uma atualização do melhor ranquim de clubes do mundo, o meu. Sobre o jogo, me surpreendeu a apatia e a péssima atuação técnica do time inglês no segundo tempo. Tudo bem que o decadente Torres errou mais um gol bizarro no final, mas, mesmo assim, o time conseguiu ser dominado por um adversário infinitamente inferior. Os únicos pontos positivos do Chelsea foram David Luiz e o primeiro tempo de Hazard que, no segundo tempo, em posição estranha, sucumbiu e não tocou na bola bem como o organizador de jogadas do time, Mata. Destaco o Niño Torres como um dos casos mais incríveis de decadência técnica de um jogador não sendo esta causada pela idade. Desde a sua lesão e dos seus áureos tempos de Liverpool, quando jogava de maneira semelhante a Suárez hoje, ou seja, isolado na frente brigando contra o Demônio e o mundo, Torres morreu. Estava entre os cinco melhores do mundo e hoje, pelo menos para mim, não deveria ter lugar no Chelsea e muito menos na seleção espanhola. Do outro lado um time apenas correto que se salvou de não ter perdido a decisão no primeiro tempo quando o Chelsea, mesmo jogando mal, desperdiçou várias chances. Destaco o goleiro Cássio que, para mim, há dois anos vem sendo o melhor do Brasil disparado e que, vale a pena destacar, foi praticamente dado de graça pelo Grêmio. Um dos seres humanos mais feios do mundo, mas é um baita goleiro. Completando, Paolo Guerrero, um verdadeiro craque que jogou parecido ao que destaquei anteriormente de Torres e Suárez no Liverpool, sozinho na frente contra todos os defensores do time londrino. Nada mais justo que o gol do título tenha sido marcado pelo peruano. Quem me decepcionou um pouco foi o carismático Sheik que foi o grande destaque corinthiano na Libertadores juntamente a dupla de volantes. Uma das piores finais mundiais que já vi, ainda mais marcante devido às lembranças do xou do Barça na final anterior numa das melhores atuações que já vi de um time enfrentando um grande clube, infinitamente inferior, mas grande. Chega de papo furado e vamos ao ranquim recém saído do forno: 1º. Bayern Münich – Alemanha 2º. Real Madrid – Espanha 3º. AC Milan – Itália 4º. Juventus – Itália 5º. Peñarol – Uruguai 6º. Boca Juniors – Argentina 7º. Manchester U – Inglaterra 8º. Ajax – Holanda 9º. Nacional – Uruguai 10º. Barcelona – Espanha 11º. Inter Milan – Itália 12º. Independiente – Argentina e Liverpool – Inglaterra 14º. Porto – Portugal 15º. River Plate – Argentina 16º. São Paulo – Brasil 17º. Benfica – Portugal 18º. PSV – Holanda 19º. Santos – Brasil 20º. Olimpia – Paraguai 21º. Estudiantes – Argentina 22º. Estrela Vermelha – Sérvia 23º. Flamengo – Brasil, Dortmund – Alemanha, Vélez Sarsfield – Argentina e Corinthians – Brasil 27º. Palmeiras – Brasil e Internacional – Brasil 29º. Dynamo Dresden – Alemanha 30º. Celtic – Escócia 31º. Grêmio – Rio Grande do Sul 32º. Feyenoord – Holanda 33º. Arsenal – Inglaterra 34º. Steua Bucarest – Romênia 35º. Colo-Colo – Chile 36º. Vasco – Brasil, Rangers – Escócia e Sparta Praga – República Tcheca 39º. Marseille – França 40º. Borussia MG – Alemanha 41º. SC Anderlecht – Bélgica e Partizan Belgrado – Sérvia 43º. Atl Madrid – Espanha 44º. América – México 45º. Hamburg – Alemanha e Chelsea – Inglaterra 47º. Cruz Azul – México 48º. Saint-Etienne – França 49º. Rosario Central – Argentina, Dinamo Zagreb – Croácia e Fluminense – Brasil Os únicos gigantes do futebol mundial que nesse momento não figuram nas principais categorias do futebol de seus países são: Dynamo Dresden e Rosario Central que militam na segunda divisão de seus países e o glorioso Rangers que, devido a problemas financeiros, acabou dissolvido e recriado e hoje está na terceira divisão escocesa. O clube com mais conquistas mundiais é o AC Milan com sete; o com mais títulos continentais é o próprio AC Milan, mas aí tem a companhia do Independiente, sete conquistas cada um. O clube com mais domínio doméstico é o Bayern Münich, com 21 títulos; Na lista completa aparecem 214 clubes de 23 países; Os países com mais times listados são Brasil e Alemanha, com 17 clubes entre os 214, seguidos pelo México com 16; Considerando apenas os clubes ranqueados entre os 50 melhores, o Brasil também é o país com mais representantes, são nove clubes, seguido por Argentina com seis e Alemanha com cinco; No ranquim brasileiro o líder é o São Paulo seguido por Santos e com Flamengo e Corinthians empatados na terceira colocação; Por fim, na análise das ligas mais competitivas e/ou difíceis, ganha a Argentina, seguida por Brasil e Itália em terceiro lugar.

domingo, 9 de dezembro de 2012

O Mensalão

Eu, como a grande maioria da população brasileira, apoio e fico feliz com a simples existência do julgamento do “mensalão petista” como é chamado pela mídia. É bom ver que figuras que fazem dano ao patrimônio público e que corrompem o sistema democrático podem vir a ser punidas. É saudável e passa uma sensação de existência de pena àqueles que pareciam, historicamente, intocáveis. No entanto, como sempre, algo que parece, visto por cima, totalmente positivo, esconde um pouco da tradicional malícia, mal caratismo, revanchismo, oportunismo e conservadorismo que reina nas almas de cidadãos brasileiros e, principalmente, da mídia desse país. Por que o nome desse circo todo é “mensalão petista”? “Mensalão” porque eram pagamentos mensais, ok, até aí vamos bem, mas por que somente “petista” quando o escândalo envolvia integrantes de toda a base governista e inclusive políticos adversários do próprio governo que, numa demonstração de “fisiologismo financeiro”, podemos chamar assim, se rendiam à situação em troca de dinheiro. O mensalão não era, então, somente petista e sim um escândalo geral coordenado sim, por membros do governo, o mais destacado de todos, o mafioso Zé Dirceu. Julgar o mensalão, colocar os criminosos na cadeia e a consequente aprovação popular é totalmente entendível. Agora, se eu questiono por que não foi respeitada a ordem “de chegada” e não se julgou o primeiro mensalão, ou pelo menos o primeiro que foi descoberto que foi o do governo do PSDB em Minas Gerais que elegeu o então governador hoje senador Eduardo Azeredo através do já não mais famoso “valerioduto” um esquema de financiamento de campanha irregular e obscuro de empresas que em seguida e obviamente, foram beneficiadas pelo governador. Quem foi o organizador dessa baixaria toda, ele, Marcos Valério, hoje condenado a quase 40 anos de prisão pelo mensalão do PT e não pelo mineiro do PSDB. Concomitantemente a isso tivemos o festival de corrupção muito mais nocivo ao Estado realizado durante os oito anos de governo de FHC e que pode ser entendido facilmente através da leitura (não dói) de um livro chamado “A Privataria Tucana”. As privatizações obscuras de empresas como a Vale do Rio Doce, caíram no esquecimento da população e foram, numericamente falando, mil vezes mais criminosas que o mensalão do Dirceu. Muitos membro da nossa mídia e direita reacionária e raivosa podem espernear e vociferar que isso é coisa de petista querendo escapar de uma punição justa. Calmem-se. Apoio o julgamento de qualquer crime contra o Estado seja esse crime cometido pelo PP ou pelo PSTU, mas apenas defendo que TODOS os crimes sejam julgados e respeitando a lógica ordem cronológica. Voltando ao julgamento, vale destacar que já tivemos inúmeros casos de julgamentos midiáticos que não deram em nada. Os “anões do orçamento”, por exemplo, não pagaram por seus crimes e hoje vendem uma imagem de cavaleiros da ética, assim como o Demóstenes. À época a desculpa era de que faltavam provas concretas para colocar esses “anões” na cadeia, assim como foi com Roberto Jeferson, Sarney, Maluf, entre outros. Essa desculpa é base de meus argumentos de crítico número um do sistema judiciário, onde se pagam altos salários e se tem pouca produtividade e ação. Mas daí eu pergunto: por que, agora no mensalão petista, os magistrados, principalmente o José Barbosa, passou por cima das leis e condenou pessoas sem as mesmas badaladas “provas concretas”? É claro que toda a população já estava de saco cheio das tais faltas de provas e por isso comemora um chute na bunda da constituição, mas por que somente agora? Será que esperamos que um negro chegasse para chutar o pau da barraca? Será que o Barbosa, se estivesse lá há mais tempo, teria também colocado e julgado de maneira brusca outros coronéis da barbárie da corrupção nacional como os já citados anteriormente? Não podemos falar de “se”, mas aposto que não. E aposto que não porque há uma grande diferença agora. A mídia e as camadas mais conservadoras da sociedade estão assustadas. Achavam, lá pelos anos 90 e 80 que o PT jamais chegaria ao poder e pensavam assim, pois confiavam no poder de manipulação da mídia e também na falta de argumentos políticos da grande maioria da população. Lula se transformou em Lulinha Paz e Amor, entendeu o significado do termo “marketing político”, a barba deixou a raiva que a cor preta lhe dava e ficou branca, começou a sorrir, fez novas amizades, algumas vezes vendeu a alma para o diabo e bang!, conseguiu. Chegou ao poder e, apesar de todo o medo dos conservadores xiitas, fez o melhor governo da história do país. Foi reeleito fazendo uso da lei criada pelo seu antecessor e depois elegeu a sua sucessora que foi praticamente “inventada” por ele, Lula, o homem que encantou o mundo pelo seu carisma e pelos resultados de seu governo, o presidente que foi considerado “o cara” pelo homem mais poderoso do mundo. Dilma assumiu e mostrou ser melhor que o seu antecessor. Lula fez vistas grossas para a corrupção em alguns setores de seu governo. Lula convidou muitas pessoas para a sua festa e muitas delas não eram confiáveis, tudo isso em troca da tão sonhada “governabilidade” que, chegou ao extremo de obsessão com o escândalo do mensalão. Dilma corta cabeças e não tolera qualquer indício de corrupção, é faca na bota. A economia, mesmo que agora pareça que já não suporta mais a agressão da crise internacional, segue firme como uma rocha e até um certo carisma é exalado dos seus cabelos laqueados e sua cara de castor poucos amigos. Até o vampiresco mordomo do Michel Temer convence. A aprovação de Dilma é a mais elevada de todas e, parece, que, quando tentar a reeleição, leva em primeiro turno. Alerta vermelho! Os vermelhos parecem que irão se perpetuar no poder! Não deveríamos mais temer a tal ameaça comunista incitada através do Plano Cohen nos dias de hoje, até porque o comunismo ruiu, a União Soviética nem existe mais, mas, de certa forma, ainda é um argumento que incomoda muita gente, tanto que a Veja destacou o comunismo de Niemeyer como uma bestialidade do revolucionário arquiteto de 104 anos. Os meios conservadores, mais precisamente a maquiavélica revista Veja, inventa dossiês, planeja “atentados terroristas” contra o governo e a classe média raivosa, aquela que não suporta ver o PT no poder, que não suporta ver “pobre” desfilando no Planalto, cegamente mete os caninos afiados na jugular de um governo que, comparado a todos os anteriores, foi infinitamente melhor, sem qualquer sombra de dúvidas. “Ah, e o mensalão?” perguntam os reacionários de condomínio. Sim, tudo leva a crer, apesar da falta de provas, que ele existiu, mas todos os governos passados também foram recheados de escândalos. O primeiro presidente foi deposto e o segundo protagonizou escândalos bilionários, ações que tornam o crime do PT insignificante. Após ter dito tudo isso, deixo uma cobrança para todos os meus cinco leitores: que mantenham essa raiva e essa sede por sangue quando e se um dia julguemos os crimes, por exemplo, do governo FHC. Lembram da mudança de câmbio noturna do valor do dólar? Lembram da Vale do Rio Doce vendida a preço de banana sendo uma das empresas públicas mais lucrativas do mundo? Não, ninguém lembra porque todo mundo escolhe o que quer lem

sábado, 8 de setembro de 2012

Palpites Fase de Grupos Champions League 2012/2013

Com a definição dos grupos da mais qualificada competição de futebol do mundo, dou meus palpites e destaco os principais clubes da competição. GRUPO A Porto Dynamo Kiev Paris SG Dinamo Zagreb Vou de Porto e Paris SG. O Porto tem o time mais estruturado do; o outro classificado deve ser o Paris SG que, até o início da Champions, já deverá ter solucionado seus problemas de princípios de temporada com elenco totalmente renovado. Os ucranianos podem incomodar considerando que em dezembro e janeiro jogam sob temperaturas que congelam os adversários e isso pode ser uma arma. GRUPO B Arsenal Schalke Olympiakos Montpellier Apesar da ausência de gols e da já corriqueira perda de talentos, o Arsenal mantém o estilo de jogo característico de Wenger e deve ganhar o grupo apesar da falta de grandes nomes. Cazorla foi a única grande contratação e, com a volta de Wilshere, podem conformar um time competitivo. A segunda vaga será disputadíssima, mas apostaria no time alemão pela força do futebol desse país, mas, tranquilamente, tanto Olympiakos quanto Montpellier podem classificar. GRUPO C AC Milan Zenit SC Anderlecht Málaga Aqui eu alerto que uma grande zebra pode acontecer. O AC Milan, com as saídas de Ibra, Cassano e Tiago Silva, perdeu muito e pouco contratou. Do outro lado o Zenit vem com Hulk e o Málaga, apesar da crise financeira, tem bom time. Vou de Zenit e Málaga, só pra incomodar. GRUPO D Real Madrid Manchester City Ajax Dortmund No grupo da morte qualquer previsão é complicada, mas vou de Real Madrid e Manchester City que, vale lembrar, na Champions passada também caiu num grupo tenebroso e foi eliminado na primeira instância. O Ajax tem nenhuma chance, mas o Dortmund, reforçado por Reus, e apesar da perda de Kagawa, pode classificar. GRUPO E Chelsea Shakhtar Donetsk Juventus Nordsjaelland A Juventus ganha o grupo com folga no seu retorno à Champions e a segunda vaga fica com o Chelsea. O Shakhtar pode complicar, até porque joga sob neve e frio intenso e sempre tem bom time, mas a lógica classifica o Chelsea. GRUPO F Bayern Münich Valencia Lille BATE Borisov O Bayern e o Valencia disputarão para ver quem fica em primeiro. Não vejo qualquer chance aos demais. GRUPO G: Barcelona Benfica Spartak Moscou Celtic O Barça classifica em primeiro brincando e aposto no Benfica como o dono da segunda vaga. GRUPO H: Manchester U Braga Galatasaray Cluj O time de Ferguson classifica com o seu time reserva se quiser e a segunda vaga eu dou aos turcos que tem torcida e quase sempre bons times. ANÁLISE DOS GIGANTES: PORTO: o Porto sempre tem um bom time recheado de sul-americanos. Desde a saída de Falcao que falta uma referência na área. Essa temporada ainda devemos somar a perda irreparável de Hulk. Resta a tarefa de fazer gols aos colombianos Rodríguez e o recém contratado Martínez. Vale destacar a saída do também colombiano Guarín e do uruguaio Pereira. Voltou Lucho González e nada mais foi feito para reforçar o time que será o pior Porto dos últimos anos. DINAMO ZAGREB: o principal objetivo dos croatas essa temporada é apagar a imagem lamentável que ficou da participação do clube na temporada passada. No elenco não há grandes nomes e a única contratação que chamou um pouco atenção foi do chileno Carrasco, mas nada mais. ARSENAL: como de costume o time londrino perdeu alguns dos seus melhores jogadores. Temporada passada foi Fabregas e Nasri e agora quem deu adeus ao Emirates foi o craque van Persie e o craque Song. No entanto chegaram Cazorla e Podolski, além do francês Giroud que ainda não mostrou a que veio. O ponto positivo é que o sistema de jogo segue igual, faltam matadores, mas acredito que com a habilidade de Walcott, Chamberlain, Rosicky e companhia e com a volta de Wilshere, o Arsenal pode ter um bom desempenho, mas longe de ter chances de título. AC MILAN: é, dos grandes, o que mais perdeu força. Sem Ibra e Cassano, o ataque se resume a El Shaarawy e Robinho que faz um gol por temporada. Pato joga nunca. Todas as fichas estão depositadas em Pazzo Pazzini. No meio de campo não está mais o ícone Seedorf que já vinha em decadência. Resta a Boateng e Nocerino a tarefa de criar. Na defesa, saiu o excelente Tiago Silva e não chegou um jogador a altura apesar de que De Jong pode reforçar o sistema defensivo jogando a frente dos zagueiros. Vejo grandes chances de fracasso. SC ANDERLECHT: o gigante belga não conta com grandes jogadores de nível internacional no seu grupo. Eu destaco o excelente atacante argentino Suárez e também o selecionável desse mesmo país Lucas Biglia que é um ótimo volante. REAL MADRID: a grande questão que assola ao gigante espanhol é sobre os rumores da vedete Cristiano Ronaldo. Uma saída do craque portuga poderia ser uma perda importante, mas não irreparável tendo em vista que os merengues têm um grupo invejável. Por mais que tenham começado mal no torneio local, vão encaixar com o tempo e são um dos favoritos ao título. AJAX: o gigante holandês há tempos que não exerce um papel digno de sua grandeza. Esse ano mais uma vez perdeu jogadores importantes com van der Wier e aposta, como historicamente sempre o fez, nas sensacionais categorias de base. Vale destacar a contratação de Babbel, bom jogador e a presença do filho do histórico Blind. DORTMUND: excelente time que fez brilhante campanha na temporada passada. Perdeu um de seus destaques, Kagawa, mas manteve suas principais figuras, como Lewandowski, Kuba, Götze, Perisic, o zagueiraço Hummels, Grobkreutz, entre outros e chegou o craque Reus. Se não fosse o grupo infernal em que caíram, apostaria no Dortmund para chegar longe na competição. CHELSEA: o novo gigante do futebol europeu vem com a faixa no peito e com a dificuldade de defendê-la. Impressionou-me a qualidade de Hazard, o belga de 18 anos que chegou. Simplesmente um craque. A velha guarda segue representada por Terry e Lampard que seguem em bom nível apesar de alguns deslizes de John no final da temporada passada. Falando em defesa, David Luiz parece que fica e está em boa fase. Chegaram Oscar, Marin e Azpilicueta, bons reforços também, mas o principal reforço é o início de temporada excelente do craque Torres. JUVENTUS: baita clube, baita time, uma honra vê-los jogar de novo a Champions. O que mais me atrai na Juve é que é puro sangue, quase todos italianos e jogam bem, atacam, fazem uma pressão fenomenal no meio de campo com o fenômeno Pirlo, Marchisio e Vidal. Chegou o decadente Lúcio que não creio que terá lugar no time e Bendtner para o ataque. O time é tão bom que não precisa de um nove acima da média como seriam Higuaín ou Llorente, por exemplo. BAYERN MÜNICH: o maior clube do mundo manteve todos os seus principais jogadores e, como sempre, fez uma contratação cirúrgica: Javi Martinez e também pode chegar Llorente. Nada mais a dizer. Sempre favorito. BARCELONA: até o momento, bom aproveitamento, mas sem a repetição do futebol mágico das épocas de Pep. Algumas coisas chamam a atenção como as cobranças de escanteios com cruzamento direto pra área. No entanto acho que, com o tempo, o time encaixa de novo e dê-lhe xou do extraterrestre Lio e seus comparças. Destaco a chegada de Javi Alba em uma posição carente, aliás, a única e também Song que é um craque e vai se matar por uma posição contra Busquets que é outro craque. BENFICA: a crise econômica parece ter atingido forte os clubes portugueses. Assim como o Porto, o Benfica não fez grandes contratações. Saiu o já decadente Saviola e a aposta fica nos argentinos Salvio, Aimar e Gaitán. Também voltou o outro argentino Enzo Pérez, craque que fracassou em sua primeira passagem por Portugal, mas que ainda confio que vingará. CELTIC: o que mais tem chamado a atenção futebolísticamente falando pelos lados escoceses foi a extinção do gigante Rangers, um dos fatos mais lamentáveis da história do futebol mundial. A destruição do Rangers pode afetar negativamente o Celtic pela falta de concorrência. Falando de time, o único destaque é o grego Samaras que eu considero um bom nove, mas nada mais. MANCHESTER U: o time de Ferggie vem, como sempre, forte. Começou com dificuldades a Premier, mas logo deve encontrar a fórmula. A melhor notícia é que o fenômeno Scholes seguirá e a grande contratação foi, sem dúvidas, van Persie. Falando em ataque, além do holandês há Wellbeck, Young, Hernández e Rooney, ou seja, fartura ofensiva. Chegou Kagawa, jogador extremamente importante para qualquer elenco. Para mim, faltou reforçar a defesa, pois não confio no físico de Ferdinand para uma temporada repleta como é a inglesa. E vale torcer pela recuperação do excelente Fletcher.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Fracasso Olímpico

A cada edição dos jogos olímpicos se repetem as mesmas ladainhas pelos quatro cantos do Brasil: “o desempenho dos atletas foi um fracasso” e “faltam maiores investimentos por parte do governo no esporte”. A cada fracasso brasileiro em Olimpíadas se realimenta o mito de que o esporte deve ser levado mais a sério no país o que, no meu entender, é a repetição de uma mentira midiática. O primeiro erro de avaliação quando falamos de esportes é o fato de se considerar “heróis nacionais” os atletas que representam o país em competições internacionais. Associa-se a figura dos atletas com a de soldados em um equívoco sem precedentes. Os atletas, mesmo os mais brilhantes, jamais serão heróis, ou jamais o serão quando analisadas suas ações como atletas. Um atleta sim pode ser um herói, mas não o pode ser considerado um herói pelo simples fato de pular mais, correr mais, colocar mais bolas dentro de buracos ou arcos, pedalar mais rápido e etc. Isso não é ser herói, é ser apenas, um bom atleta. Esse erro de concepção existe há muitos anos. Ayrton Senna deveria ser um “herói nacional” pelo simples fato de que seu carro andava mais rápido que os carros dos demais; Kuerten também foi promovido ao posto de herói nacional porque conseguia jogar bolas no piso e que estas o tocassem duas vezes ou mais antes que o adversário pudesse reagir. Ayrton Senna e Kuerten alguma vez já salvaram vidas ou fizeram algo que gerasse benefício a um grande número de pessoas? Nem chegaram perto disso. Jamais foram heróis. Os atletas disputam e treinam para seu logro particular. A mídia os quer transformar em braços da nação, mas nada disso. Luc Ferri, pensador francês destaca as diferenças de concepções de relações com a Pátria no passado e atualmente na obra “Morrer por amor”. Na Idade Antiga ou na Idade Média a maioria da população estava disposta a morrer pela pátria. Hoje, morre-se por amor, morre-se por um ente querido, mas não se morre mais pela pátria, ou pelo menos no mundo ocidental dito “civilizado”. O mesmo acontece com os atletas. Eles não estão treinando e sacrificando suas juventudes pela pátria e sim pelo orgulho e pelo prazer particular. Comemora-se o êxito de um desportista pelo simples e estúpido fato de que esse esportista coincidentemente nasceu no mesmo país. Pessoas choram de emoção porque alguém que nasceu no seu país ganhou algo. Analisemos friamente, é isso que se comemora, que alguém, repito, que nasceu no mesmo país tenha ganhado algo. Estúpido. Por que nos devemos “emocionar” mais com a vitória de um compatriota do que com a vitória de um atleta uzbeque? Ou então com a vitória de um atleta queniano que com certeza passou por mais dificuldades e carências do que a maioria? Não tem sentido, o motivo e as respostas são estúpidos. Gilles Lipovetski, outro filósofo francês salientava que a conquista da Copa do Mundo pela França em 1998 significava nada para a maioria da população francesa. Ganhamos a Copa do Mundo, “e daí?” questionava o francês. Todo esse sentimento ultranacionalista invocado em épocas de grandes eventos acaba gerando um sentimento de cegueira coletiva. Poucos questionam a validade dessa esquizofrenia massiva. Vi gente chorando em pleno espaço público aqui na Colômbia porque uma rapariga pedalou mais rápido que as demais e ganhou uma competição de bicicross. Vi há oito anos pessoas humildes no Centro em Porto Alegre em depressão profunda ao ver imagens gravadas do fracasso de um pleibói brasileiro no hipismo em Atenas. Todo esse nacionalismo, em todos os lugares e em todas as épocas, apenas levou a humanidade em direção à desgraça, a guerras, ódios étnicos e etc. O nacionalismo em excesso leva à barbárie, vide os governos ditatoriais que existiram ao longo da história e que muitos, não por coincidência, levavam a palavra “nacionalista” em seus nomes. Agora analisando mais a parte prática do tema, não vejo sentido algum em ser uma potência olímpica. Sou um crítico corriqueiro da sociedade brasileira, mas não sinto qualquer constrangimento em ser um grande fracasso olímpico. A Noruega é o país de maior qualidade de vida do mundo e ganhou apenas duas medalhas de ouro, pior que o Brasil; a Austrália, segundo melhor país, sete medalhas de ouro, melhor que o Brasil, mas longe dos líderes; Holanda, o terceiro, apenas seis medalhas de ouro; a Nova Zelândia, também apenas seis ouros; o Canadá, apenas um assim como a Irlanda; Liechtenstein, nada, nem uma de bronze; a Suécia, apenas uma de ouro e a Alemanha, onze, bom, mas nada de espetacular. Se analisarmos os resultados das últimas edições dos jogos, vamos ver China e Estados Unidos brigando pela ponta o que é entendível considerando que vivemos uma espécie de Guerra Fria II, claro, bem mais moderada do que a primeira. Ah, falando em Guerra Fria, quem eram as duas potências olímpicas nesses tempos? Estados Unidos e União Soviética. Coincidência? O sucesso esportivo só serve nessas situações onde a política procura no esporte um modo de propaganda como acontecia, por exemplo, em Cuba, hoje já sem tanto sucesso. A Coreia do Norte vem investindo o que não tem em esporte também...por que será? Seguindo nesse tema, acho que temos problemas e emergências extremamente mais importantes para dedicar dinheiro público e preocupação de massa. O povo brasileiro é extremamente rigoroso com atletas olímpicos e ainda mais quando o tema é clube de futebol. Manifestações furiosas devido a fracassos em resultados de clubes são corriqueiras e o mesmo não acontece em relação a temas de corrupção política, por exemplo. O julgamento do “mensalão” e a CPI do Cachoeira deveriam causar mais indignação do que fracasso olímpico, mas esses não são espetaculares e vivemos na sociedade do espetáculo, há de se recordar. Por que devemos investir dinheiro público para desenvolver atletas de alto rendimento? O quê a população ganha com isso? Absolutamente nada. Acho extremamente correto a inversão em esporte como parte de formação humana e cultural, mas considero um grande desperdício o dinheiro público para apoiar esportistas que nada dão em troca para o Estado. Friamente comparando, é como eu pedir um empréstimo público para fazer uma cirurgia plástica. A matemática de um Estado deveria ser totalmente pragmática. Se eu destino um valor para tal área, o quê isso traz de benefício ao Estado? A Lei de Cultura é um exemplo de decisões equivocadas. Extremamente importante o papel do Estado ao proporcionar espaços e materiais culturais à população; no entanto, é constante o uso dessa verba para bancar obras de teatro de atores globais ou livros de celebridades egocêntricas como foi o caso de Chico Buarque, irmão da ministra de cultura que patrocinou o seu livro com dinheiro público. Enfim, está mais do que na hora de pararmos com essa choradeira periódica de a cada quatro anos e também saciar-nos com uma vida sem a necessidade de pseudo-ídolos. O prazer deve ser concebido com a genitália de cada um e não esperar que uma genitália compatriota logre atingir um orgasmo em terras alheias para que o cidadão ordinário tenha uma amostra do êxtase inatingível.

domingo, 22 de julho de 2012

O Cúmulo da Estupidez

Demorei a me manifestar devido à falta de tempo, mas não poderia deixar de comentar sobre o auge da estupidez midiática e coletiva que, nesse momento, domina o Brasil. O fenômeno UFC, o mais novo produto enlatado que domina as massas no país da economia progressiva, mas que não consegue conjugar o verbo progredir quando o tema é cultura, é o tema do momento, tanto na mídia, quanto na boca do povo, principalmente das classes mais aquinhoadas e, como não poderia deixar de ser, domina incrivelmente os tópicos de discussões e de manifestações de pensamento nas redes sociais. Muitos pensadores que admiro bastante destacam a supervalorização da mídia que é feita pelos críticos dessa. Dizem alguns deles que a mídia não exerce tanto poder assim como os que a incriminam dizem que sim exerce. Eu analiso as duas correntes através de exemplos práticos e existentes. O Big Brother, se analisado friamente, é um dos maiores lixos culturais que o ser humano já produziu em toda a história milenar da raça humana. É mais um enlatado proveniente do país do entretenimento raso, barato e vazio, o Estados Unidos. O Brasil como sempre recebeu de braços abertos a importação de lixo cultural e a Globo transformou esse lixo num prato exótico e irresistível. Será que a Globo realmente transformou esse lixo em um prato delicioso ou, foi mais além, e convenceu o povo de que consumir lixo é bom? Ou será que a Globo sabe que seu público, agora deixando a analogia com a comida de lado, simplesmente gosta de consumir algo em que não tenha que pensar e que simplesmente, devido ao sucesso da exploração da vida privada de pseudo celebridades se acostumou a usufruir acompanhar pelo buraco de uma abstrata fechadura o que outras pessoas fazem, famosas ou não? Uma mescla de tudo isso. O medíocre desfruta a mediocridade, desfruta do simplório e do fácil, do prazer banal e estúpido de ver sem pensar, de receber sem emitir. Ver pessoas, uma mais estúpida do que a outra, engalfinhando-se encerrados dentro de uma casa é sinal de estupidez demencial e é isso que o povo gosta. Pensar dói, cansa; o melhor é receber de perninhas e de cérebro abertos a estupidez. O ex-jornalista Pedro Bial que é uma versão tupiniquim de George Clooney ou Antonio Banderas, ou seja, o homem de meia idade de olhos sedutores que quer criar uma personagem de homem maduro, inteligente e cool chama os participantes de “heróis” e todo mundo compra, todo mundo acredita. Isso é o fenômeno Big Brother. Nunca pensei que algo superaria essa merda repleta de perfume disfarçada de análise antropológica, mas o UFC é, pelo menos até o momento, o fundo do poço. Diferentemente da casa das prostitutas, dos acéfalos, dos sertanejos e dos homossexuais esquizofrênicos, o UFC não maquia, não tenta ser brilhante, não tenta ser filosófico, não tenta transformar idiota em personalidade cultural; o UFC é lixo sem disfarce, lixo e brutalidade que são oferecidos porque há demanda, há sede de agressividade, há sede de ausência de palavras, a falta de vontade de pensar, há, simplesmente, vontade de regredir na história e ver gladiadores do século XXI em um ringue, um tentando, através de socos, pontapés, joelhadas e tudo mais, matar um outro ser da mesma espécie, algo que poucos animais na face da Terra fazem e, com certeza, os que fazem não se auto-proclamam inteligentes e muito menos pagam valores astronômicos para presenciar tal “espetáculo”. “A Humanidade sempre necessitou a violência”. Sempre há os caetanos velosos que é um termo que eu uso para esses metidos a intelectuais que, velhos e cansados de pensar, hoje em dia preferem jogar golfe, comer sushi, participar de programas onde podem ter seus egos gigantescos saciados, receberem aplausos e vender seus novos projetos muitas vezes patrocinados pela Lei de Incentivo à Cultura. Pois esses senhores de sensos críticos jubilados dizem isso, tentando, através de frases de cunho filosófico barato, justificar o injustificável. A Humanidade sempre urgiu por violência, isso é verdade, mas, queira ou não, evoluímos em alguns aspectos. Já não degolamos homens em praças públicas isso claro falando de sociedades ocidentais; a forca e a guilhotina já não existem mais; até as touradas, coração da cultura ibérica, já estão sendo proibidas em algumas regiões espanholas porque se notou que são brutais para uma sociedade “pacífica” do século XXI. Mas sim voltamos com os gladiadores. O produto é tão bom e a sede de violência da sociedade brasileira é tamanha que a Globo comprou os direitos e colocou o canalha do Galvão Bueno para “narrar” as batalhas sanguinárias. Jovens se reúnem em horários pouco convencionais para ver os novos heróis nacionais estrangularem inimigos da nação, essa foi a tônica do último capítulo do UFC. O Brasil sempre apostou em heróis nacionais que eu combatia. Tivemos Senna, um pleibói que era ícone de um esporte individual de ricos que foi enfiado goela abaixo como o nosso símbolo, o nosso herói, o nosso representante. Tentamos em alguns esportes pouco convencionais em momentos de ausências de ídolos boleiros. Guga foi um deles, outro exemplo de guri rico em esporte individual que deveria ser o nosso ídolo. A Globo chegou ao ponto de tentar transformar Barrichello em ídolo! Popó, Neymar, Kaká, entre outros, são parte dessa indústria que agora parece ter um novo âncora: o tal do Anderson Silva. Senna deveria ser nosso herói e exemplo a seguir porque ganhava corridas de carros pelo mundo e sabia esconder bem sua vida privada homossexual; Guga deveria ser nosso ídolo porque, por um breve período, ganhava mais jogos de tênis, esporte em que a maioria da nação nem sabe as regras, do que perdia e era gente boa; outros deveriam ser nossos exemplos porque faziam muitos gols, mas agora o nosso expoente máximo é uma pessoa que quase mata mais pessoas em cima de um ringue, sim, não sabe nem falar, mas é o nosso ídolo, o nosso soldado, aquele que ameaça e que quebra a cara de quem fez qualquer comentário ofensivo à Nação, em uma perfeita amostra do que não é uma democracia; mas o quê importa, o que importa é que quebramos a cara da maior potência mundial. O que mais me chamou a atenção foram as manifestações nas redes sociais. Era uníssono o discurso de que o juiz da briga deveria ter dado mais tempo para que o brasileiro pudesse ter surrado ainda mais o falastrão norte-americano. Muitas mulheres, que foi o que mais chamou a atenção que, teoricamente, possuem aquele natural senso de proteção e de afeto de fêmea, também manifestaram seu ódio e sua sede de ver ainda mais sangue escorrendo pela tela para regozijo do maior e mais falso ufanista de todos os tempos, o exemplo do Brasil fracassado, Galvão Bueno. O quê mais esperar? Será que a organização do UFC já cogita a hipótese de entregar machados aos brigões? Ou talvez colocar feras raivosas em cima do ringue para dar mais emoção? Imaginem o Brasil contra tigres africanos, imperdível! Fica aqui o grito desesperado e desistente, além de quase solitário, de alguém que acha que esporte é entretenimento e não uma amostra do pior que existe entre os piores e mais cruéis entre todos os seres vivos desse planeta: o ser humano (?).

sábado, 7 de julho de 2012

Libertadores 2012

Após uma das piores decisões de Libertadores que já vi e quando digo isso me refiro à parte técnica do jogo, o Corinthians rompeu a sina e finalmente se sagrou campeão. Era o único grande clube do país que ainda não havia conquistado a maior competição do continente e nem a uma final havia chegado. O mais recente fracasso dos gambás havia sido a derrota na primeira fase da Libertadores para o Tolima em um time montado a peso de ouro que contava com o obeso e agora beirando o patético Ronaldo na dianteira. Foram amassados em ambos os confrontos com os colombianos. Tite teve uma nova chance e, dessa vez, aproveitou com um time extremamente aplicado tecnicamente que jamais se joga ao ataque, que especula em todos os confrontos. Surpreendeu-me, desde as oitavas de final contra o Vasco, a aplicação tática de TODOS os jogadores bem como o excelente preparo físico, arma principal na decisão contra o veterano time do Boca. É impressionante o quão atentos ao jogo todos os jogadores se mantêm durante os 90 minutos. Não há erros “não-forçados” e isso também é muito causado pela cautela com que o time joga. O goleiro que saiu de graça como é de costume no Grêmio foi muito bem, principalmente nos confrontos contra o Emelec e Vasco, mas a dupla de zaga e os dois volantes são as principais peças desse esquema montado pelo insuportável Tite. Soma-se a isso a categoria superior de um jogadoraço, Emerson Sheik, um típico cancheiro que, sozinho na frente, fez e aconteceu. No mais, um time apenas comum, mas de aplicação tática invejável. Do outro lado um oponente que joga muito parecido, um time cauteloso que também espera seus adversários para dar o bote. O único jogador de velocidade é Mouche que pouco apareceu no jogo em São Paulo. A semelhança dos dois times também se ilustra na quase nula ofensividade dos laterais que se transformam, muitas vezes, em terceiros e quartos zagueiros. No primeiro tempo o Boca teve mais posse de bola, mas deu nenhum chute a gol. O gol rápido aos 10 minutos do segundo tempo desestabilizou um time visivelmente cansado e que se abateu de maneira exagerada com o fortuito gol de Sheik em um grande vacilo da defesa. Riquelme, que havia anunciado ao meio-dia que não mais seguiria no clube de seus amores, estava visivelmente pensando em outra coisa e, é clichê eu sei, ele é o termômetro do time. Se Riquelme não joga bem, o time dificilmente funciona. Falando em Riquelme, para os que não acompanham o Boca, Román teve a sua melhor temporada desde 2007. Muitos jornalistas argentinos diziam que estava no mesmo nível do ano em que ganhou a Libertadores no Olímpico dando um chocolate no Grêmio. Eu acho que é exagero, mas sim, Román estava impossível essa temporada, mas, na final, não brilhou, foi errático e pouco participativo. Também destaco a falta de estudo de Falcioni que não deve ter alertado aos seus jogadores sobre os perigos das bolas paradas, arma principal do Corinthians. Foi excessivo o número de faltas perto da área e, em TODAS, a bola era alçada para a área xeneize. No lance do primeiro gol Schiavi fez uma falta totalmente desnecessária, a bola saiu da área e daí Riquelme fez OUTRA falta boba e que, daí sim, originou o gol paulista. Inadmissível, sem conta que o Corinthians tem dois excelentes cobradores, Alex, de voz insuportável e Chicão. Destaco, enfim, a concentração, o preparo físico e a aplicação tática do time de Tite, claro, somando-se a participação diferenciada de Sheik contra um Boca que parecia desconcentrado e apático, algo incomum na história do maior clube argentino que, teve em um Riquelme perdido, seu ponto

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Euro 2012

Há de se esperar que essa geraçao espanhola chegue ao seu final para que alguém tenha alguma chance de ganhar qualquer competiçao em que a agora furiosa fúria está presente. Ok, que o Brasil foi atropelado pela França na final de 1998, que a Argentina foi pisoteada pela Alemanha na Copa 2010, mas eu jamais havia visto uma superioridade tao grande num confronto entre seleçoes em uma competiçao de alto nível, claro, envolvendo duas seleçoes de porte. A Itália jogou demais durante toda a competiçao e até poderia ter ganhado da Espanha na primeira fase, mas a final foi constrangedora e os italianos, em suas caras víamos o semblante da total impotência de quem enfrentava um time de outro planeta. É assombroso, nao me canso de impressionar com o nível técnico de cidadaos como Iniesta e Xavi que, passam os anos, e nao diminuem um ponto sequer seus espetaculares níveis. Soma-se a isso novos nomes como Javi Alba que entrou e foi o melhor em sua posiçao na competiçao, justamente na única posiçao em que a Espanha tinha dúvidas. E a defesa? Poucos conseguem virar os olhos e olhar para trás, mas a defesa espanhola, em seis jogos, sofreu apenas um mísero gol, o gol de Di Natale na primeira fase. Depois disso, nada e passaram poucos apuros e isso sem se meter atrás, isso jogando bola e mantendo a posse dessa. Sobre a Itália, vale salientar que, se a Itália se propoe a atacar, sempre estará entre as melhores seleçoes do mundo, pois tem o melhor sistema defensivo e um goleiro fantástico, mas, muitas vezes, faltava a ofensividade e por falta de jogadores nao foi. Nunca esqueço que o técnico italiano na copa de 98 dizia que Del Piero, Totti e Baggio nao podiam jogar juntos. Mas Iniesta, Xavi, Fabregas, Torres, Alonso, Busquets, esses sempre podem e jogam e jogam demais juntos, que time, meu Demônio! Justa vitória de uma seleçao que atinge, a cada jogo, a perfeiçao. Corto um pouco e passo para a minha seleçao da Euro no esquema 4-4-2: Casillas (Espanha) Johnson (Inglaterra) Sergio Ramos (Espanha) Hummels (Alemanha) Javi Alba (Espanha) Pirlo (Itália) Xabi Alonso (Espanha) Pilar (República Tcheca) Iniesta (Espanha) Cristiano Ronaldo (Portugal) Balotelli (Itália) Melhor jogador: Pirlo (Itália) Vale também destacar o que sempre destaco ao final de cada Euro: é muito melhor do que a Copa do Mundo, soma Argentina e Brasil e ponto final. O excesso de times das copas faz com que tenhamos que aguentar jogos insuportáveis na primeira fase e um excesso de cautela e vale salientar que, nesse ano, duas seleçoes apenas medianas garantiram vaga sem disputar por serem organizadores, Polônia e Ucrânia. Infelizmente, a partir da próxima ediçao, serao 24 seleçoes. Uma pena. Agora algumas estatísticas: Foram 25 os países que cederam jogadores para a Euro 2012, sendo que, desses 25, 10 nao disputaram a competiçao. O que mais cedeu e que nao disputou a Euro foi a Turquia com 9 jogadores que atuam no futebol desse país nos gramados poloneses e ucranianos. Desses 25, 2 nao sao europeus: Estados Unidos e Arábia Saudita. O país que mais cedeu jogadores foi, como sempre, a Inglaterra, com 79 seguido por Alemanha com 46 e Espanha com 33. Falando de clubes, dos 135 clubes que cederam jogadores, o Bayern Münich foi o que teve mais jogadores convocados, 12, seguido por Real Madrid com 11 e Dynamo Kiev com 10. Esses números ajudam um pouco a explicar o sucesso da Premier League e também acusa algo que defendo sempre, a qualidade da Bundesliga, torneio menosprezado por muitos, mas de excelente qualidade técnica. Outra curiosidade é que apenas a seleçao inglesa possui todos os seus jogadores atuando dentro do país. Falando apenas dos grandes clubes europeus, os únicos que nao cederam jogadores para a competiçao foram: Estrela Vermelha (Sérvia), Dynamo Dresden (Alemanha), Steua Bucarest (Romênia), Rangers (Escócia), Sparta Praga (República Tcheca), Partizan Belgrado (Sérvia) e Saint-Etienne (França). Entre os participantes, os que menos jogadores têm atuando em seus territórios sao Suécia com 3 e Croácia com 5. A maioria dos clubes que tiveram mais jogadores convocados foram campeoes em seus países: Real Madrid (Espanha), Juventus (Itália), Zenit (Rússia), Viktoria Plzen (República Tcheca), Olympiakos (Grécia), Dinamo Zagreb (Croácia), Porto (Portugal), Copenhagen (Dinamarca), Helsingborg (Suécia). Na Alemanha, Inglaterra, Ucrânia, Holanda, França e Polônia, essa lógica nao foi cumprida. Nesses países os clubes com mais jogadores convocados foram respectivamente: Bayern Münich, Liverpool e Chelsea, Dynamo Kiev, PSV, Evian e Paris SG e Lech Poznan.

domingo, 1 de julho de 2012

Semifinais Euro 2012

Antes de começar a analisar os confrontos das semifinais da melhor competiçao entre clubes do mundo, vale a pena tecer rápidos comentários sobre as quartas. O maior confronto de todos, entre Inglaterra e Itália foi o jogo de menos emoçao e qualidade técnica onde o melhor de tudo foi a cobrança genial do melhor jogador da competiçao até o momento, Andrea Pirolo. Que classe. No jogo entre lusos e tchecos, uma clara vantagem portuguesa que teve, novamente, em Cristiano Ronaldo, sua principal arma. Os espanhóis mais uma vez nao conseguiram transformar em números a sua ampla vantagem técnica, dessa vez contra os franceses. Vitória magra, mas consistente que teve na atuaçao abaixo da média de Iniesta e Xavi seu maior problema. A Alemanha passou por cima da Grécia de forma impiedosa. Conseguiram se complicar no início, os gregos chegaram até a empatar, mas isso foi causado pelo excesso de chances desperdiçadas pelos germânicos que entraram em campo com uma formaçao surpreendente sem Müller, Gómez e Podolski. Que jogadore incrível é Lahm, nao apenas pelo gol e também destaco Hummels, o zagueiro que ainda nao cometeu falta alguma na competiçao, lembrando o feito de Gamarra na copa de 98. Para as semifinais, aposto em uma vitória espanhola em cima dos portugueses e em um jogo duríssimo entre as duas maiores seleçoes europeias, mas ainda sim com vantagem para os alemaes que sao mais time.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Infelizmente, devido à falta de tempo, não pude dar meus palpites para a fase de grupos da Euro. Vale destacar a incrível superioridade do nível técnico da Euro quando comparamos com a Copa do Mundo. Mesmo o fato de duas vagas terem sido “dadas” para dois países que não são potencias mundiais, Polônia e Ucrânia, assim mesmo o nível foi altíssimo. Não tivemos jogos medrosos, não tivemos jogos sem gols e isso é devido à ausência de times de quinta categoria que estragam a competição. Todos sabemos os motivos da FIFA para inchar a Copa do Mundo que nunca deveria ter aumentado suas vagas de 24 para 32, mas a minha indignação existe. Basta analisarmos a situação das eliminatórias sul-americanas onde a maioria classifica, cinco de nove. Enfim, o alto nível da Euro mandou a Holanda para casa mais cedo, bem como a forte Croácia e a Suécia e mesmo as melhores seleções como Espanha e Alemanha, poderiam ter caído fora em caso de derrotas na última rodada. Seguem, então, meus palpites para as quartas de final que tem tudo para serem excelentes: República Tcheca x Portugal: aposto em Portugal porque achei o time tcheco limitado. Dois jogadores tchecos me encheram os olhos que foram Pilar, do Wolfsburg e Jiracek, mas jogadores como Rosicky e Plasil podem ajudar o time a seguir adiante na competição. Do outro lado um Portugal que teve na “ressurreição” de Cristiano Ronaldo a sua grande arma para ir longe. Vou de Portugal. Alemanha x Grécia: apesar da surpresa de 2004, duvido que esse timaço da Alemanha tenha muitas dificuldades para eliminar os gregos. Espanha x França: alguns idiotas insistem em criticar a fenomenal seleção ibérica após um jogo em que as coisas não fluem tanto e ignoram que do outro lado estão jogadores de alto nível, mais especificamente a Croácia que deu muito trabalho na última rodada. A França eu coloquei como a minha zebra favorita, como a seleção que poderia incomodar os meus dois favoritos, Espanha e Alemanha, mas já vejo a Itália como uma terceira força mais complicada. Vou de Espanha, a melhor seleção que já vi jogar junto a Argentina de 1994. Inglaterra x Itália: jogaço e de difícil previsão. Aposto na maior experiência dos italianos que fizeram uma partida de gala contra a Espanha e que, depois, seguiram com um bom nível e também louvo a mudança de atitude italiana que deixou de ser tão defensiva como foi nos últimos anos e agora ataca.

domingo, 20 de maio de 2012

Seleção Temporada 2011/2012 e Ranquim Atualizado de Clubes

Com o final da temporada europeia decretado após o pênalti perfeitamente cobrado por Drogba, exponho minha seleção da temporada e também o melhor ranquim de clubes do mundo, o meu. Sobre a final, infelizmente ganhou um time que jamais quis jogar futebol contra um Bayern Münich que, se não teve uma atuação brilhante, pelo menos foi dono da posse de bola durante todo o jogo e criou situações de gol. Incrível o erro de Robben, novamente num momento decisivo. Já havia desperdiçado um pênalti na “final” da Bundesliga contra o Dortmund e, convenhamos, não era o jogador mais indicado para executar essa cobrança de tamanha importância. Do outro lado, um sistema defensivo correto, italiano, quase invulnerável, apesar de que chances foram desperdiçadas, especialmente nos pés de Gómez, no primeiro tempo. O título do time do mafioso russo finalmente me convence e, com esse título, pode ser considerado, finalmente, um grande clube. Até a cobrança final do monstro marfilenho o Chelsea era um novo rico que poderia desaparecer e voltar ao ostracismo através de uma simples mudança de humor de Abramovic. Eis, então, a minha seleção da temporada e alguns outros destaques, sempre no esquema 4-4-2: 1. Harte (Manchester City – Inglaterra): devido à inconstância de monstros como Cech, Casillas e Buffon, Harte foi o goleiro que mais se destacou, ficando à frente de Cortuois, do Atl Madrid; 2. Dani Alves (Barcelona – Brasil): mais uma temporada fantástica de Dani Alves; 3. Kompany (Manchester City – Bélgica): uma impulsão fenomenal, rapidez incrível e aporte com gols; 4. Chielini (Juventus – Itália): o dono de uma defesa quase imbatível de um campeão invicto na Itália, algo admirável. Quando necessário, improvisava na lateral esquerda e dava conta; 6. Bale (Tottenham – País de Gales): devido a oscilação de Marcelo, coloco Bale, que nessa temporada jogou mais adiantado, mas ainda assim pode encaixar como lateral desse time ideal; 5. Xabi Alonso (Real Madrid – Espanha): brilhante, um dos melhores volantes que já vi jogar. Passes longos, cabeça erguida, uma visão de jogo genial; 8. Xavi (Barcelona – Espanha): não tem como não botar apesar da ausência de títulos; 10. Iniesta (Barcelona – Espanha): segue a mesma regra de Xavi; 11. Silva (Manchester City – Espanha): adaptou-se sem problemas na Inglaterra e foi o maestro do time campeão inglês; 7. Messi (Barcelona – Argentina): o melhor da temporada, artilheiro na Espanha com 50 gols, artilheiro pela quarta vez consecutiva da Champions, um monstro. O pênalti errado não tira o brilho de mais uma temporada fenomenal; 9. Cristiano Ronaldo (Real Madrid – Portugal): autor de gols impressionantes, uma máquina quase perfeita de jogar futebol que, além de gols, também foi um grande passador essa temporada. Bola de ouro: Messi; Bola de prata: Cristiano Ronaldo; Bola de bronze: Ibrahimovic. Menções honrosas: Mario Gómez (Bayern Münich – Alemanha) Ibrahimovic (AC Milan – Suécia) Marchisio (Juventus – Itália) Lichtsteiner (Juventus – Suíça) Rooney (Manchester U – Inglaterra) Scholes (Manchester U – Inglaterra) Mascherano (Barcelona – Argentina) Suárez (Liverpool – Uruguai) Lewandowski (Dortmund – Polônia) Kagawa (Dortmund – Japão) Falcao (Atl Madrid – Colômbia) Mata (Chelsea – Espanha) Ben Arfa (Newcastle – França) Ba (Newcastle – Senegal) Cissé (Newcastle – Senegal) Agüero (Manchester City – Argentina) Van Persie (Arsenal – Holanda) Cavani (Napoli – Uruguai) Ranquim atualizado: 1. Bayern Münich – Alemanha 2. Real Madrid – Espanha 3. AC Milan – Itália 4. Juventus – Itália 5. Peñarol – Uruguai 6. Boca Juniors – Argentina 7. Manchester U – Inglaterra 8. Ajax – Holanda 9. Barcelona – Espanha 10. Nacional – Uruguai 11. Inter Milan – Itália 12. Liverpool – Inglaterra e Independiente – Argentina 14. Porto – Portugal 15. River Plate – Argentina 16. São Paulo – Brasil 17. Benfica – Portugal 18. PSV – Holanda 19. Santos – Brasil 20. Olimpia – Paraguai 21. Estudiantes – Argentina 22. Estrela Vermelha – Sérvia 23. Flamengo – Brasil e Dortmund – Alemanha 25. Vélez Sarsfield – Argentina 26. Palmeiras – Brasil e Internacional – Brasil 28. Dynamo Dresden – Alemanha 29. Celtic – Escócia 30. Grêmio – Rio Grande do Sul 31. Feyenoord – Holanda 32. Arsenal – Inglaterra 33. Steua Bucarest – Romênia 34. Colo Colo – Chile 35. Vasco – Brasil, Sparta Praga – República Tcheca e Rangers – Escócia 38. Marseille – França 39. Borussia MG – Alemanha e Corinthians – Brasil 41. SC Anderlecht – Bélgica e Partizan Belgrado – Sérvia 43. Atl Madrid – Espanha 44. América – México 45. Hamburg – Alemanha e Chelsea – Inglaterra 47. Cruz Azul – México 48. Saint-Etienne – França 49. Rosario Central – Argentina 50. LDU - Equador River Plate, Dynamo Dresden e Rosario Central são os únicos gigantes que não figuram, nesse momento, na primeira divisão de seus países. River e Central estão na segunda divisão argentina enquanto que o glorioso Dynamo está na segunda divisão germânica tendo ascendido na temporada passada da terceira, ou seja, está em franca recuperação rumo ao lugar onde sempre deveria estar, a Bundesliga. O clube com mais conquistas mundiais é o AC Milan, com quatro; os clubes com mais conquistas continentais são o Independiente e o AC Milan, com sete; já o clube com mais domínio doméstico é o Bayern Münich, com 21 títulos. Na lista completa aparecem 211 clubes de 23 distintos países. Os países com mais representantes entre os 211 clubes são o Brasil e a Alemanha, com 17 clubes seguidos pelo México, com 16. Considerando apenas os clubes grandes, o país com mais representantes é o Brasil, com oito, seguido por Argentina, com seis e Alemanha, com cinco. No ranquim brasileiro, o líder é o São Paulo, seguido por Santos e depois Flamengo. Na análise das ligas mais competitivas, em primeiro lugar apareça o campeonato argentino, seguidos pelos torneios de Brasil e Itália.

domingo, 8 de abril de 2012

Cinema

Nessa Semana Santa de pura solidão pensei: qual é o melhor cinema do mundo? A resposta que apareceu na minha cabeça em primeiro lugar foi Argentina e Alemanha. Não satisfeito com essa resposta natural, como bom robô matemático que sou, resolvi entra na minha lista de filmes assistidos, que já passam de 1000 exemplares e ver quais são os melhores avaliados. Não estava muito errado. Dos 41 países que já produziram filmes assistidos por mim e considerando apenas os países que eu assisti pelo menos cinco filmes, em primeiro lugar aparece a Argentina, mas não seguida pela Alemanha e sim pela Dinamarca. Considerando que minhas notas vão de 1 a 5 (apesar de que há algumas obras aí que não merecem nem a nota 1), a Argentina aparece com uma avaliação média de 4,37 contra 4,28 da Dinamarca. Peço perdão ao meu país amado, a Noruega, por traí-lo com uma de suas vizinhas, mas realmente tive ótimas experiências vendo os geralmente pesados e psicológicos filmes dinamarqueses. O cinema argentino me deslumbra pela mescla crua de ironia e demência com conteúdo e dramaticidade. Essa combinação, humor apesar da desgraça, está presente na grande maioria dos filmes argentinos que vi. Há, no entanto, cinco países com melhores avaliações do que Argentina e Dinamarca, mas com menos de cinco exemplares assistidos por mim, ou seja, preciso, através da salvadora Internet, ir atrás de mais produções desses países que são Bélgica, Chile, Polônia, Hungria e a minha amada Coreia do Sul, terra que produziu o meu filme favorito, o horrendo e totalmente demente Old Boy.

Os outros três países que completam o top cinco dos melhores avaliados (sempre e quando respeitarem o mínimo de cinco filmes assistidos) são: Irlanda, Espanha e Holanda.

O cinema americano, que eu defino como uma hidrelétrica que é usada para acender uma lâmpada tendo em vista que é a maior potência do setor e o terceiro país que mais filmes produz atrás apenas da Nigéria e de Bollywood, aparece na modesta 28ª colocação com uma nota média de 2,76 empatados com o cinema australiano. Completando o resumo das estatísticas, os cinco países que mais vi filmes são Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. O cinema brasileiro que eu acho que é injustamente visto como “em evolução”, aparece com uma nota média de 3,33 com apenas nove filmes assistidos. Confesso que acho o cinema brasileiro decadente. Preferia as pornochanchadas a essas novelinhas mamão com açúcar recheadas de atores globais.

Abaixo a lista completa agora sim NÃO considerando a exigência mínima de obras assistidas:

1. Bélgica, Chile, Polônia e Hungria - 5
5. Coreia do Sul – 4,66
6. Argentina – 4,37
7. Dinamarca – 4,28
8. Índia, Suécia, África do Sul, Portugal, Lituânia, Uruguai e Cuba - 4
15. Irlanda – 3,83
16. Áustria – 3,75
17. Suíça – 3,66
18. Espanha – 3,51
19. Holanda e Bósnia-Herzegovina – 3,5
20. Brasil – 3,33
21. México – 3,25
22. Itália – 3,19
23. Canadá – 3,12
24. França – 3,06
25. Alemanha – 3,01
26. Reino Unido – 2,86
27. Estados Unidos e Austrália – 2,76
28. República Tcheca – 2,5
29. Japão, Luxemburgo, Rússia, China, Peru, Porto Rico, Croácia, Monaco, Noruega - 2
38. Nova Zelândia – 1,83
39. Lichteinstein

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Semifinais UCL

Dessa vez, ter acertado os vencedores dos quatro confrontos de quartas de final, não foi lá grande mérito. Benfica e Chelsea era o único confronto em que qualquer dos dois poderia ter passado e, apesar da grandeza e tradição do AC Milan, contra o Barcelona, em 180 minutos, é muito difícil que alguém tenha sequer uma chance. Assim sendo, dispenso os elogios pelo meu retrospecto. Antes colocarei alguns comentários sobre as decisões já passadas e sigo então com o objetivo maior desse texto que são meus prognósticos para as fantásticas semifinais.

No confronto entre os surpreendentes cipriotas e o Real Madrid, destaco apenas os gols sensacionais marcados pelos madrilenhos, um time que, se não fosse a macabra sobra do maior rival, o Barcelona, seria ainda mais admirado e venerado do que é. É uma máquina perfeita de fazer gols e grande parte deles verdadeiros golaços. Mais uma vez tivemos uma amostra com duas obras do asqueroso Cristiano Ronaldo, belas coberturas dos argentinos Higuaín e Di Maria, o belo gol de Kaká e a obra prima de
Benzema.

Analisando AC Milan contra Barcelona, é incrível como o Barcelona consegue que um time das qualidades do AC Milan parece uma equipe medíocre. Até o gol de Nocerino em Barcelona os milaneses não haviam passado da metade do campo. Foi tão fácil o confronto que a soberba tomou conta dos jogadores barcelonistas que quase se complicam.

Sobre o Chelsea, fico a lição. As feministas e os hippies destruíram a sociedade e acabaram com os valores agora muito ajudados pelo domínio homossexual. No entanto, uma coisa não muda: técnico mais novo do que os grandes nomes de um elenco, jamais funcionaria. A jararaca italiana Di Matteo assumiu, já conhecia os jogadores, colocou os dinossauros pra jogar de novo e o time deslanchou.

Agora os palpites:

Real Madrid vs Bayern Münich: uma parada mais do que complicada para o time do Mou, enfrentarão um Bayern que vem empilhando gols nos seus adversários, que tem um tridente ofensivo fenomenal com Gómez, Ribèry e Robben agora completamente recuperado de suas seguidas lesões, mas ainda assim aposto nos espanhóis.

Barcelona vs Chelsea: a pergunta aqui é se o Chelsea conseguirá fazer frente ao Barça ou não, será atropelado como foi o AC Milan e o Leverkusen. Acho que esses massacres não se repetirão, mas aposto num primeiro jogo em Londres com gols barcelonistas o que significa uma classificação cômoda.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Palpites Quartas-de-final UCL

Impossível ter acertado os vencedores dos oito confrontos da fase anterior considerando que o poderoso Lyon perdeu a classificação para o Apoel. Meu outro erro foi não ter levado tanto em consideração a má fase do decadente time da Inter. Considero o Marseille um time apenas mediano, por isso apostei nos veteranos de Milão.

Nas quartas os meus palpites são os seguintes:

Apoel x Real Madrid: não acredito em um resultado agregado de 10x1 como foi o confronto entre Barcelona e Leverkusen, aposto em uma vitória magra do Real Madrid no Chipre e uma possível goleada NORMAL em Madrid o que os levaria à classificação de uma forma tranquila.

Benfica x Chelsea: Di Matteo chegou, colocou os dinossauros pra jogar e o Chelsea entrou nos eixos. Apesar das últimas boas apresentações do time luso, vou de Chelsea.

Marseille x Bayern Münich: não vejo chance alguma ao Marseille considerando o momento avassalador que passa o maior clube do mundo e futuro adversário tricolor na inauguração do novo estádio. Deve ganhar ambos os confrontos com folga.

AC Milan x Barcelona: somente o futebol serpente venenosa dos italianos pode parar o maior time de todos os tempos e que conta com um Messi fazendo gols todos os jogos. É possível uma classificação milanesa, diria que Boateng e Ibra podem aprontar, mas a lógica aponta para Messi e companhia.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Palpites Libertadores Fase de Grupos 2012

Depois de acertar cinco dos classificados da primeira fase, errando apenas no único que realmente tinha vontade de estar certo e me refiro ao confronto do coirmão, agora, com moral elevada, parto para os palpites sobre a segunda fase da maior competição do continente.

Grupo 1: Internacional e Santos
Um dos dois brasileiros sai somente se perder os dois jogos contra o adversário brasileiro. Caso contrário, se classificam os dois.

Grupo 2: Olimpia e Emelec
Apesar das boas campanhas na última década nos campeonatos argentinos, o Lanús jamais conseguiu confirmar quando jogou a Libertadores. Do lado carioca, um time que encara uma Libertadores com Joel Santana só pode acabar eliminado de cara.

Grupo 3: Universidad Católica e Junior
A Unión Española também tem grandes chances, muito vai depender dos resultados dos confrontos locais contra a Católica. O Bolívar só teria alguma chance se ganhasse todos os seus jogos em casa.

Grupo 4: Boca Juniors e Fluminense
O Boca é o melhor time do continente no momento apesar do futebol burocrático e caiu num grupo onde apenas o Fluminense pode fazer frente. O Arsenal pode complicar por ser argentino e conhecer o Boca, mas não deve classificar. O Zamora vem na liderança do campeonato venezuelano e é uma incógnita.

Grupo 5: Vasco e Nacional
Grupo bem complicado onde todos podem conseguir a classificação. O Libertad vai brigar ponto a ponto com o Nacional e o Alianza vem um degrau abaixo. Já o Vasco larga com certa vantagem com relação aos demais se conseguir repetir as atuações da temporada passada.

Grupo 6: Corinthians e Cruz Azul
Vejo poucas chances para o Táchira e para o Nacional do Paraguai nesse grupo. O segundo tem sido participante frequente da Libertadores, mas sempre com péssimas campanhas. O Corinthians tem ampla vantagem e o Cruz Azul, apesar do desleixo dos mexicanos nas libertadores, é a segunda força.

Grupo 7: Vélez Sarsfield e Deportivo Quito
Grupo parelho onde Defensor e Chivas também podem figurar entre os classificados. Vejo uma grande vantagem do Vélez sobre os demais, mas o fator altitude pode fazer com que o Deportivo Quito alcance até a liderança do grupo.

Grupo 8: Universidad de Chile e Peñarol
O grupo mais difícil de todos. Qualquer um dos quatro pode ganhar o grupo ou ficar em último. Tive que escolher dois, mas é grupo aberto. O Godoy Cruz corre mais por fora, mas os demais têm as mesmas chances. O Peñarol me surpreendeu positivamente no confronto contra o Caracas e é um time melhor que o do ano passado. A U de Chile foi o melhor time da América na temporada passada, perdeu muitos jogadores, mas ainda assim é o meu favorito e o Nacional de Medellín também pode incomodar bastante.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Libertadores 2012

Com a definição de todos os participantes da edição 2012 da maior competição continental da América, deixo minhas análises de todos os grandes clubes participantes e palpites sobre os confrontos da primeira fase, mais conhecida por essas plagas aqui como “pré-Libertadores”.

Flamengo: a exceção do jogo contra o Grêmio no Engenhão, vi apenas atuações fraquíssimas do time carioca e isso não quer dizer que a atuação em dito confronto foi positiva, foi, ao invés disso, apenas aceitável. Possui um bom centroavante que luta contra sucessivas lesões que é Deivid e bons laterais, mas sofrerá com a possível perda de Tiago Neves e com a falta de jogo no meio de campo. Seu maior erro será apostar no impostor Ronaldinho como principal arma. Para completar, é um clube que, em suas últimas participações na Libertadores, acabou eliminado de forma bisonha. Não deve fazer grande coisa novamente.

Peñarol: depois de ter chegado à final ano passado, o Peñarol vem outra vez apostando na tradição e no respeito que de certa forma foi reconquistado com a boa campanha de 2011 onde eliminou adversários de mais qualidade e chegou até uma final em que perdeu no detalhe. Essa temporada o time contará com o reforço do experiente centroavante com passagens pela Juventus Zalayeta. Também segue no elenco o veterano defensor Rodríguez, capitão do time. No entanto, Martinucchio, um dos grandes nomes da temporada passada não está mais. É sempre interessante ver os Carboneros com sua incrível e imensa bandeira, a maior do mundo.

Internacional: faltam ainda reforços para a defesa que deverá perder os desserviços de Bolívar e que já perdeu Sorondo, titular do time quando estava fisicamente habilitado. Tem um meio de campo fortíssimo ofensivamente falando com D´Alessandro e Oscar, mas que tem carências quando nos referimos aos volantes. Tinga tem jogado pouco, Guiñazú, além de fraco e velho, pode ir para o Newells Old Boys e Bolatti não quer jogar. No ataque fica a dúvida quanto à plena recuperação de Damião e aí entra o único e grande reforço do time, Dagoberto. Há bons nomes, carências, mas é um time que tem que jogar mais do que jogou no ano passado.

Santos: possui o melhor jogador do continente que forma a melhor dupla ofensiva da América com Borges. No entanto, não tem defesa e aposta muito no supervalorizado Ganso. Ibson não deu certo, Elano está em má fase e faltam laterais. Possuem um excelente goleiro e um técnico experiente. Confiando no talento de Neymar podem aspirar ao quarto título continental.

Olimpia: o decano paraguaio finalmente volta a disputar a Libertadores e vem com a faixa de campeão conquistada em cima de seu tradicional rival, o Cerro Porteño. A direção está disposta a reforçar o elenco e já fez propostas pelos primos Ortigoza. Tem um grande zagueiro, o internacional Cáceres, ex-Boca que seria titular em qualquer grande clube brasileiro. No ataque o primo do Messi, de passagem pelo Flamengo, Maxi Biancucchi. No meio de campo destaco o colombiano Marín de passagens pela seleção de seu país e também Báez. Outra curiosidade do time paraguaio é a presença do irmão de Roque Santa Cruz, Julio que, se jogar 30% do que jogou o irmão, me serve. É uma camisa forte que deve dar muito trabalho.

Boca Juniors: nada é tão positivo para a Libertadores do que a volta do gigante argentino que tem sido o grande campeão do continente nas duas últimas décadas. Depois de um título invicto que quase não sofreu gols e conseguiu recuperar a mística da Bombonera, o Boca vem com tudo mesmo considerando as baixas substanciais como a aposentadoria de Palermo e a lesão de Viatri. Sempre é favorito.

Nacional (URU): o poderoso Bolso vem para essa edição com o retorno de um grande ídolo, Álvaro Recoba e um lateral argentino de passado importante, Placente. No entanto, a melhor contratação foi Boghossian, ex-Newells que estava no Salzburg. É um centroavante de área e com porte, perfeito para a disputa da competição continental ainda mais se consideramos a deficiência ofensiva do time uruguaio na edição passada. Scotti, ex-zagueiro do Colo-Colo também é outra boa novidade. Considerando a grandeza do clube, sempre há de se respeitar o Nacional.

Vasco: talvez tenha sido o Vasco o melhor time brasileiro da segunda metade do ano passado. Um bom goleiro, o melhor zagueiro em atividade no país, a volta de ícones do melhor período da história do clube, Felipe e Juninho, bem como boas incorporações como Alecsandro e Diego Souza fazem do Vasco um dos grandes favoritos à conquista do título.

Corinthians: mais uma vez o Corinthians aposta tudo e coloca todas suas fichas na busca que parece interminável por seu primeiro título internacional. Dessa vez a diferença é a ausência, pelo menos até o momento, de grandes nomes. No entanto, especulações não faltam e umas são bem audaciosas, como Douglas, Tévez e principalmente Montillo. Se não perder jogadores, pode dar briga, mas não vejo como um potencial campeão.

Cruz Azul: é sempre uma incógnita a participação de times mexicanos, pois, na maioria dos casos, jogam com times reservas o que me faz a cada ano questionar sobre a participação de clubes desse país que nem são filiados à CONMEBOL. No entanto, em caso de que joguem com força máxima, há bons nomes. Ponce, zagueiro chileno, seria titular em qualquer time brasileiro ou argentino. O capitão Torrado também é nome forte e experiente. O craque do time é o atacante ex-Boca campeão da Libertadores o argentino Gimenez que forma boa dupla com o seu compatriota Villa, artilheiro inúmeras vezes do campeonato azteca. As curiosidades do elenco são a presença do colombiano ex-Grêmio, o malemolente Perea, além do experiente Bravo e também do irmão de Vela, Alejandro.

Vélez Sarsfield: sempre tem faltado alguma coisa para o Vélez ganhar a Libertadores. Uma eliminação incrível contra o Chivas em 2009, outra injusta contra o Peñarol ano passado e sempre a ideia de que havia elenco para ser campeão. Ano passado era o melhor time, mas perdeu jogadores importantes. Moralez e Silva saíram. O segundo pode voltar. Martínez fica, assim como Ramírez e Canteros. Gareca acertou sua renovação e será o técnico de um Vélez que, mais uma vez, pode ser apontado como um dos favoritos.

Palpites primeira fase:

Arsenal x Sport Huancayo: aposto na maior tradição do futebol argentino apesar de que a campanha do Arsenal na temporada passada foi horrorosa.

Real Potosí x Flamengo: caso a tragédia nos quatro mil metros de Potosí não seja totalmente irreversível, dá Flamengo.

Peñarol x Caracas: parada dura para o maior clube do continente, pois enfrenta o melhor clube venezuelano das últimas temporadas. Assim mesmo, vou de Carbonero.

El Nacional x Libertad: outro confronto complicado. Os times equatorianos são sempre duros ainda mais quando jogam na altitude de Quito. Do outro lado o Libertad, o mais regular dos clubes paraguaios nos últimos anos. Dureza, mas vou de Libertad.

Internacional x Once Caldas: se o Inter pensa que terá facilidade, cai fora. O Once Caldas foi o melhor time colombiano no ano passado, já tem um título continental e eliminação de grandes no currículo (São Paulo, Santos, Cruzeiro, Boca). Será uma disputa ferrenha e que será decidida nos 180 minutos independentemente do resultado em Manizales. Vou de Once Caldas.

Unión Española x Tigres: considerando os pífios resultados dos times mexicanos internacionalmente e o fato de muitas vezes jogarem até em instâncias decisivas da Libertadores com reservas, aposto nos chilenos que, apesar da eliminação na primeira fase em 2010, era um bom time.