Não tinha informação alguma a respeito do que se tratava Kill Bill. Sabia apenas que era filme de Tarantino e que sua principal protagonista era Uma Thurman.
Sendo assim, não sei porquê esperava uma trama bem complexa, mas me surpreendi com a simplicidade do primeiro filme. Uma mulher que teve seu noivo e amigos mortos na igreja no dia do seu casamento e que sobreviveu incrivelmente a um tiro na cabeça que a deixou em coma por um longo período, acordou e saiu em busca de vingança contra os responsáveis por tal barbaridade.
O que segue é uma sucessão de brigas, mortes bizarras e personagens que oscilam entre o enfadonho e o teatral, o circense. O grande mérito do filme é o dedo do diretor, a maneira com que Tarantino vê as cenas, os jogos de câmera, os efeitos sonoros, as tomadas que parecem muitas vezes videogueimes ou cartoons.
Não posso deixar de destacar a cena da luta de Uma Thurman com os intermináveis orientais onde vemos apenas as sombras dos gladiadores. Falando em cenas de luta, carro-chefe da produção, impossível não deslumbrar-se com tantos movimentos bizarros e violentos que formam cenas de lutas impecáveis desde a primeira em que Uma mata sua oponente em frente a filha de 4 anos desta.
O segundo filme explica melhor a história e é menos focado na violência pura e crua do primeiro. Diálogos, mortes e cenas fantásticas não faltam, com destaque para Uma pisando no olho de Daryl Hannah e a morte de Michael Madsen pela picada da Mamba Negra.
Além de explicar melhor a trama, temos o primeiro contato direto com o tão comentado Bill que se apresenta como uma figura normal e mortal e não um ser tão abominável como a primeira parte da trama dá a entender.
Kill Bill é uma comédia e uma obra de teatro ao mesmo tempo, muito bem manipulada por um diretor doente e o resultado é uma obra excelente.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
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