sexta-feira, 8 de julho de 2011

Copa América 2011

Devido à minha falta de tempo, novamente me atrasei para com a publicação de meus palpites para a Copa América, competição mais antiga entre seleções do mundo. Até o momento vi apenas dois jogos, a decepcionante e confusa estreia argentina e o insosso empate do Brasil com a seleção mais fraca do continente.

Antes de expor meus palpites, uma pequena análise desses dois jogos.

A Argentina parece que está longe de tirar proveito de suas incessantes levas de brilhantes gerações de jogadores. É, disparado, o melhor elenco da competição, mas ainda é um sistema que não funciona. A ideia dos três atacantes é interessante, mas ficou notório que falta o elo de ligação entre os três volantes (que sabem jogar) com o ataque. Em alguns momentos do jogo se via Messi, Tévez e Lavezzi em seu campo de defesa indo buscar a bola que jamais chegou o que é inaceitável. Por mais qualidade que tenham esses jogadores, é quase impossível que possam fazer algo partindo de seu próprio campo de defesa.

Os três volantes são muito qualificados. Tanto Macherano quanto Cambiasso e principalmente Banega sabem jogar, mas têm limites. Não entendo a não escalação de Pastore, de fantástica temporada no futebol italiano que poderia funcionar como essa conexão entre os três volantes qualificados com os dois atacantes brilhantes e com Messi, o melhor do mundo.

No jogo de estreia também há de se ponderar sobre o nervosismo. O público argentino está cansado de ter sempre os melhores elencos, mas ao mesmo tempo sempre conviver com o fracasso, alguns retumbantes como a eliminação contra a Alemanha na última copa. Há a obrigação de conquistar o título e estreia é pressão extra. Considero que, apesar de muito mais qualificada, a seleção colombiana será tarefa menos difícil para os argentinos que acho que não encontrarão um adversário tão retrancado e sim um time com jogadores de ataque qualificados que irão querer jogar.

O esquema de toque de bola semelhante ao do Barcelona vinha sendo bem aplicado e pode ser visto em prática em alguns amistosos, especialmente contra Espanha e Estados Unidos. No entanto, o que vimos na estreia foi um jogo de individualidades que mais pareciam peladeiros tentando ganhar o jogo sozinho. Sinto falta também de uma referência de área como poderia ser Higuaín. Para terminar, na estreia, considero que Messi e Banega foram os únicos que tiveram boas atuações. Messi é prejudicado por um time que na prática não existe e Banega, apesar da atitude bizarra no lance do gol boliviano, teve uma grande partida.

Sobre o Brasil serei mais sucinto. Enfrentou o mais fraco de todos, mas que, diferentemente dos bolivianos, não entrou tão atrás, ou seja, deu espaços e, mesmo assim, o Brasil não conseguiu marcar sequer um gol o que é condenável.

O primeiro tempo foi bom, domínio total dando a impressão de que o gol era questão de tempo. No entanto, faltam jogadores do cacife de um Kaká, Ronaldo, Luís Fabiano, Rivaldo que decidem, que fazem gols, que dão medo. Robinho faz gol em ninguém enquanto que Pato é um jogador facilmente anulável e Neymar ainda sente a diferença de ritmo de jogos internacionais e acaba sucumbindo à marcação. No meio de campo dois volantes que fazem nada mais do que o básico e um meia, Ganso, que não é nem sombra de um Kaká.

Agora os palpites para cada grupo:

Grupo A:

Argentina
Colômbia
Bolívia
Costa Rica

Grupo B:

Paraguai
Brasil
Equador
Venezuela

Grupo C:

Uruguai
Chile
Peru
México

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