segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Champions League 2011/2012

Com a chegada do início da maior competição de clubes do planeta, segue uma análise dos grandes clubes que irão disputar essa edição 2011/2012 da Champions League que será uma batalha de todos contra a soberania absoluta do Barcelona. Outra vez Manchester U e Real Madrid são apontados como os principais times que podem estragar mais uma festa catalã. Segue então uma análise dos gigantes que participarão de mais essa edição da Champions e meus palpites para a fase de grupos.

Bayern Münich: o único reforço de destaque foi Rafinha que vem demonstrando que tem condições de jogar no maior clube do mundo. A linha ofensiva que começa com Schweinsteiger e Lahm, passa por Müller e termina com o tridente poderoso formado por Robben, Ribery e Gómez é maior arma dos bávaros que devem melhor seu desempenho defensivo. A contratação de Neuer é um reforço defensivo a ser considerado.

Inter Milan:
após cinco títulos sucessivos no Calcio e a conquista de tudo na temporada célebre de Mourinho, sente-se a decadência interista. Chegaram ao cume e agora vem a queda. Alguns jogadores já não rendem como rendiam em temporadas vitoriosas, como por exemplo Maicon, Lúcio, Júlio César, Milito e Cambiasso. Saiu Eto´o, a principal arma ofensiva nos milaneses, mas chegaram excelentes reforços, como Zarate, Forlán e a promessa argentina Rick Alvarez.

Manchester U:
como sempre o gigante britânico passa desapercebido no mercado de passes com apenas contratações cirúrgicas muito bem estudadas pelo velho escocês Ferguson. A afirmação de Hernandez com a genialidade de Rooney seguem sendo o ponto mais forte dos diabos vermelhos, bem como a experiência de Giggs. O início de temporada brilhante é promissor.

Benfica: o gigante português finalmente está de volta à maior competição de clubes do continente e aposta forte no talento argentino. Além de Saviola e Aimar, chegaram Enzo Pérez e Gaitán na temporada passada e ambos vêm respondendo com excelentes atuações. Soma-se aos argentinos o atacante paraguaio Cardozo, ex-Newells Old Boys que é a referência de gols lusitana.

Real Madrid: os escoltas do Barcelona cada vez evoluem mais em seu jogo, há o grande achado de Mourinho, Benzema que vem sendo a referência ofensiva dos madrilenhos depois de Ronaldo, soma-se o talento de Özil, Di Maria, a volta de Kaká e etc. Sem novos grandes nomes, mas com um estilo de jogo que funciona cada vez melhor.

Lyon: desde que os franceses viram seu reinado de sete anos consecutivos na liga local chegar ao final, jamais puderam recuperar o nível das épocas douradas de Juninho Pernambucano e companhia. Há de se ressaltar as seguidas eliminações contra o poderoso Real Madrid, mas ainda assim é um time que sente falta de referência de renome.

Ajax: há muito tempo que o maior clube holandês não consegue colocar em prática o peso de sua camiseta e história. A saída precoce de jogadores para o exterior e a aposta nas categorias de base tornou o time de Amsterdã uma espécie de coadjuvante no cenário europeu. No entanto, camisa é camisa e sempre o futebol brinda surpresas.

Arsenal: outro grande clube em franca decadência. Sinto que é a hora de uma mudança radical no gigante londrino caso se almeje grandes conquistas. As apostas de Wenger rendem, mas não o suficiente para chegar a conquistas. Mais uma vez somente foram contratados jogadores jovens e sem a mínima experiência internacional. Para completar o quadro complicado dos Gunners, saíram dois de seus três principais nomes: Nasri e Fabregas. Segue Van Persie, fazendo um gol por jogo, mas dono de tornozelos de vidros. Faltam também referências na coluna vertical do time além da eterna falta de caráter de um time juvenil.

Marseille:
em um grupo equilibrado, o gigante francês campeão europeu em 1993 pode chegar a conquistar a vaga. Possui bons jogadores como Lucho Gonzalez, Valbuena e Rèmy e, considerando a força de sua torcida e de sua camisa, pode chegar mais além da primeira fase.

Dortmund: no último terço do campeonato alemão conquistado na temporada passada já se pode notar uma franca decadência em um time que a Bundesliga arrasador e que contava com um centroavante letal, o argentino Lucas Barrios. A Bundesliga foi conquistada muito devido à fantástica campanha inicial e hoje o time está confuso e Barrios já é questionado. Vejo muita dificuldade no caminho do time da Westfalia.

Porto: apesar da perda de Falcao o Porto segue sendo um time forte que manteve o mesmo time que ganhou tudo em nível doméstico na temporada passada além da Europa League. No entanto o mentor do time saiu, o jovem técnico português Villas-Boas migrou para o Chelsea seguindo os passos de Mourinho que também foi do Porto para o time londrino após ganhar uma competição europeia.

Barcelona: na máquina que parecia perfeita, novas peças de grande valor chegaram. Fabregas pôs fim a uma novela eterna e retornou a casa e além dele o chileno Alexis Sánchez é outro nome que deve ser levado a sério. Sem querer dizer o óbvio, mas já dizendo, o quadrado Xavi, Iniesta, Messi e Villa segue sendo a máquina mais mortal do futebol mundial com destaque para o argentino que, aos poucos, vai se tornando o maior jogadores da história do maior dos esportes.

AC Milan:
poucas modificações no time milanês, saiu Pirlo, segue Seedorf. Considerando a ótima campanha da temporada passada é coerente a manutenção do mesmo elenco. No entanto, acho que um meio-campista deveria ter sido contratado já que Seedorf não é mais criança e dificilmente suportará jogar todos os jogos da longa temporada que virá.

Grupo A: Manchester City e Bayern Münich;
Grupo B: Inter Milan e Trabzonspor;
Grupo C: Manchester U e Benfica;
Grupo D: Real Madrid e Lyon;
Grupo E: Chelsea e Valencia;
Grupo F: Arsenal e Marseille;
Grupo G: Porto e Shakhtar Donetsk;
Grupo H: Barcelona e AC Milan.

Um comentário:

Pedro Jaime Bittencourt Junior disse...

Nós, brasileiros, normalmente torcemos por times que tem jogadores brasileiros em destaque, como era nas épocas do Ronaldo Fenômeno, de Ronaldinho Gaúcho e de Romário.
Só que, atualmente, entre o Milan, do Pato, o Real, do Kaká e o Barcelona, do Daniel Alves, eu, por exemplo, acabo preferindo o futebol do Manchester United (virei fã desse time, às vezes nem sei por quê), embora preferisse me empolgar por um time português. Assim é que espero o dia em que Benfica e Porto possam nos oferecer um pouco mais do que nas últimas décadas, para poder finalmente colocar alguma camiseta dos irmãos lusitanos em frente a tevê por aqui.
Futebol é paixão, não é nacionalismo, e, menos ainda, xenofobia.
Saudações daqui, do extremo Sul do Brasil.