sábado, 21 de junho de 2008

Hipocrisia

O tema da hipocrisia é uma obsessão. Já deve ser o centésimo texto que dedico ao tema. Podem me chamar de tudo, machista, racista, chato, ranzinza, fascista, mas jamais de hipócrita. Uma prova é que admito ser todos os adjetivos anteriormente citados.

A grande hipocrisia da semana foi a cobertura dada pelos meios de comunicação ao caso dos três traficantes mortos por tabela pelo exército carioca que está controlando uma das tantas zonas incontroláveis do Rio de Janeiro. No entanto, o principal momento de hipocrisia máxima foi o discurso do César Maia chamando os militares de assassinos e pedindo desculpas às famílias das “vítimas”.

Em um momento de auto-ajuda de freqüentador de tarôs e crente de temas como signos e astrologia, senti a “energia” do Maia que ele mal podia manter dentro de seu corpo. Ele estava feliz. Fazendo um esforço imenso para enganar a todos e demonstrar que não aprovou a tal ação do exército, logo ele.

O entendo. É uma pessoa pública, representante do poder de direito estabelecido, do Governo. Ele tem que dançar conforme a música e ser, algo que é obrigação de todos, além de achar o Zeca Pagodinho um barato: um defensor da democracia. O Brasil teme ser uma nova Colômbia com seus milhares de guerrilheiros divididos em dezenas de poderes paralelos.

Se pararmos para pensar o fato da semana foi tudo o que a população desse país quer! Três traficantes procurados pela polícia foram eliminados do mapa, ponto final. Caso os militares o tivessem alvejado de tiros e entregues já empacotados para a sociedade, todo mundo acharia o máximo, ainda mais depois do sucesso de “Tropa de Elite”. Mas não, os militares foram originais em um país que tem como um de seus fundamentos copiar, e copia somente coisas que não deveriam ser copiadas.

Mataram os três parasitas da sociedade de uma maneira Hollywoodiana, diferente e daí não pode, se quiseres matar vagabundos nesse país deve ser de uma maneira conservadora e tradicional, nunca original, talvez eles pudessem se fantasiar de Morte e matá-los a facadas como em algum filme de Hollywood, mas ou copiamos ou somos tradicionais, jamais podemos ser inventivos.

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