sábado, 29 de janeiro de 2011

Até Vocês, Homens Velhos?

Fui cortar o meu cabelo um dia e, entrando no recinto me deparei com uma cena das mais deprimentes que já vi na minha vida: um homem velho, aparentemente com mais de 60 anos, “fazendo” as unhas do pé. Ok que hoje há essa classe de pseudo homem como Emos, metrossexuais e etc que crêem ser normal um homem cuidar de suas unhas, mas um homem velho! Um homem que deveria se comportar como um fauno estava lá sentadinho oferecendo suas cascudas patas a uma manicure que lhe manuseava com um alicate feminino. Não dá mais. Por mais que já tenha aceitado que aqui muitos ”homens” “fazem” as unhas, não posso aceitar que também o façam nos membros inferiores. Essa gente deveria ser, por punição, castrada pelo governo. Pensava no meu avô, um homem de fato que arrancava suas unhas e menosprezava o sangue que corria por sobre sua pele de jacaré sem nervos ou qualquer sensibilidade.

Na minha academia outra decepção para com os homens velhos. Para minha surpresa um homem idoso realizava exercícios para, pasmem, os GLÚTEOS! Pensei no suicídio, mas fui obrigado a, mais uma vez, aceitar. Na mesma academia presenciei uma conversa no mínimo pornográfica. Dois instrutores que deveriam ser montanhas de músculos atrofiados acéfalos declamavam sobre determinada novela, sim, novela. Um deles, em um momento de excitação maior chegou a declarar que não perdia sequer um capítulo de tal produção. É dose. Sou do tempo em que homem liga a televisão somente para ver futebol ao vivo, repetição de jogo, os gols do mesmo jogo ou mesa-redonda repleta de dementes discutindo sobre o maldito jogo. Novela, perdão aos moderninhos, é coisa de mulher dona de casa e sempre o será.

Ainda falando da modernidade afeminada dos homens locais, um dia fui obrigado a ouvir o seguinte comentário proveniente de uma boca localizada há alguns centímetros acima de um pênis: “precisava de uma manicure esses dias”. Assim que o autor da frase declamou essa declaração bombástica, pensei se tratar de mais uma piadinha colombiana sem graça alguma, mas felizmente não sorri falsamente, pois se tratava de uma afirmação repleta de seriedade e veracidade. Ele realmente necessitava de uma manicure. Para completar o xou de horror, o cidadão começou a descrever as características complicadas de suas unhas como se isso fosse um papo normal. Onde iremos parar?

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