sábado, 7 de julho de 2012

Libertadores 2012

Após uma das piores decisões de Libertadores que já vi e quando digo isso me refiro à parte técnica do jogo, o Corinthians rompeu a sina e finalmente se sagrou campeão. Era o único grande clube do país que ainda não havia conquistado a maior competição do continente e nem a uma final havia chegado. O mais recente fracasso dos gambás havia sido a derrota na primeira fase da Libertadores para o Tolima em um time montado a peso de ouro que contava com o obeso e agora beirando o patético Ronaldo na dianteira. Foram amassados em ambos os confrontos com os colombianos. Tite teve uma nova chance e, dessa vez, aproveitou com um time extremamente aplicado tecnicamente que jamais se joga ao ataque, que especula em todos os confrontos. Surpreendeu-me, desde as oitavas de final contra o Vasco, a aplicação tática de TODOS os jogadores bem como o excelente preparo físico, arma principal na decisão contra o veterano time do Boca. É impressionante o quão atentos ao jogo todos os jogadores se mantêm durante os 90 minutos. Não há erros “não-forçados” e isso também é muito causado pela cautela com que o time joga. O goleiro que saiu de graça como é de costume no Grêmio foi muito bem, principalmente nos confrontos contra o Emelec e Vasco, mas a dupla de zaga e os dois volantes são as principais peças desse esquema montado pelo insuportável Tite. Soma-se a isso a categoria superior de um jogadoraço, Emerson Sheik, um típico cancheiro que, sozinho na frente, fez e aconteceu. No mais, um time apenas comum, mas de aplicação tática invejável. Do outro lado um oponente que joga muito parecido, um time cauteloso que também espera seus adversários para dar o bote. O único jogador de velocidade é Mouche que pouco apareceu no jogo em São Paulo. A semelhança dos dois times também se ilustra na quase nula ofensividade dos laterais que se transformam, muitas vezes, em terceiros e quartos zagueiros. No primeiro tempo o Boca teve mais posse de bola, mas deu nenhum chute a gol. O gol rápido aos 10 minutos do segundo tempo desestabilizou um time visivelmente cansado e que se abateu de maneira exagerada com o fortuito gol de Sheik em um grande vacilo da defesa. Riquelme, que havia anunciado ao meio-dia que não mais seguiria no clube de seus amores, estava visivelmente pensando em outra coisa e, é clichê eu sei, ele é o termômetro do time. Se Riquelme não joga bem, o time dificilmente funciona. Falando em Riquelme, para os que não acompanham o Boca, Román teve a sua melhor temporada desde 2007. Muitos jornalistas argentinos diziam que estava no mesmo nível do ano em que ganhou a Libertadores no Olímpico dando um chocolate no Grêmio. Eu acho que é exagero, mas sim, Román estava impossível essa temporada, mas, na final, não brilhou, foi errático e pouco participativo. Também destaco a falta de estudo de Falcioni que não deve ter alertado aos seus jogadores sobre os perigos das bolas paradas, arma principal do Corinthians. Foi excessivo o número de faltas perto da área e, em TODAS, a bola era alçada para a área xeneize. No lance do primeiro gol Schiavi fez uma falta totalmente desnecessária, a bola saiu da área e daí Riquelme fez OUTRA falta boba e que, daí sim, originou o gol paulista. Inadmissível, sem conta que o Corinthians tem dois excelentes cobradores, Alex, de voz insuportável e Chicão. Destaco, enfim, a concentração, o preparo físico e a aplicação tática do time de Tite, claro, somando-se a participação diferenciada de Sheik contra um Boca que parecia desconcentrado e apático, algo incomum na história do maior clube argentino que, teve em um Riquelme perdido, seu ponto

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