Ainda não
havia me manifestado a respeito das eleições que já estão na antessala do
segundo turno não por falta de opinião ou por falta de temas a serem
comentados, senão por pura falta de tempo. No entanto o tempo deveu ser
encontrado e aqui estou.
Não vou
falar somente da questão eleitoral que todo mundo sabe e não parece inovar
dessa vez: PT de um lado e ANTIPT do outro com erros crassos dos incompetentes
– ou mal intencionados – centros de pesquisas eleitorais no meio, especialmente
no Rio Grande do Sul onde mais uma vez o candidato que poderia ganhar no
primeiro turno nem chega ao segundo turno e uma terceira via que aparentemente
cumpria tabela aparece em primeiro lugar e, para completar, como franco
favorito. Nada novo no fronte.
Como um
analista de comportamento da população e da mídia por prazer, o que mais me
chama a atenção nessas eleições não é nem as eleições de palhaços, jogadores de
futebol ou criminosos, mas as manifestações públicas da população através das
redes sociais e a cobertura que a mídia dá para os fatos.
Contrariando
a grande maioria, vejo, mais acentuado do que nunca, uma disputa extremamente
polarizada entre direita e esquerda, algo que muitos dizem que “não existe
mais”. Os que afirmam isso confundem o fisiologismo partidário brasileiro com a
ausência de duas visões de política e manejo do Estado. Concordo em gênero,
número e grau que partidos políticos, com raríssimas exceções significam pouco
ou nada; não obstante, a rivalidade entre direita e esquerda está em seu
apogeu.
Analiso
aqui algumas dessas manifestações que, em sua maioria, são simplesmente
estapafúrdias e a primeira é a que dá título ao texto. A direita raivosa
anti-petista brasileira tem uma obsessão por Cuba que nem a esquerda
retrógrada, idealista e ultrapassada tem. Não passo um dia sem ver o nome de
uma ilha quase que irrelevante para o futuro político do Brasil em pauta
cibernética. A última foi bem simples, burra e marcada. Jogando com os números
45 de Aécio Neves e 13 de Dilma, construíram a seguinte pérola: o 45 formava a
palavra “Brasil” e o 13 formava a palavra “Cuba”.
Em primeiro
lugar, vale destacar que o Brasil do PT não tem nada de Cuba. Em Cuba não há
liberdade de imprensa, não há eleições diretas, liberdade de mercado e a sua
própria população está literalmente ilhada, pois não pode sair da ilha. Quando
o fazem, é de forma ilegal. Os 12 anos de PT foram de muita paulada da mídia
conservadora, tivemos eleições reconhecidas mundialmente como estando entre as
mais eficientes, bancos lucrando como nunca, crescimento econômico e com a
burguesia gastando quantias jamais vistas em xópins bregas de Miami.
Em segundo
lugar, o modelo cubano somente é visto como exemplo para as alas mais radicais
ditas “marxistas”, como o PSOL, PSTU, entre outros, em resumo, partidos sem
expressão nacional que mereça tanta atenção por parte da direita e que, em sua
grande maioria, jamais leram Marx.
O PT não
quer transformar o Brasil em Cuba até porque a maioria dos petistas sabe que o
modelo cubano parou no tempo e não funciona por inúmeros motivos que começam na
genética humana predadora e gananciosa.
Mas o PT
importou médicos cubanos e ajudou a construir um porto em Cuba? Sim e isso
porque os médicos brasileiros que em sua maioria são filhos de famílias
abastadas, não querem trabalhar nos rincões mais primitivos do país que não vão
se tornar em noruegas da noite para o dia e que têm populações que não podem
esperar por atendimento. Além disso, está, na cabeça da maioria dos petistas,
aquele sentimento nostálgico de juventude que Cuba traz aos seus imaginários,
em tempos em que o poder não era o principal objetivo do partido e quando as
barbas eram ainda pretas e quando ainda podiam se intitular como os cavaleiros
da moral. E, já que a ideia é comparar, durante o governo de FHC o ditador
peruano Fujimori foi condecorado com o cruzeiro do sul, ou seja, cada um com
seus ditadores.
Outro
argumento dessa direitinha Miami brazuca é dizer: “aos esquerdistas que adoram
Cuba e Venezuela, por que não vão morar nesses países? E por que criticam tanto
o Estados Unidos e adoram os produtos criados lá?”
Essa é mais
uma afirmação baseada na falta de argumentos e de análise. Eu me considero uma
pessoa de esquerda politicamente falando, pois não confio em deixar os rumos da
economia de um país nas mãos de uma elite financeira que sempre vai querer mais
sem se importar com a classe trabalhadora, opinião compartilhada com o atual
ganhador do prêmio Nobel de economia que colocou em seu trabalho central o
estudo dos oligopólios, ou seja, não é o pensamento de Fidel Castro nem de
Chávez. No entanto, não acredito no marxismo e repudio a esquerda radical e sem
argumentos. O comunismo não funcionou e jamais funcionaria, sem contar que
sempre foi seguido de governos inchados e corruptos, além de ineficientes e
nunca geraram a qualidade de vida que sua população esperava. Ao invés de ter
como consequência um governo onde todos vivessem bem, teve uma população
inteira vivendo com limitações e sem chances de almejar algo diferente. Acho
que o capitalismo ainda é o menos pior dos sistemas, mas defendo que só pode
funcionar para benefício da maioria se há uma forte intervenção do Estado e
ajudas sociais em todos os setores para não deixar o sistema ruir no depender
de uma falsa meritocracia. Após dizer tudo isso, afirmo categoricamente que
preferiria morar no Estados Unidos que em Cuba ou Venezuela pelo simples motivo
de que se vive com liberdade de expressão e mais qualidade de vida nesses
países. Não obstante, sou e serei sempre contra ações do Estado americano como
invasões justificadas com mentiras a países localizados há anos-luz de
distância e apoio ou vistas grossas a genocídios do século XXI como a questão
palestina.
Mas a
direitinha que faz tour na loja da M&M bate o pé: “deveríamos nos alinhar
com as grandes potências como Estados Unidos, Japão e Europa e não criar laços com
países desgraçados como a Palestina ou Cuba!” Ideia totalmente equivocada em
todos os sentidos. Quando o Brasil era pátio americano, terminamos com a
ditadura militar patrocinada pelos mesmos; “Mas estamos falando do mercado, da
economia que é o que nos interessa!” Easy, tigers...o México foi, durante toda
a sua vida um parque industrial focado no mercado e americano e teve sua
economia estilhaçada com a crise financeira dos anos 80 no Estados Unidos; a
Ucrânia, que fazia o mesmo com a Rússia, após o início da invasão do facínora
novo Stalin, Vladimir Putin, assiste a sua economia ruir caso a União Europeia
não comece a importar tudo que era produzido no país que não passa muito de
chocolate e outras pequenezes; o que quero dizer com isso? Nada mais burro que
focar-se em apenas um destino para seus bens e este foi um dos motivos que o
salvou o Brasil de afundar na crise econômica de 2008, ter uma gama grande de
pequenos novos mercados espalhados pelo mundo. Ah, e para completar, o Suécia
acaba de reconhecer o estado palestino, ou seja, não são somente os adoradores
do modelo cubano que o fazem.
A turma das
férias na Disneilândia também adora se referir aos esquerdistas como “marxista
de iPhone” ou “esquerda caviar”. Segundo esse raciocínio, eu, que poderia ter
um iPhone e poderia comer caviar diariamente não posso me importar com as
camadas mais pobres? Não posso querer um Estado mais atuante? Não posso
criticar um sistema capitalista neoliberal descontrolado? Qual a conexão? Qual
a lógica? A lógica é simples: PRECONCEITO. Quem goza das inúmeras benesses do
capitalismo não pode querer que este seja mais inclusivo e humanitário; não
gosta? Não usufrua dos seus benefícios. Estupidez total e falta de argumentos.
A turma da
camisa Ralph Lauren em Miami também adora vir com gráficos coniventes – e
também com cavalinhos bordados cada vez maiores - que, por exemplo, cruzam
variantes como educação e voto e concluem que as pessoas mais “educadas” não
votam no PT e sim no ANTIPT, opinião compartilhada por FHC. No entanto se
analisarmos os votos por cada estado brasileiro, vemos contradições. Estados
ricos como o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro votaram mais na
Dilma do que no Aécio; Roraima escolheu Aécio. Outro dado curioso é que os
coronéis brasileiros sempre são eleitos em estados da região norte-nordeste, a
menos “educada” do país. Em Tocantins, no Sergipe, no Amazonas, no Rio Grande
do Norte, em Rondônia e no Espírito Santo, ganhou o PMDB. Em Alagoas ganhou o
filho de Renan Calheiros, também do PMDB e o mesmo PMDB ganhou no
deseducadíssimo Pará. Com quem? Com o filho de Jader Barbalho; a Paraíba foi de
PSDB, diga-se de passagem.
Se o tema é
senador, vemos mais uma vez que esta teoria furada vai rapidamente por água
abaixo. O Acre foi de PP; Alagoas foi de Collor; o Amapá, Sergipe e Goiás foram
de DEM; Amazonas e Bahia de PSD; o Ceará de PSDB; o Espírito Santo, Tocantins e
a Paraíba foram de PMDB.
O último
grito desesperado proveniente das praias artificiais de Miami é que de que o
PMDB não é ANTIPT e sim aliado de Lula bem como o é Calheiros e Collor. Fato
vergonhoso para o combalido PT, mas volto a insistir no fisiologismo
partidário. O PMDB, por exemplo, apoia a Dilma e disputa contra o PT no Rio
Grande do Sul, por exemplo, e assim acontece em outros vários casos. Ou alguém
acha que o oportunista PMDB abandonará o governo federal em caso de vitória do
Aécio?
Outros não
ficam nem vermelhos de afirmar que tudo que aconteceu de bom nesses 12 anos foi
resultado do governo de FHC e, caso Aécio ganhe agora, vai herdar, justamente
agora, por pura coincidência, o fim do legado de FHC que não se pôde manter por
mais de 12 anos e que explodirá, depois de passar bem pela maior crise
econômica desde 1929, justamente agora, nas mãos de Aécio, pobre Aécio. A
direita insiste, mas não engana a quem tem o mínimo de parte do cérebro
funcionando. FHC foi feliz com o Plano Real, mas o PT soube transformar esse
plano em um grande sucesso econômico com o maior êxodo de pessoas da miséria
para a classe média e que termina seu terceiro governo com uma taxa de pleno
emprego de menos de 5% MESMO estando o mundo em crise. A direita não se entrega
e afirma que Angola cresceu mais que o Brasil como se o simples crescimento
econômico fosse sinal de êxito. Se analisarmos alguns países com governos de
direita como a Espanha e seus 20% de desempregados, 50% quando se trata da
população menor de 25 anos, ou a Itália que tem 45% de seus jovens
desempregados vemos que o Brasil não foi tão mal na área econômica. A direita
quer que acreditemos que os 500 anos de governos de direita começaram a
funcionar JUSTAMENTE quando o PT assumiu e consequentemente gozou deste árduo
trabalho de cinco séculos. Seguindo este raciocínio, ganha o Aécio e somente
colheremos resultados em 2514?
Corrupção.
Talvez o mais enfadonho de tudo isso seja a ideia que muitos acreditam piamente
de que o governo do PT foi o “mais corrupto da história”. Um dos primeiros atos
de FHC foi criar a controladoria geral da união que foi usada simplesmente para
coibir a criação de CPI´s para investigar o governo, algo que sucedeu com muita
frequência no governo petista. E soma-se o escândalo do Sivam, a farra do
Proer, as propinas nas privatizações de empresas lucrativas estatais como a
Telebrás e a Vale, o mensalão que comprou a emenda da reeleição, a fraude de
Luiz Estevão na construção do TRT de São Paulo, os ralos do DNER, a
desvalorização do Real quanto ao dólar durante a madrugada com informação
privilegiada para alguns amiguinhos que custou quase dois bilhões aos cofres
públicos, o rombo na SUDAM de outros dois bilhões, na SUDENE outros bilhões e
por aí vai. Também não nos esqueçamos da incompetente administração de FHC em
relação ao tema da energia e seus “apagões” termo, esse sim, inventado nessa época
que é o motivo, acho que ninguém mais lembra, de que não se tenham mais luzes
de Natal em nenhum lugar do país. E vale lembrar que a São Paulo do PSDB está
racionando água, sim, a cidade mais importante da América do Sul sem água. E já
que o tema do momento é a PETROBRAS, vale destacar que, durante o governo de
FHC, uma plataforma da petrolífera simplesmente AFUNDOU em pleno mar em um
acidente causado por falhas estruturais em sua construção. Também é importante
salientar que muitos dos envolvidos nos constantes e numerosos escândalos na
maior empresa do continente também são de outros partidos. Um, inclusive,
chegou a ser presidente do PSDB, o falecido Sérgio Guerra. E tem mais! Tem
gente do PP também como o delator Costa, partido que, em muitos estados,
incluindo o
Rio Grande do Sul, apoia o ANTIPT ou também o próprio Aécio Neves.
Se
atualizarmos nossa análise, temos que lembrar que no estado de Aécio, Minas
Gerais, foi comprovado o primeiro mensalão do século XXI que ainda não foi
julgado, diferentemente do mensalão petista que condenou muitos petistas e
não-petistas à prisão. Também vale comentar sobre o AEROPORTO que Aécio Neves
mandou construir nas terras de sua família no município de Cláudio, no interior
do estado. Vale também falar do escândalo bilionário internacional da Alstom em
São Paulo bem como o propinoduto do metrô paulista. Ah, sem dizer que Aécio foi
CC de seu pai aos 17 anos e vice-presidente da Caixa aos 25 anos. Ou é um
fenômeno de profissional e pego um avião para votar nele, ou gozou de certa
ajudinha de família influente.
Enfim,
gostaria que um dia a população brasileira pudesse escolher entre dois ou mais
candidatos levando em consideração apenas a visão que cada um tem sobre o papel
do Estado na vida e na economia do país e não se deixando levar por ódio
ideológico vazio e enraizado. Há muitas pessoas que odeiam o Lula não por serem
contra o ideal deste de Estado e sim porque ele é um analfabeto que agora tem
muito dinheiro e pode fazer palestras pelo mundo cobrando 300 mil dólares já
que foi, queiram ou não, presidente de uma das maiores potências econômicas do
mundo. Infelizmente não são estes os pontos levados em consideração pela
maioria e muito devido ao baixo e lamentável nível dos debates e das propagandas
eleitorais dos dois candidatos.
Ao invés de
discutir projetos, inventam artimanhas de marqueteiros políticos que me enojam,
e elas são provenientes de tudo quanto é lado, desde o lado oficial dos
partidos até as manifestações da população nas redes sociais. No Rio Grande o
PT cortou parte de um discurso infeliz de Sartori; na esfera nacional Dilma, no
melhor estilo eleição americana, acusou Aécio de usar drogas e não ter
carteira; a elite que tira foto com o Mickey ADOROU as vaias incessantes a Dilma nos estádios da
copa e não considerou algo desrespeitoso e sim ato de um povo politizado; Lula
é constantemente acusado de ser um “pinguço” por uma direita Veijosa raivosa
das redes sociais que, jogam pedra no telhado do vizinho tendo o seu telhado de
vidro. Não bebem? Por que então o Lula não poderia beber caso realmente seja
verdade (sinceramente, não me interessa) que ele gosta de beber? E pensemos
outra vez. Cocaína é ilegal, cachaça é legal; quem está mais errado, o Aécio ou
o Lula? Falando em Lula, é lamentável o comportamento agressivo e manipulador
de Lula que todos os dias tem alguma acusação mais afiada e livre de argumentos
contra Aécio. Por que não discutir ideias? Dilma tentou manifestar seu apoio ao
aborto e, por pura covardia eleitoral, deu um passo atrás; Dilma também DEVE
ser a favor da liberação das drogas, mas não manifesta por pura covardia. Aécio
DEVE ser a favor de trucidar o bolsa-pobre, mas diz que simpatiza também por
pura covardia.
Antes de
concluir repito que não tenho partido, pois não acredito neles e considero
ridículo alguém hoje, depois de todas as confusas e pornográficas relações
partidárias como o PS(OCIALISTA)B apoiar o PSDB; ou o PP que já foi ARENA
apoiando o PT; ou o Partido Verde apoiando o PSDB, enfim, acho descabido ver
alguém com uma bandeira do PT por exemplo nas ruas, ou, os mais fanáticos,
fazendo vigília e gritando o nome de políticos do partido condenados pela
justiça por corrupção em uma prova cabal de cegueira fanática. Pior que isso só
os antipetistas que vestem qualquer camiseta, beijam qualquer escudo e amam
qualquer candidato desde que este elimine o petismo do Planalto. Cegueira
fanática esta que também está do outro lado quando vemos a elite com raiva de
pessoas como eu que toda a vida comi escargô, mas sou a favor de que pobre coma
pelo menos arroz com feijão e que tenha justiça social. Não há que ser pobre
para querer o bem das pessoas que mais precisam do Estado para ter mais chances.
O que
realmente queria ver as pessoas discutindo nessa época eleitoral é:
1) Comportamento: por que uma feminista
como a Dilma que todos sabemos que apoia o aborto e o casamento homossexual não
abre sua opinião sobre o tema? Covardia;
2) Papel do Estado: prefiro eu um
Estado que controle os meandros da economia ou um Estado que deixe que o
mercado se auto-regule? Sou a favor ou contra das privatizações?
3) Ajudas sociais: sou eu a favor de
que o Estado ajude os mais necessitados ou sou a favor da meritocracia pura e
seca, pois considero que todos têm igualdades de condições?
E assim
poderíamos ter uma discussão de argumentos baseada na razão e na opinião
pessoal de cada um e não na cegueira de uma esquerda jurássica ou de uma
direita arrogante e raivosa que, incentivada pelas mentiras manipuladoras de
uma mídia que jura que foi o PT quem inventou a corrupção, vota em quem quer
que seja para tirar o PT do poder e não se importa com o que será feito no
futuro, pois crê não precisar muito do Estado para triunfar. A turma da foto tomando café no Starbucks só lamenta ter que ver seu status diminuído, o seu maior afastamento em
relação às elites e ter que aguentar pobre no avião e mão de obra escrava agora
custando os olhos da cara. Não dá mais pra todo mundo ter empregada doméstica,
que tristeza...”os PT de merda cubanos regularam a profissão dessas preguiçosas,
até hora extra ganham agora”.
Para
terminar, acho que o Rio Grande do Sul teve três candidatos sérios, capazes e
honestos. Ana Amélia, apesar de ser totalmente contra a sua visão de Estado e
por isso jamais votaria nela, é uma mulher competente, foi uma boa senadora e
pecou ao focar suas acusações ao aparelhamento de Estado feito pelo PT, o que é
verdade, mas que não pôde segurar já que nunca foi capaz de responder sobre seu
cargo de CC de seu próprio marido em Brasília; Sartori, o novo Rigotto, é um
gringo trabalhador e honesto e poderia fazer um bom governo. No entanto, parece
não passar de um clichê ambulante sem propostas que se aproveita da raiva geral
contra a política e usa a marqueteira “terceira via” que elegeu Rigotto como
estratégia para ganhar as eleições e que sempre se esquiva quando perguntado
sobre o futuro da economia e seu papel como auxiliar do privatizador Britto; e
Tarso é um excelente homem público de trajetória imaculada que tem como seu
principal calcanhar de Aquiles o não pagamento do piso nacional ao magistério
gaúcho sendo justamente ele o autor da lei quando ministro da educação.
No lado
federal temos uma Dilma baleada, que resistiu ao fiasco de organizar um evento
estapafúrdio como a Copa do Mundo, sofreu com as manifestações da ultra
esquerda imbecil e da classe média Miami, mas que parece ainda ter forças para
encarar um Aécio Neves que ressuscitou devido ao despreparo e a covardia de
Marina e que tem tudo para ganhar devido aos inúmeros apoios que receberá no
segundo turno. No entanto, acho que no caso de Aécio sim teremos um retrocesso
grande em todos os aspectos. Quem sempre vende uma “nova forma de governar” na
política acaba entregando mais do velho versão piorada. E para terminar, uma
pergunta que não espero respostas para a turma de Miami: vocês REALMENTE
acreditam no Aécio? “ah, mas a Dilma é pior, ladrona, sem vergonha...” ok, a
Dilma é um horror e foi quem inventou a corrupção, mas minha pergunta não é
essa. Vocês realmente acreditam no Aécio? É possível acreditar nesta figura?
Não seria o Collor em carapaça renovada? Bonitão, cocaína, festeiro,
mulherengo, pleibói, pinta de George Clooney com Antonio Banderas, assíduo do
camarote VIP, amigo de celebridades, tem apoio de gênios como Neymar e Romário,
passe livre na turma global...eu sei, estou me contrariando, estou usando
argumentos que não deveriam ser levados em consideração, MAS são, são
levados...dá pra acreditar no Aécio? Eu sei que na Dilma não dá, ok, superado,
mas vocês colocariam a mão no fogo pelo Aécio? Ai, ai...
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