domingo, 23 de dezembro de 2012

Copa Libertadores da América 2013

Mais uma edição da maior competição entre clubes da América do Sul (mais o México) está a caminho. Após o sorteio na sede da Confederação Sul-Americana de Futebol em Luque, no Paraguai, já sabemos, e dessa vez sem aquele horror de Bolívia 1, Argentina 3, Brasil 4, quais serão os grupos da primeira fase e também, obviamente, os confrontos da chamada primeira fase ou pré-Libertadores. Antes de dar meus palpites sobre quem conseguirá as vagas para a fase de grupos, destaco que será difícil para um time não-brasileiro competir com os representantes do Brasil. A diferença de poder econômico aumenta a cada ano, o Brasil cada vez mais se aproxima do poderio econômico dos clubes europeus, enquanto que, do outro lado, os times argentinos, os de maior sucesso no futebol desse continente, sofrem para conseguir repatriar veteranos e também têm muitas dificuldades de segurar seus juvenis mais talentosos. O resultado é um futebol local em decadência, sem muita qualidade técnica, repleto de veteranos e de juvenis que não duram muito mais de seis meses ou um ano nos seus clubes reveladores. Resta, claro, o infinito talento do futebol local que não cansa de revelar novos jogadores e a capacidade de disputa dos times argentinos e, também, dos uruguaios. Vale destacar alguns pontos que realmente chamam a atenção dos observadores mais atentos. O campeão da Sul-Americana anterior, antes do São Paulo, foi o Independiente. Um grande sim, mas LANTERNA do Campeonato Argentino, o mais difícil torneio nacional de clubes do planeta; esse ano quase aconteceu a mesma coisa. O Tigre, penúltimo colocado no último Torneo Inicial que conseguiu apenas uma mísera vitória contra oito empates e o mesmo número de derrotas, chegou à final. Isso mostra o poder de competitividade dos times desse país, mas claro, o que eu sempre defendo: o talento, QUASE sempre, se sobressai e, se analisamos os clubes brasileiros, vemos que a situação é completamente diferente. Devido à falta de grandes talentos, poucos saem, até porque, com a Europa em crise e considerando que se paga mais impostos por lá, os jogadores preferem ficar. Também há cada vez mais investidas por partes destes clubes em cima dos clubes argentinos, por motivos já destacados anteriormente. Para um argentino é um muito vantajoso jogar no Brasil, tanto financeiramente como pela distância dos dois países. Dito isto, primeiro destacarei os clubes grandes que participarão dessa edição da copa e, depois, os palpites para a primeira fase: Grêmio: o começo da gestão de Koff é confuso; ficou Luxemburgo, o melhor técnico brasileiro e os principais jogadores a exceção de Naldo. Falta qualidade e peças de reposição para disputar o título. Zé Roberto, até o momento, é o principal nome do time, juntamente a Moreno, de boa temporada em 2012. Kléber ficou devendo e outro atacante de velocidade deve chegar além de, no mínimo, dois zagueiros, até porque Werley foi suspenso. Olimpia: o gigante paraguaio vem de um segundo semestre abaixo do esperado e deverá reforçar-se se quer disputar a competição continental como protagonista. Os seus principais nomes são o primo de Messi, Maxi Biancuchi, o zagueiro Cáceres tem propostas de outros clubes, mas, se ficar, é um bom nome e também destaco o bom uruguaio ex-Estudiantes, Salgueiro. São Paulo: o maior clube do Brasil melhorou muito na segunda metade da temporada passada e coroou com o título da Sul-Americana conquistado de forma polêmica. Perde Lucas, seu principal jogador, mas deve investir pesado nessa volta à Libertadores. Nacional: o Bolso vem sem muitas novidades até o momento. Tem dois nomes de experiência na defesa, Lembo e Scotti e, como grande e histórico nome, ele, Recoba, ainda ativo e autor do gol do título uruguaio. Boca Juniors: o maior campeão da Libertadores dos últimos anos e atual vice-campeão está de festa e confiante depois da volta de Bianchi que não trabalha há oito anos, desde a derrota para o Once Caldas na final de 2004. Apesar da crise econômica dos times argentinos, surgem bons nomes sugeridos por Bianchi como Burrito Martínez, Cata Díaz e até Gago que pede um contrato de OITO anos para encerrar sua carreira no clube. Mas, o que gera mais especulação em Buenos Aires é a possível volta de Riquelme ao clube, tendo em vista que é amigo íntimo do novo velho treinador. O Boca é sempre favorito. Palmeiras: depois da decepção da última temporada e com a volta à segunda divisão, o clube, em crise, tem uma Libertadores pela frente, no que é, para mim, um absurdo. Times de segunda divisão não deveriam disputar uma competição internacional. Parece que o craque do time, Barcos, permanecerá. Falou-se em Riquelme e nota-se intenção de reforçar o grupo para o que vem, mas acho que dificilmente conseguirão manter o foco tendo em vista que em maio começa o maior desafio do ano para o clube, a volta à elite. Vélez Sarsfield: o clube mais regular da Argentina nos últimos anos vem, mais uma vez, como favorito. Mantém o seu técnico pelo quinto ano consecutivo e tentará, dessa vez, não esbarrar numa decisão por pênaltis ou derrotas no último minuto para conquistar o continente pela segunda vez. A base, pelo menos dessa vez, será mantida e alguns reforços pontuais devem ser trazidos. É, hoje, o melhor time argentino. Peñarol: o maior clube do continente é sempre uma grife forte dentro de qualquer competição sul-americana. Fala-se em alguns reforços que podem ajudar. Aposta-se na recuperação do veterano Pacheco, Estoyanoff segue no elenco e sempre é uma boa opção de ataque, outro veteraníssimo histórico uruguaio pode compor a dianteira do time e me refiro a Zalayeta, ex-Juventus. O paraguaio Aureliano Torres aporta experiência na metade do campo e, falando de experiência, seguem Darío Rodríguez e Olivera em atividade. Um time veterano que aposta mais na mística do que na qualidade. Corinthians: o atual campeão mundial é, sem sombra de dúvidas, um dos favoritos. Possui um excelente elenco, parece que suas principais peças ficarão e algumas contratações devem ser feitas. É forte em todos os setores do campo e tem boas figuras individuais. Fluminense: o atual campeão brasileiro ainda não anunciou reforços para a Libertadores, mas tem um elenco forte e experiente com destaques individuais de nível internacional como o goleador Fred e Deco, um craque. Já consolidado pelas últimas conquistas como um grande clube, tentará, mais uma vez, alcançar uma conquista inédita em sua história. Agora os palpites da primeira fase: Tigre x Deportivo Anzoátegui: apesar da péssima campanha do time de Vitória na última temporada no âmbito local, se falam de reforços importantes e soma-se a isso a maior tradição do futebol argentino o que me faz ir de Tigre. LDU x Grêmio: uma parada duríssima. A LDU começou um processo de renovação de seu elenco experiente e apostará mais em jogadores jovens que, em sua maioria, disputarão a primeira Libertadores de suas carreiras. 13 foram as contratações. O outro aliado dos equatorianos é a sempre temível altura de Quito. Vou de Grêmio pela maior experiência do plantel e pela manutenção da mesma base. Tolima x César Vallejo: os times peruanos têm demonstrado estar abaixo da média das últimas competições continentais. Do outro lado um Tolima que vem de boas campanhas em nível doméstico e que também proporcionou boas participações na Libertadores chegando a eliminar o Corinthians de Ronaldo há dois anos atrás. Vou de Tolima. Defensor x Olimpia: os dois clubes ainda farão contratações, mas, hoje, vejo os uruguaios mais fortes. Há de se considerar o poder econômico dos paraguaios em nível doméstico e o excesso de vendas prematuras do futebol uruguaio, mas, ainda assim, aposto nos violetas. São Paulo x Bolívar: acontecerá o óbvio: os bolivianos ganharão o jogo pela mínima diferença em seus domínios e depois serão goleados pelo poderoso paulista. León x Deportes Iquique: considerando que os mexicanos são os clubes mais ricos após os brasileiros, boas contratações deverão ser feitas. Do outro lado o contrário. Um clube pequeno do Chile que fez boa campanha e que já começou a perder seus principais destaques da campanha para o

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