terça-feira, 19 de junho de 2007

O Rei De Havana

Olhem para a cara do autor na orelha do livro e já se terá uma idéia do nível da literatura a ser apresentada. A linguagem é de um calão subterrâneo, rechedada de palavrões e tenta, a todo o momento, passar a idéia de caos em um submundo de Havana.

O autor peca na insistência de atos sexuais bizarros e na repetição de ações pútridas, mas a obra é, no mínimo, interessante.

A vida de Reynaldo, "O Rei De Havana", uma vida sem a mínima esperança, perspectiva e sentido. Uma narração de suas "aventuras" nos meandros da podridão do meio ao qual faz parte.

O final do livro, o último golpe sujo do autor, lembra a devassidão do final de "O Perfume". Não é tão brilhante e tampouco surpreende tanto quanto, mas é cru, rápido, imapaciente e, claro, podre. Ânsia de vômito durante toda a rápida leitura e a certeza de que algo está fedendo perto do leitor são possibilidades que devem ser consideradas antes de iniciar a leitura.

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