quarta-feira, 30 de junho de 2010

Prognósticos Quartas-de-final

Depois de ter acertado 14 dos 16 classificados às oitavas-de-final e sem esquecer que esses dois traidores foram Itália e França, agora, seguindo com meu brilhante desempenho de Nostradamus acertei sete dos oito classificados. Fui traído apenas pelo erro defensivo norte-americano que permitiu o segundo gol ganês.

Seguem, então, meus prognósticos paras as quartas-de-final:

Uruguai x Gana: já havia sido negativo com o destino do último dos africanos contra os Estados Unidos e agora volto a ser, ainda mais considerando a lesão do seu principal atacante. O ponto positivo é a volta de Muntari, reconciliado com o treinador. No entanto, depois da bela vitória da Celeste em plena chuva e com direito a golaço no final, vou de Uruguai rumo às semifinais.

Holanda x Brasil: partido dificílimo de prognosticar, pois não sei como a Holanda irá encarar a partida. Se encararem com a soberba de sempre e partirem como loucos para cima, deixarão espaços e o Brasil, com Kaká e Luís Fabiano, não perdoará.

A defesa holandesa, apesar de não ter grandes nomes, vem sendo segura tendo em vista que sofreu apenas dois gols, ambos de pênalti. No entanto, ainda não enfrentaram um adversário que os atacasse.

O Brasil não é um time que ataca, mas que sai no contra-ataque com grande eficiência. O seu maior ponto negativo é a perda de Ramires, que muito possivelmente, depois da excelente atuação contra o Chile, seria o dono da posição. Ramires deu ainda mais velocidade a essa arma letal do time brasileiro.

Em caso de que a Holanda desça de seu pedestal e encare o jogo como uma decisão de igual para igual e não ceda tantos espaços, será outro jogo. Se a Holanda entra com uma formação e uma mentalidade mais terrena, tem mais futebol do que o Brasil e muito mais qualidade no ataque bem como opções de variações ofensivas.

No entanto, acredito na demência egocêntrica holandesa, e, consequentemente, na classificação do Brasil.

Argentina x Alemanha: se a justiça existisse bem como Deus, a Argentina seria a campeã do mundo por Maradona que é, sem sombra de dúvidas, o grande nome dessa Copa do Mundo. O maior jogador de todos os tempos que chegou a flertar com uma morte prematura e trágica, deu a volta por cima e hoje está comandando a seleção de seu país.

Mas nada disso existe e aposto na classificação alemã, que é um time mais correto taticamente além de ter um grande potencial em suas individualidades.

Creio que a grande vantagem alemã será em uma possível vitória na região do meio de campo. Muitos dizem que o ponto fraco da seleção de Diego é a defesa, mas eu penso que o maior problema é um meio de campo extremamente aberto e que cede muitos espaços e que consequentemente sobrecarrega sua defesa.

A Argentina tem jogado com cinco jogadores ofensivos do meio para frente com somente Mascherano sendo um jogador de defesa. Por mais que o volante do Liverpool seja o maior ladrão de bolas do mundo e um “motorzinho”, fica sobrecarregado.
Contra o México, que está longe de ter a qualidade dos alemães, já se viu esse domínio completo do adversário em posse de bola no meio. Caso Maradona siga com essa postura, vejo demasiados espaços para as inúmeras opções ofensivas germânicas.

O que pode dar uma vantagem para a Argentina é uma possível maior liberdade para Messi. No entanto, para que Messi possa estar em sua posição, ele necessita de meio campistas que joguem em suas costas, algo que faltou contra o México.

Volta Verón? Se jogar Verón, Messi tem mais espaços. Eu formaria um meio de campo com dois volantes iguais, Mascherano e Bolatti e iria com Pastore. Na frente manteria o triângulo ofensivo. Uma possível variação seria sacar Tévez, adiantar Messi e fechar mais com Verón como um terceiro homem de meio de campo.

Do outro lado estará um adversário que atropelou sem piedade a Inglaterra, um time que também joga muito aberto, com apenas um volante marcador o que também pode originar espaços generosos para os argentinos. Enfim, um jogo de xadrez.

Paraguai x Espanha: quando finalmente o Paraguai tem excelentes opções para o seu ataque, essas parecem não funcionar e o time guarani segue sem marcar gols. No entanto, a defesa sólida ainda é característica do time paraguaio.

Ter chegado às quartas-de-final da Copa representou a melhor campanha da história do Paraguai em copas do mundo, mas creio que chegou ao fim.

A Espanha parece ter se acertado com o passar dos jogos, jogou bem contra Portugal já sem a ameaça da eliminação e vai com tudo em busca de seu primeiro título.

A grande dúvida no time espanhol é se Torres seguirá como titular ou deixará o time. Os jogos passam e o centroavante do Liverpool não consegue encontrar o ritmo necessário para encarar uma Copa do Mundo.

O ponto forte espanhol é o meio de campo com Xavi, Alonso, Busquets e Iniesta. É um meio de campo que trabalha muito a bola e produz inúmeras chances de gol, especialmente aproveitadas por Villa. Ao mesmo tempo, parecem sempre buscar a jogada perfeita e isso acaba sendo improdutivo.

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